Segunda-feira, 30 de outubro de 2023 - 08h25
A
grande mentira sobre a Amazônia é a de que a vasta biodiversidade da floresta
se deveu à inexistência de população na antiguidade. Embora não existam
instrumentos que permitam voltar tanto no tempo, o avanço da tecnologia permite
desmontar teses e trazer revelações que não só apresentam a verdade história
como orientam a preservação e melhor uso dos recursos florestais.
Seria
impossível até recentemente – ou só possível com muitos anos de exploração in
loco – pesquisa feita em duas dúzias de sítios arqueológicos até então intocados,
cobertos pelas copas das árvores, conduzida por Vinicius Peripato e Luiz
Aragão, do Inpe.
Com
o apoio de modelos matemáticos e lançando mão de um sensor remoto que lhes
permitiu o uso de lasers para compor uma imagem em 3D dos sítios focados,
tiveram o auxílio, também impossível até recentemente, de 200 pesquisadores
estrangeiros, aos quais os nacionalistas de fachada sequer permitiriam a participação
no estudo, acusados de ser ongueiros maliciosos.
O
que mais surpreende nessa pesquisa é que há cerca de 1.500 anos, quando os
cristãos deixaram de ser sacrificados no Coliseu de Roma, os povos da floresta
não só já viviam na região como também usavam técnicas para otimizar os
recursos agroflorestais. Evoluir ainda mais nesse rumo será, mais que uma homenagem
aos amazônicas do passado, um presente de honra às crianças amazônidas de hoje
e do futuro.
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As festividades
Criados
por decreto pelo então presidente Ernesto Geisel em outubro de 1977, os
municípios de Ariquemes, Ji-Paraná e Vilhena estão em plenas comemorações pelos
seus 46 anos de existência. Desmembrados de Porto Velho, até então o território
federal de Rondônia contava com apenas dois municípios – Porto Velho e Guajará
Mirim – mas antes de se tornar estado em 1981 já teria pelo menos 13 e nas décadas
seguintes chegaria aos 52 municípios atuais, alguns com elevado índice demográfico,
outros se esvaziando, coo Ministro Andreazza, na Região do Café.
Um recordista
Dos
três municípios criados por Geisel, Ji-Paraná que recebeu a visita presidencial
ainda na década de 70, foi um recordista nacional de crescimento na década de
70 e deu origens a tantos outros municípios da região central. Também alvo de
grande migração, Ariquemes foi origem de vários municípios na região do Vale do
Jamari, assim como Vilhena, no Cone Sul rondoniense. Nos dias de hoje, o grande
destaque é Vilhena com o maior índice de crescimento populacional do estado, já
caminhando rapidamente, mantidos os índices observados pelo IBGE, para
destronar Ariquemes e Ji-Paraná nos próximos anos.
Curiosidades
Com
tanta migração de paranaenses, gaúchos, capixabas, catarinenses, mineiros,
baianos, goianos (no interior) e nordestinos em Porto Velho, Rondônia crescia
tanto nas décadas de 70 e início dos anos 80, que se fossem mantidos os índices
de desenvolvimento demográficos na época já em 2000 teria atingido 2 milhões de
habitantes, como previam registros técnicos da secretaria de planejamento naqueles
idos. No entanto, a partir dos anos 90 Rondônia teve a desaceleração que no pós
usinas aumentou sensivelmente, com uma baita diáspora para outros estados e outros
países.
Eleições 2024
Sondagens
iniciais apontam, que se o ex-deputado federal Leo Moraes (Podemos) entrar na
disputa pela prefeitura de Porto Velho no ano que vem vai atingir duramente o
favoritismo do atual deputado federal Fernando Máximo, atualmente nas minhas
contas na ponteira. A outra favorita Mariana Carvalho (Progressistas) tem como
calcanhar de Aquiles no eleitorado evangélico, apesar do seu partido ser montado
pela Igreja Universal. Neste segmento Máximo e a deputada Cristiane Lopes levam
vantagem sobre a ex-tucaninha, responsável com suas emendas pelas grandes obras
da capital nos últimos anos, desde o terminal rodoviário a pavimentação das
principais avenidas.
Ponte do Abunã
Aprovado
no Senado, o projeto do senador Confúcio Moura (MDB-RO) para atribuir o nome da
ponte do abunã para o ex-governador Jeronimo Santana só vai virar lei ainda dependendo
de ser sacramentada na Câmara dos Deputados, onde o nome do falecido arcebispo
do Acre e de Rondônia Dom Moacir Grecchi era favorito para a homenagem.
Dificilmente o homenageado pelo Senado será mudado, mas se mudar a coisa vai
ficar bem chata para El Carecon, porta voz de Lula em Rondônia, onde os
petistas nada apitam, embora sejam do partido do presidente.
Via Direta
*** Nos bastidores é grande a
expectativa em cima do estouro da máfia dos consignados, com vários políticos
envolvidos, num baita cipoal de rabos amarrados nesta capital rondoniense *** Quem poderia imaginar
que a situação da estiagem em Rondônia tornasse municípios na região em estado
de emergência, como Espigão do Oeste, dependendo de caminhões pipas dos
municípios vizinhos, como Cacoal e Pimenta Bueno para ser abastecido com agua
potável ***E a coisa enroscou mesmo para
a reabertura do patrimônio histórico da Estrada de Ferro Madeira Mamoré. Validar
o contrato entre a prefeitura de Porto Velho com a Amazon Forte é um dos
problemas vigentes.
Importantes causas rondonienses não foram para frente nos últimos anos
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