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Carlos Sperança

O trilhão + União Brasil + Exposições voltam + A impunidade na ALE


O trilhão + União Brasil + Exposições voltam + A impunidade na ALE - Gente de Opinião

O trilhão

Depois de se debruçar profundamente sobre o assunto para ter o que dizer na Cop-26, o economista canadense Mark Carney, especialista da ONU para finanças e clima, aplicou uma etiqueta de preço na participação dos países pobres ao esforço mundial pela qualidade do clima: US$ 1 trilhão, equivalente às fortunas dos seis homens mais ricos do mundo. É provável que eles, por humanismo ou pressão, venham a dispor alguns de seus bilhões a serviço do nosso bem-estar, mas o grosso desse trilhão terá que vir das nações mais ricas e das elites das nações pobres.

O governo brasileiro ficou hesitante entre esperar ofertas ou pedir a parte que lhe deveria caber no trilhão. Esperar não convém a um país que precisa de investimentos para vencer o atraso, a pobreza crescente e um elevado déficit infraestrutural. Mendigar dinheiro com a mão esquerda estendida e a direita com punho fechado aos gritos de “soberania” seria contraditório.

Nesse caso, têm razão os governadores que jogaram as cartas na mesa nos contatos que tiveram com os mais qualificados representantes das nações empenhadas em avançar na solução do problema climático. Exemplo dessa atitude foi o lançamento do Consórcio Brasil Verde em Glasgow, na Cop-26. Representativo da união dos governadores no esforço pelo meio ambiente protegido e o clima saudável, o Consórcio poderá ser o ímã capaz de atrair um bom naco do trilhão mágico de Mark Carney.

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União Brasil

No próximo dia 20, no seu primeiro encontro estadual em Rondônia, já será possível avaliar o poderio do União Brasil em Rondônia, o partido que resultou na fusão do PSL com os Democratas. Será possível entender também se o senador Marcos Rogério assimilou a derrota pelo comando estadual, se vai permanecer na legenda ou vai buscar uma nova alternativa para disputar o governo estadual no ano que vem. Se deixar o União Brasil, o parlamentar levará consigo boa parte dos democratas para uma nova legenda. Falava-se no PSD de Expedito, mas o partido está filiando um adversário do seu presidenciável Bolsonaro, o senador Rodrigo Pacheco.

O municipalismo

Por falar no União Brasil, uma das forças para a campanha a reeleição do coronel Marcos Rocha está alicerçada no municipalismo rondoniense. Prefeitos importantes em todo estado estão se engajando neste projeto, desde Carla Redano em Ariquemes até Eduardo Japonês em Vilhena. Rocha exibe musculatura também nos pequenos e médios municípios, onde a presença do seu governo é mais marcante, tornando-se sua grande arma para seguir seu projeto em segundo turno num embate com adversários repletos de espinhos e com presas afiadas como os ex-governadores Ivo Cassol e Confúcio Moura e o prefeito de Porto Velho Hildon Chaves,

Jogo de cena

Os acontecimentos vão desmentindo a intenção do presidenciável Ciro Gomes (PDT) abandonar a corrida eleitoral no ano que vem. O próprio presidente nacional do PDT Carlos Lupi já fala com todas as letras que Ciro Gomes seguirá na luta e já está reforçando suas trincheiras para a grande guerra que se aproxima. Com um marqueteiro diabólico –aquele que elegeu Lula e Dilma – o pedetista está jogando o jogo para se tornar aquilo que se chama de uma terceira via, captando para si os votos anti-petistas e anti-bolsonaristas. O tempo dirá quem é quem nesta parada.

Exposições voltam

Com a crescente vacinação em Rondônia e um clima de otimismo com relação ao combate a pandemia do coronavirus já teremos algumas feiras agropecuárias voltando em 2021, ainda no mês de dezembro. A maioria, no entanto, ficará para meados do ano que vem. Os eventos são de grande importância para as economias de municípios como Ariquemes, Ji-Paraná e Vilhena, lotando bares e restaurantes e proporcionando bons frutos as redes hoteleiras. O agro pulsa no estado e nas feiras grandes negócios em termos de gado de genética e venda de maquinários de alta tecnologia acabam acontecendo.

A impunidade

 Passam as semanas, meses até e nada da Comissão de Ética da Assembleia Legislativa de Rondônia se posicionar sobre o rumoroso caso das propinas protagonizado pelo deputado Lebrão (MDB-São Francisco) já em campanha pela reeleição, como se nada tivesse acontecido. A impunidade é um das marcas negativas da política rondoniense. Também temos o caso do deputado estadual Geraldo da Rondônia (PSC-Ariquemes) que segue impune, mesmo com tantos atos de falta de decoro parlamentar cometidos nos últimos anos. Em crimes menos graves os deputados Aelcio da TV e Edson Martins levaram um pé. Aonde vamos parar com tanta impunidade?

Via Direta

*** Residindo no Rio de Janeiro, o ex-governador de Rondônia Oswaldo Piana Fiho se aposentou e não quer mais saber de política segundo  seus fiéis assessores *** No Com Sul rondoniense é braba a briga por cadeiras â Câmara dos Deputados: Tem o secretário da Agricultura  Evandro Padovani (Aliança Brasil), o ex-deputado federal Natan Donadon e o prefeito Eduardo Japonês (PV) envolvidos na peleja ***Impressiona a farra de diárias nas câmaras municipais, assembleias legislativas e no Congresso Nacional. Não bastam as rachadinhas e emendas secretas. É coisa de louco, torcida brasileira *** E para reforçar o caixa dos políticos ainda tem os recursos do fundão eleitoral triplicados para as eleições do ano que vem *** Por tudo isto se preconiza uma grande renovação nos quadros políticos para 2022.    

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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