Quinta-feira, 29 de outubro de 2020 - 08h55
As eleições deste ano, no geral,
vão definir em cada município um prefeito que vai oferecer préstimos aos
vereadores eleitos em troca de apoio aos seus projetos e de seu grupo. Por
tabela, definirão também quem será candidato a deputado estadual ou federal em
2022: os derrotados em 15 ou 29 de novembro serão obrigatoriamente aproveitados
por seus partidos, que precisarão de muitos votos para não sofrer o facão das
cláusulas de barreira.
Com olhos postos em 2022, as eleições
municipais deste ano vão resolver muito pouco para as cidades e suas
populações, considerando orçamentos apertados e recursos minguados por parte
dos governos federal e estadual. A rigor, sua maior importância está em formar bases
para o embate de 2022. Nele, projeta-se ou uma incerta volta por cima do PT ou
a formação de um centro baseado no semipresidencialismo ou similar,
considerando a dificuldade que os presidentes demonstram, desde José Sarney, de
se ater a pautas estritamente republicanas.
Sarney e Collor impuseram planos
fracassados, Fernando Henrique criou o monstro da reeleição, Lula e Dilma
negociaram mutretas com o Centrão e o presidente Jair Bolsonaro precisa a toda
hora dizer que quem manda é ele. O presidencialismo à brasileira – um chefe de
Estado fiel ao Congresso e obediente à Constituição – é pura ficção, mas quem
chega lá gosta do enorme poder que recebe e o manobra para se manter popular.
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Furadíssimas
Mais uma vez os institutos de
pesquisa de Rondônia e o Ibope apresentaram discrepâncias nas suas sondagens –
muitos equívocos propositais por se tratarem as vezes de missas encomendadas -
quanto as eleições em Porto Velho. Com apenas 500 entrevistados num universo de
333 mil eleitores fica realmente difícil acertar a mão. Por aqui se sabe que
pelo menos o Ibope na sua última pesquisa antes do pleito repara o cenário
eleitoral para algo mais próximo da realidade. Assim ocorreu em situações
anteriores.
As paliçadas
No interior, os candidatos a prefeito
vão reforçando as paliçadas para o pleito que se aproxima. Em Ariquemes, a
candidata Carla Redano recebeu o apoio
do prefeito Thiago Flores, o prefeito Eduardo
Japonês em Vilhena recebeu adesões importantes durante a semana para tocar seu
projeto de reeleição, em Cacoal o deputado estadual Fúria está entusiasmado com
o crescimento de sua campanha depois da prisão da prefeita Glaucione Rodrigues
Nery. Assessores de Fúria estão confiante e garantem que não tem para ninguém.
Que vacilão!
Já com sua cassação bem
encaminhada – mas ainda com direito a recorrer – o deputado estadual Aécio da
TV (PP), com bom desempenho na Assembleia
Legislativa ainda está confiante em se manter no poleiro, mas suas chances estão
minguadas. O interessante é que Aécio não está sendo cassado por roubar, por
colocar dinheiro na cueca, por desviar recursos do erário, mas sim por ter
abusado na divulgação da sua candidatura em seu programa de TV onde destaca
suas ações sociais e presta contas da utilização das suas emendas.
A volta de Ribamar
Enquanto Aécio está perdendo o
mandato sem saquear recursos públicos, o deputado Lebrão que foi filmado recebendo
propinas deve se livrar da cassação na Assembleia Legislativa. Primeiro porque a
Comissão de Ética vai espichar o caso até todo mundo esquecer, depois poderá
até arquivar ou afastar o acusado por algumas semanas. A única boa notícia é
que com Aécio da TV levando um pé, deixará sua cadeira para o suplente Ribamar
Araújo, em decadência política, mas com passado limpo no Legislativo
Poder feminino
Vejo tantos candidatos a prefeito
querendo buscar a confiança do eleitorado feminino em Porto Velho prometendo creches
para as mulheres trabalhadoras. Poderiam assumir compromissos, inicialmente, em
concluir as creches cujas obras foram paralisadas na atual administração e
muitas iniciadas ainda em administrações passadas. Aliás, existem muitos
esqueletos de obras espalhados pela cidade, desde postos de saúde até casas
populares. Vamos ver como o próximo prefeito se posiciona a respeito.
Via Direta
*** Em campanha pelo seu projeto de reeleição, o prefeito
Hildon Chaves (PSDB) conseguiu reduzir sua rejeição perante o eleitorado na
capital ***Mas o alcaide e o
candidato Lindomar Garçon (Republicanos), apoiado pela Igreja Universal,
lideram o quesito em rejeição ***
Tucanos e Breno Mendes (Avante) trocam carícias pelas redes sociais. Mendes,
pai de cinco filhos e avô é criticado sofreu
ataques pessoais também *** Comparando a pesquisa recente do Ibope com as
outras lançadas na praça nos últimos dias referente ao pleito em Porto Velho
existem diferenças gritantes *** O que
se vê nesta reta final é a polarização entre o prefeito Hildon Chaves (PSDB) e o
professor Vinicius Miguel (Cidadania) e isto está cada vez mais claro.
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