Quarta-feira, 20 de setembro de 2023 - 07h19
Na
antiguidade, quando a ciência dialogava mais com a religião, o que hoje se pode
ver como vírus ou bactérias em microscópios, imagens e animações de altíssima
resolução, eram comparados a maus espíritos invisíveis. Hoje se sabe que não são
seres espirituais nem agem por maldade. Se fosse possível atribuir qualidades
humanas de bondade ou má intenção a micro-organismos da natureza, certamente bactérias,
fungos e arqueias que prendem na terra o ameaçador metano, evitando que suba
para a atmosfera, seriam pequenos e invisíveis anjos benfeitores.
Para
sua autoproteção, a humanidade gasta fortunas em busca de medicamentos e
métodos para se prevenir contra os “demônios” invisíveis aos olhos que causam
doenças. Deveria também pensar na proteção dos “anjos” que impedem o metano de
piorar a qualidade do céu, destruídos implacavelmente pelo desmatamento. Aliás,
até pelo desflorestamento útil, para fins de alimentação. Neste caso, caberia a
avaliação custo-benefício.
No
mínimo é preciso saber mais a respeito. É o que faz um estudo elaborado por pesquisadores
da USP em parceria com colaboradores de universidades dos EUA e Reino Unido. A
brasileira Júlia Brandão Gontijo, ora nos EUA, vê nos micro-organismos da
floresta o mérito de manter seu equilíbrio. Desmatar, portanto, significa matar
os pequenos anjos protetores da flora e da fauna, que melhoram a terra e limpam
o céu.
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Obras condenadas
Em
Rondônia, se sabe, quando as obras são iniciadas, pois são propagadas
largamente pelos mandatários municipais, estaduais e federais, e nunca se sabe
quando elas terminam. Vejam os casos das intermináveis obras no Complexo da
Estrada de Ferro Madeira Mamoré, que nunca acabam, dos serviços de drenagens e
pavimentação prometidos nos bairros da periferia, de tantas creches abandonadas
pela metade, sem contar tantos esqueletos de prédios populares em condomínios
residenciais cujas ações estão paralisadas e até condenadas há mais de uma
década na capital rondoniense.
Recursos do FPM
O
municipalismo rondoniense padece com um recuo de quase 30 por cento dos recursos
do Fundo de Participação dos Municípios-FPM. Os prefeitos protestam diante da
escassez das verbas que já está prejudicando até o atendimento de demandas
essenciais das suas populações. Em busca de socorro, os alcaides mais
articulados estendem os pires na mão para os deputados estaduais, federais e
senadores na busca de recursos originados de emendas parlamentes destinados as
municipalidades. Mas estes projetos dependem de projetos técnicos e certa
burocracia.
As semelhanças
Porto
Velho, a nossa capital rondoniense, e Rio Branco, a aprazível capital acreana,
guardam algumas semelhanças e coincidências. Ambos centros comerciais antigos destas
cidades estão abandonados, grande parte das suas economias é movida pelo contracheque
das prefeituras municipais, governos estaduais e da esfera federal. São cidades
com populações igualmente caloteiras no pagamento do IPTU, a criminalidade aqui
e acolá é de lascar. Até no assassinato de políticos a coisa guarda alguma
semelhança: em 1990 assassinaram em Porto Velho o Senador favorito para ganhar
a eleição ao governo de Rondônia, Olavo Pires, em 1992 assassinaram o governador
do Acre Edmundo Pinto.
Tem abusos
Vereadores,
deputados estaduais e federais e senadores adoram entrar com pedidos de impeachment
de prefeitos, governadores e presidentes, sendo que muitos deles são feitos
para simplesmente chantagear os mandatários para nomeação de parentes e
apaniguados, para negócios com empresas que vendem de alfinete a avião. Temos
assistido muito destas iniciativas em Rondônia nos últimos anos. Pois é, para
reduzir abusos de pedidos de impeachment, tramita no Congresso Nacional, projeto
de Lei do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para evitar tantas armações
ilimitadas.
A minirreforma
Para
realmente se transformar em lei, a minirreforma eleitoral terá que ser aprovada
até o dia 5 de outubro, um ano antes das eleições municipais de 2024. Já
aprovada, com louvor por petistas e bolsonaristas, na Câmara dos Deputados, a
matéria tramita rapidamente no Senado e com certeza haverá um esforço
concentrado junto os parlamentares para que as leis que flexibilizam as inegebilidades,
que reduzem as penalidades aos partidos nas prestações de contas e que pode até
diminuir a cota obrigatória de candidaturas femininas estejam valendo já no pleito
do ano que vem.
Via Direta
*** Com grande parte do abastecimento de
Porto Velho proveniente do Ceasa de São Paulo, urge a necessidade de as autoridades
municipais e estaduais estimularem um cinturão verde na região metropolitana *** Com a urbanização
do setor chacareiro, na Zona Leste, muitos sítios que produziam hortaliças
foram extintas *** O ex-governador
Daniel Pereira tem falado aos amigos que pendurou as chuteiras para as pelejas
eleitorais futuras. No entanto, a política está no sangue de Pereirinha desde
os tempos de Cerejeiras *** Rolam costuras políticas favoráveis para o
deputado Marcelo Cruz, presidente da Assembleia Legislativa, dispute a prefeitura
de Porto Velho no ano que vem ***Alguns
aliados estão se entusiasmando com a ideia.
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