Quinta-feira, 8 de julho de 2021 - 08h32
“Como
aqui a morte é tanta, só é possível trabalhar nessas profissões que fazem da
morte ofício ou bazar”, segundo João Cabral de Melo Neto em “Morte e Vida
Severina”. A seca ainda não foi vencida, o drama climático aumenta e até uma
vacina para tudo ser achada as epidemias vieram para ficar.
Agora
que a morte, além de ofício e bazar, também é foco de corrupção, falar em vida
parece fugir dos problemas, mas é nela que está a chance de um futuro melhor. Se
existe consenso a respeito do papel da Amazônia na condução da sociedade
brasileira a uma virada positiva nesta década, ele está justamente na vida: a bioeconomia.
Para sair de vez do ciclo negativo da morte como ofício ou bazar, é preciso
vencer os problemas com soluções, sem negá-los, apostando na vida e na ciência.
Há
pouco, rompendo o véu escuro das más notícias sobre a região, a revista científica
The Journals of Gerontology publicou estudo de pesquisadores da Universidade do
Sul da Califórnia (EUA) festejando o modo de vida do povo amazônico Tsimane. Em
meio ao tsunami da Covid, o estudo revela que esse povo encontrou a receita
para a longevidade mesmo vivendo sem os recursos da sociedade moderna. Por
certo é necessário inclui-lo no rol de benefícios da civilização, mas aprender
a receita de vida desse povo amazônico fará bem a todos. Será privilegiar o
ofício da vida para vencer o bazar da morte.
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Canto do cisne...
Entoando
o canto do cisne, aquele de despedida deste mundo da fabulosa ave, o deputado
estadual Aelcio da TV (PP-Porto velho) em nota pública se diz perseguido e
vítima do “sistema” pela sua cassação. Dos malefícios cometidos por alguns
deputados, como rachadinha, recebimento de propinas, assédio moral e sexual,
Aelcio cometeu o menor deles, que foi a utilização de seu programa na TV para
se promover. Recebeu a pena máxima que foi a cassação do seu mandato pela
justiça. Os demais faltosos na Casa de Leis seguem nas suas cadeiras belos e
formosos.
.... E a catimba
Haja
catimba na Assembleia Legislativa para aliviar as punições dos deputados
cassados Aelcio da TV (PP-Porto Velho) e Edson Martins (MDB-Urupá) e dos
investigados Lebrão (MDB-São Francisco) e Geraldo da Rondônia (PSC-Ariquemes).
Os dois primeiros já estão cassados e com as instâncias esgotadas para recorrer,
mas para prolongar seus mandatos alguns parlamentares inventaram um pedido de
vistas (que não cabe nem aqui, nem na China neste caso) para que os cargos dos amiguinhos
se prolonguem até agosto. Sobre os outros investigados, a casa de leis chutou para
depois do recesso que já está em andamento.
O canibalismo
O
canibalismo entre os candidatos a Câmara Federal pela esfera governista
estadual é enorme. O grupo político aliado do governador Marcos Rocha tem uma
carrada de possíveis postulantes, entre eles sua própria esposa Luana Rocha,
seu secretário da Agricultura Evandro Padovani, chefe da Casa Civil Junior Gonçalves,
o secretário da Saúde Fernando Máximo. Todos também no guarda-chuva
bolsonarista. Algumas indefinições, no entanto, preocupam os postulantes
governistas: Marcos Rocha ainda não escolheu seu partido para o pleito 2022.
Guerra no Sul
Com
a proximidade do ano eleitoral se acirram as rivalidades tribais em Vilhena. Os
dois principais grupos políticos entram em guerra por espaço. De um lado, a
aliança liderada pelo prefeito Eduardo Japonês, de outro o clã Donadon também
envolvido em recentes disputas eleitorais. De asas crescidas, em 2022 o alcaide
vilhenense deve disputar uma cadeira á Câmara Federal, de outro lado o
ex-deputado federal Natan Donadon tenta voltar ao congresso nacional depois de
longo tempo de inelegibilidade. Nas últimas contendas, Eduardo Japonês com,
apoio de Luizinho Goebel se deu melhor.
A terceira via
O
PSL, ex-partido do presidente Jair Bolsonaro, confirmou a filiação do
jornalista José Luiz Datena e já está apresentando o conhecido comunicador como
uma terceira via para a eleição presidencial que neste momento é polarizada
entre o presidente Bolsonaro e o ex-presidente Lula. Também o PSD projeta uma
terceira via com uma possível candidatura do atual presidente do Senado Rodrigo
Pacheco. O Podemos de Álvaro Dias não desistiu da sua terceira via: o
ex-ministro Sergio Moro, odiado pelos petistas e bolsonaristas. São novas
alternativas para o eleitorado brasileiro em 2022.
Via Direta
*** Em Porto Velho, o trânsito na Av.
Rio Madeira, acesso ao Parque Ecológico virou um inferno. Pior mesmo só na
Estrada da Penal que dá acesso a condomínios luxuosos, ao presídio Urso Branco
e aos portos da Maggi e Cargil com trafego pesado de caminhões transportando
soja para exportação pela Hidrovia do Madeira *** Manaus comemora a
queda do nível dos seus rios, numa das suas maiores cheias da sua história *** Enquanto isto, em Roraima começou a
temporada das chuvas, o inverno amazônico com os rios transbordando *** O
vizinho Acre se prepara para a construção do seu moderno centro administrativo
sob a fiscalização do Tribunal de Contas ***
A estiagem chega com tudo em Rondônia e deve acarretar prejuízos na
produtividade de grãos valorizados como o milho e a soja.
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