Quarta-feira, 28 de dezembro de 2022 - 08h20
Uma
recorrente afirmação de opositor após vencer eleição é se alegar de mãos atadas
por conta da “herança maldita” que recebeu do antecessor. É um mantra que
acompanha os líderes que não conseguem, não sabem como ou se surpreendem
incapazes de cumprir promessas. Tenham ou não recebido a instituição em cacos,
o candidato teve toda a campanha eleitoral para esmiuçar tudo sobre a
instituição que se propôs a governar e sabe o que ficou devido, encalhado,
suspenso ou cancelado. Ao assumir, não pode alegar ignorância sobre a realidade
que iria enfrentar e mesmo assim prometeu soluções para tudo.
No
caso do plano Nossa Amazônia, deixado pelo vice-presidente Hamilton Mourão, não
se pode qualificá-lo de “herança maldita”, pois tem diretrizes importantes que
se integram às políticas de Estado e respondem a anseios da sociedade, nem
chega a ser um legado benigno, na medida em que é principalmente uma carta de
boas intenções.
Há
dois aspectos relevantes no plano de fim de feira deixado pelo general Mourão,
durante todo o governo na chefia do Conselhão da Amazônia: em cada linha se
nota uma crítica ao governo pelo que deixou de fazer e uma autocrítica ao
próprio Conselho da Amazônia pelo que não conseguiu. Nesse sentido, é um plano
que merece ser avaliado como peça ao mesmo tempo informativa e propositiva.
Sendo assim, é uma herança benigna.
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A supremacia
Com
Lula assumindo o Palácio do Planalto, o PT terá seu quinto governo desde o fim
do regime militar. Depois dos militares, o primeiro governo seria de centro-direita,
com Tancredo Neves, mas falecendo cedeu a cadeira para um governo de direita,
com José Sarney ingressando no MDB. A direita seguiria no comando do Planalto,
em seguida, com Fernando Collor de Melo, que cassado daria lugar ao seu vice Itamar
Franco, da centro-esquerda. Do mesmo segmento seu sucessor Fernando Henrique,
eleito e reeleito, para então Lula ser também eleito e reeleito, Dilma eleita e
reeleita e cassada daria lugar ao vice Michel Temer (centro direita), e então Jair
Bolsonaro, da extrema direita.
Ovo da serpente
O
PT abre seu novo governo federal povoado de ex-adversários históricos. Desde os
tucanos e ex-tucanos, representado pelo seu vice, o ex-governador Geraldo
Alckmin, até a relação entre tapas e beijos com o MDB que liderou o golpe
contra a presidente Dilma Rousseff. Desconfiados, os petistas estão buscando
para si os principais ministérios e se acertado com a direita – partidos do centrão
– para se manter no poder nos próximos quatro anos. A exemplo de Jair Bolsonaro, que governou de
joelhos para o Centrão –aliança de partidos a direita – Lula busca sua governabilidade
também nesta aliança. Aliás, o Centrão embora tão excomungado, esteve em todos
os governos petistas.
Punhal da traição
Macaco
velho na política, Lula deve estar bem ciente do que é administrar um serpentário,
formado por tantos credos políticos. Sua permanência no Planalto vai depender
muito da sua popularidade e de uma conciliação nacional. Se seu prestigio
despencar durante sua gestão, perderá apoio no Congresso e sua governabilidade
poderá ir para as cucuias, como rezam os bolsonaristas maus perdedores. Se for
assim, o MDB estará lá para apunhala-lo, auxiliado por tucanos e ex-tucanos, os
partidos do Centrão, que não teriam escrúpulos de abandona-lo, como estão
fazendo com Bolsonaro apunhalado e chorão, mas repleto de seguidores fanáticos
propensos a acreditar até em Saci-Pererê e boitatá.
Em Rondônia
Tanto
Lula como Dilma foram presidentes petistas generosos com Rondônia em seus
mandatos. Grandes obras foram realizadas, inclusive as pontes. Milhares de casas
populares foram construídas. Entretanto, por se tratar de um estado ligado ao
agronegócio e colonizado por migrantes sulistas conservadores, Lula e Dilma
sempre levaram a pior por aqui nas urnas. Mas na primeira onda vermelha de
Lula, o PT chegou a crescer, mas chegando a eleger apenas deputados estaduais e
federais, o prefeito da capital, uma senadora. Depois da cassação de Dilma Rousseff
o PT virou poeira. Na próxima legislatura da ALE terá apenas uma deputada estadual.
As festividades
Está
chegando o 4 de janeiro, data em que se comemora os 41 anos de instalação do Estado
de Rondônia. A data é considera a mais relevante. Em Porto Velho tem um conjunto
habitacional homenageando a data, o
Conjunto 4 de Janeiro. Para homenagear a data de criação outro conjunto recebeu
honraria, que foi o conjunto 22 de dezembro, aquele que ladeia do Parque da
Cidade, na região do shopping da capital. A região é feita só de homenagens históricas,
pois o conjunto Marechal Rondon, também situado nas cercanias destes complexos
habitacionais, foi inspirado no grande desbravador Rondon
Via Direta
*** O ano de 2022 foi o que menos choveu
no mês de dezembro em Porto Velho. Um ano que estiagens assombraram mais da
metade dos municípios amazonenses e que na capital rondoniense o lençol
freático baixou muito causando problemas de abastecimento do precioso líquido *** O mês de dezembro
também é o campeão de casas depenadas na capital rondoniense, de roubo de
fiação elétrica nas avenidas, parques e residências *** Um novo governo federal
chegando em janeiro e se confirmando o grande temor dos bolsonaristas com a
indicação de Marina Silva ao Ministério do Meio Ambiente *** O agronegócio rondoniense demoniza
a ex-ministra e acredita que com ela no poder o problema de invasão de terras
vai crescer nos próximos anos na região***
Um final de ano dos mais violentos em Rondônia. Um banho de sangue.
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