Quinta-feira, 9 de fevereiro de 2023 - 08h30
Leis
e práticas nacionais só podem ser personalizadas em ditaduras. Na demora para
vacinar ou no favorecimento ao garimpo na Amazônia, nem a primeira pode ser
atribuída só ao ex-presidente Jair Bolsonaro, apesar da cloroquina, nem a lei 12.844,
de 2013, sobre o comércio do ouro, pode ser carimbada só na testa de Dilma
Rousseff, embora a tenha assinado.
Os
dois casos resultaram de debilidades do Estado brasileiro que os poderes da
República deixaram passar até, diante das consequências, reagir com medidas
corretivas. Enquanto o presidente de plantão não unir o país, descendo do
palanque, e a oposição não parar com o eterno mantra golpista “Fora Presidente”,
acompanhado de pautas-bomba e outras maluquices, será difícil evitar a errônea fulanização
de leis e medidas.
O
mais poderoso presidente da Câmara Federal de todos os tempos, Arthur Lira,
reeleito tanto pelo PT de Dilma/Lula quanto pelo PL de Bolsonaro/Costa Neto, tem
o sonho de mudar o atual e problemático sistema para o semipresidencialismo, em
que a tomada de decisões é mais bem compartilhada. Será coisa de santo
milagroso, mas se conseguir repetirá a conciliação feita há 130 anos pelo
Marquês de Paraná no Império.
Para
o Marquês, a conciliação não significava unir os partidos nem os obrigar à unidade
de pensamento, mas de fazer uma nova política. Também se falou nisso em 2018,
mas ficou na promessa.
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Sessões itinerantes
Com
os resultados das urnas para Assembleia Legislativa renovando em mais de 60 por
cento dos quadros da casa de leis no pleito do ano passado, os vereadores de
Porto Velho – a maioria com comportamento de avestruzes – resolveu reforçar
suas paliçadas para se reeleger o que está bem difícil. Além deles ampliarem o número
de cadeiras de 21 para 23 para melhorar suas chances, mesmo com a redução do número
de habitantes na capital, os edis resolveram realizar sessões itinerantes nos
bairros e nos distritos. Praticamente estão antecipando a campanha eleitoral
com receio dos predadores. Raposas felpudas por lá...
Mais federações
Agora
também o PP e União Brasil estudam a criação de uma federação para se reforçar
no Congresso Nacional e negociar melhor seus projetos com o governo federal do
presidente Lula. Já existem algumas federações funcionando, como a do PT, PC do
B e Partido Verde, do PSDB com o Cidadania, PSOL com a Rede, entre outras.
Projeta-se também uma união entre o PDT e o PSB, mas os entendimentos seguem travados.
Alguns partidos para escapar da extinção estão apelando pela figura da
federação, buscando melhorar sua representatividade.
Os garimpeiros
Com a expulsão dos 20 mil garimpeiros dos territórios
indígenas Yanomami em Roraima, começa a sobrar problemas para os estados do Amazonas,
Rondônia e Pará, cujas unidades da federação mais exportaram garimpeiros para
aquelas reservas naturais. Em Rondônia algumas famílias de garimpeiros já desembarcaram
e outras estão chegando e naturalmente vão procurar as águas caudalosas e
barrentas do Rio Madeira para poluir mais o rio já tão afetado pelo mercúrio.
Sobra desgraceira para todo mundo, mas creio que o Estado do Pará será o mais
sacrificado com esta diáspora dos garimpeiros em Roraima.
Os compromissos
O
senador Sérgio Moro (União Brasil -PR), odiado pelos petistas por causa da Operação
Lava Jato e pelos bolsonaristas que querem anular sua eleição no Paraná e tomar
sua cadeira, já definiu seus principais compromissos neste primeiro ano de
atuação no Congresso Nacional: 1- A prisão em primeira instância 2 –Fim do foro
privilegiado 3-Autonomia de mandato para os diretores da Polícia Federal. Como
a grande massa dos deputados federais e senadores está enrascada com a justiça,
vejo extremas dificuldades na aprovação das propostas de Moro. É mais fácil
galinha criar dentes.
Boa estreia
O
deputado federal Mauricio Carvalho (União Brasil-Porto Velho) teve uma boa estreia
na Câmara dos Deputados e deve estar orgulhando seu pai, o velho de guerra Aparício
que também já foi deputado federal. Mauricio assumiu o cargo cobrando importantes
emendas parlamentares da sua mana Mariana que deixou o cargo e ela foi a campeã
de recursos destinados a Porto Velho beneficiando a construção da nova
rodoviária e urbanização da região do Ulisses, Marcos Freire e Ronaldo Aragão,
entre outros projetos de relevância para a capital rondoniense.
Via Direta
*** A nota divulgada pelo Sindicato dos
Jornalistas de Rondônia-Sinjor em defesa do seu associado William do Tempo, que
participou das manifestações golpistas em Brasília, causou uma baita polêmica
nos meios jornalísticos e o que se vê foram reações até raivosas a respeito *** De um lado, William
não foi preso de graça pela Policia Federal que trabalhou muito com escutas
telefônicas sobre os atentados de 8 de janeiro, mas de outro, a entidade existe
para defender seus associados e ele tem até até carteirinha da Fenaj em mãos *** Como ex-presidente do Sinjor e
ex-presidente da Fenaj para Região Norte, entendo que os associados do Sinjor,
sejam petistas ou bolsonaristas, devem receber atenção e a defesa por parte da
sua entidade representativa, como faz a OAB, por exemplo, com seus filiados.
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