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Carlos Sperança

O pedaço do leão vai para Hildon Chaves?


O pedaço do leão vai para Hildon Chaves? - Gente de Opinião

O futuro logo ali...

Encerrada uma campanha eleitoral que passou ao largo dos problemas reais e se fixou em pautas “ideológicas”, de maior interesse apenas para bolhas e seitas, é possível avaliar porque o presidente brasileiro Jair Bolsonaro e o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, acumularam derrotas na temporada enquanto em Israel o também direitista Benjamin Netanyahu voltava ao governo com uma votação consagradora.

O ponto é que a maioria da população padece de necessidades concretas. A vitória de Netanyahu não se deu porque o primeiro-ministro Yair Lapid foi ruim. Ao contrário, ele pregou o mesmo que vice-presidente eleito Geraldo Alckmin: um governo de centro para evitar que o país se arruíne com extremistas de um lado fustigando os radicais do outro. Uma espécie de Datena ou Luciano Huck, Lapid ficou famoso na TV, onde é fácil administrar um programa descontraído. Sem habilidade para se equilibrar no governo, foi atropelado pelas urgências não resolvidas. Disso se aproveitou o ex-premiê para fazer uma campanha centrada em problemas objetivos e voltar ao governo.

Bolsonaro e Trump foram castigados por fugir da realidade com fantasias “ideológicas”. Se o lulismo também se voltar mais a fantasmas que aos problemas urgentes de uma população empobrecida pela carestia, doenças e dívidas também ficará surpreso com a resposta que terá no futuro – logo ali em 2024.

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Pactos e acordos

Os pactos e acordos em torno da eleição da mesa diretora da Assembleia Legislativa nem sempre são cumpridos na casa de leis. Com a posse dos deputados eleitos em fevereiro, um acordo apalavrado na legislatura que se encerra, seria a vez do deputado Jean de Oliveira (MDB-Alta Floresta) ser o próximo presidente. No entanto a metade dos atuais deputados não se reelegeu e o pacto não vale mais nada já que os que vão assumir não tem nada a ver com acordos antigos. Alex Redano quer se manter no cargo e Jean de Oliveira derrubá-lo do poleiro. Ambos são da base do governador Marcos Rocha e este reeleito ainda não decidiu quem apoiar.

Fatia do leão

Pela sua importância no projeto de reeleição do governador Marcos Rocha, o prefeito de Porto Velho Hildon Chaves teria uma fatia do leão nas indicações de cargos no segundo mandato do governador. Chaves segue seu mandato instalado no prédio do relógio, sede da prefeitura de Porto Velho, comemora a eleição da sua esposa Ieda a deputada estadual e seu vice-prefeito Mauricio Carvalho a deputado federal. Como deverá ser o provável candidato ao governo de Rondônia em 2026 está se armando até os dentes para conquistar o CPA. E seu projeto pode passar pela eleição de Ieda Chaves a presidência da Assembleia Legislativa.

Uma epopeia

O ano de 2022 marcou 40 anos da primeira eleição geral de Rondônia que ocorreu em 1982 quando o estado vivenciava a ebulição da transformação de território federal em estado e o seu apogeu migratório. Deputados estaduais eleitos na época, José Bianco (Ji-Paraná), Tomás Correia (Porto Velho), Oswaldo Piana (Porto Velho), Silvernani Santos (Jaru), Amir Lando (Porto Velho), Heitor Costa (Porto Velho) são alguns sobreviventes da epopeia vivenciada por eles também como constituintes. Da Câmara dos Deputados, eleitos na época estão aí vivos e fortes, Assis Canuto e Orestes Muniz. A eles e tantos outros daqueles idos de pioneirismo, rendo minhas homenagens.

A legislatura

Lembrando que da primeira e mais importante legislatura da Assembleia Legislativa eleita em 1982 emergiram diversos governadores e senadores de Rondônia. Casos de Oswaldo Piana (Porto Velho), José Bianco (Ji-Paraná). Desta mesma legislatura ganhariam o pódio como senadores em anos seguintes Bianco (Ji-Paraná), Ronaldo Aragão (Cacoal), Ernandes Amorim (Ariquemes) e Amir Lando (Porto Velho). Amorim substituiu o deputado Tomás Correia que assumiu como vice da prefeitura de Porto Velho (na chapa de Jerônimo Santana eleito prefeito) lhe cedendo a cadeira de deputado estadual. Bons tempos!

O protagonismo

Por contar com um eleitorado mais jovem, situação que se acentuou com a construção das usinas de Santo Antônio e Jirau na década passada, as lideranças mais jovens vão tomando conta do pedaço e renovando os quadros políticos rondonienses. Vejam por exemplo, a eleição da maioria dos deputados federais na capital, casos de Fernando Máximo (Porto Velho), Mauricio Carvalho (Porto Velho) Cristiane Lopes (Porto Velho). Nem por isto os idosos ficam e fora, como foi a reeleição do coronel Chisostomo a Câmara dos Deputados e Jaime Bagatolli ao Senado. Na Assembleia Legislativa também predominaram nas urnas lideranças mais jovens e emergentes

Via Direta

***Alguns suplentes de deputados estaduais que assumiram em virtude de cassações de mandatos de parlamentares nem estão esquentando as suas cadeiras e já terão que entregar os cargos aos sucessores em fevereiro *** O mandato mais curto será de Williames Pimentel (MDB-Porto Velho). Mas temos os casos dos suplentes que assumiram as cadeiras e não se reelegeram casos de Ribamar Araújo, Jesuíno Boabaid, ambos de Porto Velho *** Nos Estados Unidos, Trump já anuncia que será candidato à sucessão do atual presidente Joe Biden. No Brasil, o presidente Jair Bolsonaro que perdeu o pleito para Lula já projeta uma revanche para 2026.  *** Bolsonaro vai ter que achar outro adversário para o próximo pleito pois Lula diz que não tentará a reeleição, já que em 2026 estará com 81 anos de idade.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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