Quinta-feira, 17 de novembro de 2022 - 08h21
Encerrada uma campanha eleitoral que passou
ao largo dos problemas reais e se fixou em pautas “ideológicas”, de maior interesse
apenas para bolhas e seitas, é possível avaliar porque o presidente brasileiro
Jair Bolsonaro e o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, acumularam derrotas na
temporada enquanto em Israel o também direitista Benjamin Netanyahu
voltava ao governo com uma votação consagradora.
O ponto é que a maioria da população padece
de necessidades concretas. A vitória de Netanyahu não se deu porque o
primeiro-ministro Yair Lapid foi ruim. Ao contrário, ele pregou o mesmo que vice-presidente
eleito Geraldo Alckmin: um governo de centro para evitar que o país se arruíne
com extremistas de um lado fustigando os radicais do outro. Uma espécie de
Datena ou Luciano Huck, Lapid ficou famoso na TV, onde é fácil administrar um
programa descontraído. Sem habilidade para se equilibrar no governo, foi
atropelado pelas urgências não resolvidas. Disso se aproveitou o ex-premiê para
fazer uma campanha centrada em problemas objetivos e voltar ao governo.
Bolsonaro e Trump foram castigados por fugir
da realidade com fantasias “ideológicas”. Se o lulismo também se voltar mais a
fantasmas que aos problemas urgentes de uma população empobrecida pela carestia,
doenças e dívidas também ficará surpreso com a resposta que terá no futuro –
logo ali em 2024.
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Pactos
e acordos
Os pactos e acordos em torno da eleição da mesa
diretora da Assembleia Legislativa nem sempre são cumpridos na casa de leis.
Com a posse dos deputados eleitos em fevereiro, um acordo apalavrado na legislatura
que se encerra, seria a vez do deputado Jean de Oliveira (MDB-Alta Floresta)
ser o próximo presidente. No entanto a metade dos atuais deputados não se
reelegeu e o pacto não vale mais nada já que os que vão assumir não tem nada a
ver com acordos antigos. Alex Redano quer se manter no cargo e Jean de Oliveira
derrubá-lo do poleiro. Ambos são da base do governador Marcos Rocha e este
reeleito ainda não decidiu quem apoiar.
Fatia
do leão
Pela sua importância no projeto de reeleição
do governador Marcos Rocha, o prefeito de Porto Velho Hildon Chaves teria uma
fatia do leão nas indicações de cargos no segundo mandato do governador. Chaves
segue seu mandato instalado no prédio do relógio, sede da prefeitura de Porto Velho,
comemora a eleição da sua esposa Ieda a deputada estadual e seu vice-prefeito Mauricio
Carvalho a deputado federal. Como deverá ser o provável candidato ao governo de
Rondônia em 2026 está se armando até os dentes para conquistar o CPA. E seu
projeto pode passar pela eleição de Ieda Chaves a presidência da Assembleia Legislativa.
Uma epopeia
O ano de 2022 marcou 40 anos da primeira
eleição geral de Rondônia que ocorreu em 1982 quando o estado vivenciava a
ebulição da transformação de território federal em estado e o seu apogeu
migratório. Deputados estaduais eleitos na época, José Bianco (Ji-Paraná),
Tomás Correia (Porto Velho), Oswaldo Piana (Porto Velho), Silvernani Santos
(Jaru), Amir Lando (Porto Velho), Heitor Costa (Porto Velho) são alguns
sobreviventes da epopeia vivenciada por eles também como constituintes. Da
Câmara dos Deputados, eleitos na época estão aí vivos e fortes, Assis Canuto e
Orestes Muniz. A eles e tantos outros daqueles idos de pioneirismo, rendo
minhas homenagens.
A
legislatura
Lembrando que da primeira e mais importante
legislatura da Assembleia Legislativa eleita em 1982 emergiram diversos
governadores e senadores de Rondônia. Casos de Oswaldo Piana (Porto Velho),
José Bianco (Ji-Paraná). Desta mesma legislatura ganhariam o pódio como
senadores em anos seguintes Bianco (Ji-Paraná), Ronaldo Aragão (Cacoal),
Ernandes Amorim (Ariquemes) e Amir Lando (Porto Velho). Amorim substituiu o
deputado Tomás Correia que assumiu como vice da prefeitura de Porto Velho (na
chapa de Jerônimo Santana eleito prefeito) lhe cedendo a cadeira de deputado
estadual. Bons tempos!
O
protagonismo
Por contar com um eleitorado mais jovem,
situação que se acentuou com a construção das usinas de Santo Antônio e Jirau na
década passada, as lideranças mais jovens vão tomando conta do pedaço e
renovando os quadros políticos rondonienses. Vejam por exemplo, a eleição da
maioria dos deputados federais na capital, casos de Fernando Máximo (Porto
Velho), Mauricio Carvalho (Porto Velho) Cristiane Lopes (Porto Velho). Nem por
isto os idosos ficam e fora, como foi a reeleição do coronel Chisostomo a Câmara
dos Deputados e Jaime Bagatolli ao Senado. Na Assembleia Legislativa também
predominaram nas urnas lideranças mais jovens e emergentes
Via
Direta
***Alguns
suplentes de deputados estaduais que assumiram em virtude de cassações de
mandatos de parlamentares nem estão esquentando as suas cadeiras e já terão que
entregar os cargos aos sucessores em fevereiro *** O mandato mais curto será de Williames Pimentel (MDB-Porto Velho).
Mas temos os casos dos suplentes que assumiram as cadeiras e não se reelegeram
casos de Ribamar Araújo, Jesuíno Boabaid, ambos de Porto Velho *** Nos Estados Unidos, Trump já anuncia
que será candidato à sucessão do atual presidente Joe Biden. No Brasil, o presidente
Jair Bolsonaro que perdeu o pleito para Lula já projeta uma revanche para
2026. *** Bolsonaro vai ter que
achar outro adversário para o próximo pleito pois Lula diz que não tentará a
reeleição, já que em 2026 estará com 81 anos de idade.
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