Sábado, 12 de junho de 2021 - 09h21
Entre
os seres mais desprezíveis para os homens, a mosca não passa de um incômodo
dispensável, mas uma de suas qualidades deveria ser melhor observada por seus
críticos: a agilidade para fazer escolhas rápidas. Um exemplo principalmente para
os governos, cujos resultados pífios denunciam uma ótica de Polifemo, o ciclope
monstruoso de um olho só e raciocínio lento.
A
mosca decide bem por ter cerca de quatro mil olhos, mas os governos tardam a
tomar decisões pelo olhar de Polifemo que vem do presidencialismo à brasileira,
Neste, um líder com ideia fixa em eleições se bate nos porões dos palácios com
uma burocracia obrigada constitucionalmente a cumprir deveres de Estado. É preciso
haver uma ação que não dispense o legítimo interesse do olho governante na eleição
mas também valorize os quatro mil olhos da burocracia e outros tantos da
sociedade.
A
iniciativa denominada Uma Concertação pela Amazônia propõe algo assim: construir
o futuro compreendendo a complexidade, a vastidão e o olhar múltiplo que ela
comporta. Isto será possível fazendo com que os interesses amazônicos funcionem
como a orquestra em um concerto. Mais que agir como as moscas, sem critérios
sobre onde pousar, a ideia de instrumentos executados em harmonia merece atenção,
pela proposta de geração volumosa de riquezas que beneficiem um público-alvo
amplo, não limitado a poucas corporações.
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Um replay
A
grave denúncia formulada pelo prefeito de Porto Velho Hildon Chaves (PSDB) ao
Ministério Público sobre a existência de mais de 100 marajás na municipalidade,
principalmente nos quadros do IPAM, Secretaria da Fazenda, Controladoria e
outros organismos, com vencimentos inflados causando um prejuízo de R$ 2,5
milhões ao mês, lembra o episódio onde o ex-prefeito Roberto Sobrinho denunciou
parte do seu alto escalão a justiça - e mesmo assim também foi responsabilizado
pelo ocorrido. Parece um replay, um caso recorrente na municipalidade. Um caso
para desdobramentos.
Uma guerra
A
guerra jurídica pelo controle do Patriotas já ameaça a filiação do presidente
Jair Bolsonaro, pois este problema poderia lhe causar sérios transtornos no seu
projeto de reeleição. A questão também teria um efeito cascata, já que vários
governadores estavam sinalizando suas respectivas filiações, como é o caso do
coronel Marcos Rocha até o momento sem partido para disputar a reeleição em
nosso estado. Urge uma definição do comando do Patriotas senão Bolsonaro e seus
governadores domesticados serão obrigados a procurar um outro caminho para
2022.
Uma arapuca?
Falava-se
na armação de uma arapuca para o governador Marcos Rocha (Patriotas) na CPI da
Covid, palco de inquisição do governo Jair Bolsonaro pelo fracasso do plano
nacional de imunização. Como adversário do governador na disputa do governo de
Rondônia, o senador Marcos Rogério (DEM), líder do pelotão bolsonarista, não teria
motivo algum para ajudar o mandatário rondoniense na investigação praticada
pelos raposões Omar Aziz e Renan Calheiros. No entanto, como o supremo já
liberou o governador do Amazonas Wilson Lima de ir CPI, o mesmo deve ocorrer
com o nosso governante.
A intermediação
Coube
ao deputado estadual Alan Queiroz (PSDB-Porto Velho), que recentemente assumiu
o cargo, intermediar um entendimento entre o governador Marcos Rocha e o prefeito
de Porto Velho Hildon Chaves sobre a construção da nova rodoviária de Porto Velho,
tão prometida pelo ex-governador Confúcio Moura, que até chegou a montar o
projeto técnico do logradouro, inspirado nos terminais de Cuiabá e Rio Branco.
Espera-se que ocorra algum fato novo neste sentido pois seguidos prefeitos da
capital e governadores tem sido omissos neste projeto.
Os esqueletos
Em
vários quadrantes de Porto Velho temos, como num filme de terror, os esqueletos
de prédios abandonados, seja da Vieira Cahula, ou na rua Três e Meio, mostrando
o abandono das empreiteiras que receberam a fatia do leão na construção de
apartamentos e casas populares e depois sumiram do mapa. Este modus operandi,
que une políticos e empreiteiras tem sido recorrente há décadas e por isto
temos tantos postos de saúde, creches e escolas abandonadas pela metade. E não
tem ninguém punido, resultado de omissão, de cumplicidades e de pouco caso com
o dinheiro público.
Via Direta
*** Na condição de predador e pugnando renovação
na política estadual, o advogado Breno Mendes, o xerife do povo, já percorre o
estado buscando uma cadeira a Câmara dos Deputados *** Ele fará
dobradinha, no Avante, com o deputado estadual Jair Montes (Porto Velho) *** Por falar em deputados federais, finalmente
o Congresso deu uma resposta a sociedade, com a cassação da deputada Flor de
Liz, mandante do assassinato do marido *** A cicciolina brasileira, que
disputava cargos eletivos em Porto Velho, pendurou as chuteiras na política depois
de sucessivas derrotas. Mas fala em voltar nas eleições de 2022 *** O comércio lojista aposta num bom
movimento no Dia dos Namorados. Nos principais centros de compras da capital é
esta aposta, principalmente nas floriculturas.
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