Quarta-feira, 18 de dezembro de 2024 - 07h25
O
mundo entrará em 2025 apresentando mudanças cruciais em relação à década anterior.
Nesse caso, é essencial definir o papel da Amazônia no novo cenário, com
ditaduras caindo, o bloco Brics forçando a desdolarização e os EUA se impondo por
seu mercado e não pela força, como é desde a II Guerra Mundial.
O
Brasil, por sua vez, deixa de depender das vontades do presidente, como já vem
ocorrendo desde Michel Temer, com a afirmação na prática do modelo
semipresidencialista – ou semiparlamentarista. A Amazônia fecha 2024 com o pior
desmatamento em 15 anos, árvores gigantes desabando pelos fortes ventos
causados pelo aquecimento, rios secando, mortandade de peixes, incêndios
extremamente destrutivos, potencialização dos efeitos dos agrotóxicos, o crime
organizado controlando territórios e anéis de pobreza cercando as cidades.
Quem
tapa os olhos para essa realidade não é só negacionista – é como a avestruz,
que frente ao perigo enfia a cabeça num buraco na ilusão de que não vendo a
ameaça ela deixará de existir. Como é certo que o mundo e o Brasil estão
mudando, também é certo que precisarão mudar suas formas de considerar a
floresta.
Ela
é, sem dúvida, patrimônio de seus povos, mas também faz parte do conjunto
nacional e mundial de proteção e aproveitamento que vai assegurar a melhoria do
clima em uma sociedade (e respectiva economia) menos injusta.
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Todo direito
O prefeito
Hildon Chaves (PSDB) tem todo o direito de inaugurar a nova rodoviária de Porto
Velho, idealizada por ele, com recursos da municipalidade e de emendas parlamentares
da então deputada federal Mariana Carvalho (União Brasil). A inauguração é
justa desde que tudo esteja funcionando de acordo, não oferecendo riscos aos
passageiros e funcionários do terminal. O CREA e o Tribunal de Contas já se
posicionaram contra a iniciativa. Hildão está recorrendo na justiça para ter o
direito de inaugurar. Em último caso, teremos uma inauguração para fazer valer
a autoria da obra com o atual prefeito e outra quando a nova rodoviária estiver
em condições de funcionamento, de fato, com o prefeito eleito Leo Moraes.
Baita sortudo
Leo
Moraes realmente é protegido pelos deuses. Ganhou uma eleição que era considerada
perdida, os aliados da aliança governista brigaram entre si, no dia da eleição
deu um temporal de lascar –até São Pedro ajudou ele nesta parada – com a população
se revoltando com as alagações, e agora o atual prefeito não consegue entregar
sua maior obra, o novo terminal rodoviário em condições de entrar em operações.
É quase certo que teremos duas inaugurações: uma com Hildão, com a rodoviária
inacabada, outra com o prefeito que toma posse em janeiro, lá pelo mês de março,
abril ou até maio.
Na história
Desde
a primeira eleição pelo voto direto em Porto Velho, na condição da capital do
estado de Rondônia em 1985, vários prefeitos tentaram buscar o cargo de
governador. No entanto, só o primeiro, o goiano Jeronimo Garcia de Santana, se
tornou governador - o primeiro também pelo voto direto – na eleição de 1986 na
sensacional revanche contra o então senador Odacir Soares o campeão de votos ao
Senado em 1982. De lá para cá alguns prefeitos tentaram galgar o Palácio
Presidente Vargas, até então sede do governo estadual, mas não foram bem-sucedidos.
Casos dos alcaides expressivos, como José Guedes (PSDB) e Chiquilito Erse (PDT).
Nova tentativa
O
próximo prefeito de Porto Velho a tentar o governo estadual é Hildon Chaves
(PSDB), também presidente da Associação Rondoniense dos Municípios. É um nome
forte, considerado imbatível na capital em qualquer confronto contra outro
adversário, mas precisando reforçar suas paliçadas no interior rondoniense,
onde se concentram mais de dois terços do eleitorado do estado. A derrota da
sua candidata Mariana Carvalho a prefeitura de Porto Velho na eleição de
outubro foi um balde de água fria nas suas pretensões. No entanto, é um nome em
condições de crescer muito no interior já que trabalhou e residiu alguns anos
em Cacoal e Vilhena, polos regionais importantes.
Prefeitos no poder
Boa
parte dos governadores eleitos em Rondônia, desde o primeiro pleito do estado
em 1986, foram prefeitos. Jeronimo Santana, prefeito de Porto Velho, Valdir
Raupp, prefeito de Rolim de Moura, Jose Bianco, prefeito de Ji-Paraná, Ivo Cassol
prefeito de Rolim de Moura, Confúcio Moura, prefeito de Ariquemes. Destes
apenas Cassol e Confúcio foram reeleitos. Na eleição de 2026 vários
ex-prefeitos podem entrar na peleja. Além de Hildon Chaves, de Porto Velho,
Adailton Fúria de Cacoal –neste caso ele deixaria o cargo para concorrer - os
próprios ex-governadores Ivo Cassol e Confúcio Moura que foram prefeitos respectivamente
em Rolim e Ariquemes.
Opção por federais
Como
curiosidade histórica na política, Porto Velho tem dado prioridade para a
escolha de deputados federais desde o Palácio Tancredo Neves nos anos 80.
Jeronimo Santana, Jose Guedes, Chiquilito Erse, Carlinhos Camurça e Mauro Nazif
predominaram. As exceções foram Roberto Sobrinho e o atual prefeito Hildon
Chaves, que não foram deputados federais, curiosamente, ambos sendo reeleitos,
frutos de efeitos manadas de última hora, como também foi o caso do prefeito
eleito recentemente Leo Moraes, também um ex-deputado federal, que começa seu
mandato em janeiro. Lembrando que o favorito para a capital no pleito deste ano
era Fernando Máximo, apunhalado pelo seu próprio partido.
As facilidades
Talvez
a escolha pela população de Porto Velho por deputados federais tenha a ver com as
facilidades que eles encontram em buscar recursos de emendas parlamentares, oriundas
de recursos federais. Chiquilito Erse, por exemplo soube ser pragmático para
obtenção de verbas estaduais (teve apoio de um adversário político, Jeronimo
Santana) e outro exemplo é o atual prefeito Hildon Chaves, um grande
estrategista nas relações com o governo do estado e as esferas federais, seja
com a bancada federal ou nos ministérios, onde perambula com desenvoltura.
Via Direta
*** Na versão relatada pelo governo de
Rondônia a criminalidade diminuiu, mas nas ruas o que se vê é alguma coisa bem
diferente: uma segurança pública em colapso *** Expectativa enorme do comercio
lojista da Av. 7 de Setembro, no centro histórico, para a extinção do corredor
de ônibus a partir de janeiro. A falta de vagas para estacionamento tem sido um
grande empecilho para os comerciantes ***
As licitações para a coleta de lixo têm sido fraudadas em várias regiões do
País. Em Rondônia, volta e meia temos prefeitos envolvidos em propinas pelas
empresas *** O crime organizado chegou com força e tem vencido licitações também
em outros segmentos.
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