Sexta-feira, 28 de maio de 2021 - 08h21
Competindo
com as assustadoras notícias sobre a variante indiana da Covid-19, já chamada
de “terceira onda” da pandemia, a Amazônia voltou ao topo das preocupações
mundiais com uma exposição itinerante do célebre fotógrafo Sebastião Salgado e
a divulgação de carta dos bispos ligados à Rede Eclesial Pan-Amazônica.
A
mostra de Salgado, iniciada por Paris, atraiu as atenções da mídia e da
intelectualidade europeia. Na exposição anterior – Gênesis –, o fotógrafo
encantou o público apresentando os lugares mais encantadores da Terra, como se
fossem lugares dignos de representar o Éden bíblico. Apresentada como a síntese
de sete anos de vivência na floresta, impossível não ter a mostra sobre a
Amazônia como a escolha do Éden pessoal do artista na realidade presente em
cada flagrante exibido.
A
carta dos bispos distancia os leitores do conceito religioso de paraíso e os
aproxima do inferno: uma região que depois de historicamente assolada por
descaso, prevaricação, genocídio e crimes ambientais ficou ainda mais frágil e
sofrida com a pandemia. Quando a floresta for valorizada como paraíso e seus
povos forem resgatados do inferno sanitário com uma onda definitiva de solidariedade
e corretas políticas públicas, as imagens de Salgado e as soluções propostas na
carta episcopal trarão a certeza de que se queixar ao bispo ainda funciona.
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Apoio indefinido
Bolsonaristas
de alto coturno, aqueles de raiz e ligados aos filhos do mandatário, negam
definições do presidente quanto a disputa sucessória em Rondônia. Dizem que o
cenário será resolvido no momento oportuno e quatro nomes estão no páreo para
receber as bênçãos do presidenciável: 1- Governador Marcos Rocha 2- Senador
Marcos Rogério 3- Ex-governador Ivo Cassol 4- Jayme Bagatolli. Mas pode levar
vantagem aquele que se filiar no mesmo partido do presidente a ser definido
ainda neste ano e é o caso do atual governador Marcos Rocha
Fazendo as contas
É
evidente que o senador Marcos Rogério (DEM) defende o presidente Jair Bolsonaro
com unhas e dentes – como fazia o falecido senador Odacir Soares com o então presidente
Fernando Color de Melo, lembram? – na expectativa de contar com seu apoio na
sucessão estadual em Rondônia no ano que vem. Mas se fizesse bem as contas
veria que o apoio de Bolsonaro não redundou em sucesso dos seus candidatos a
prefeito no ano passado por aqui. Em Porto Velho, por exemplo, a votação de
Eyder Brasil foi um vexame. E mais: Em Ji-Paraná foi eleito prefeito do MDB, em
Vilhena do PV, etc, etc.
Preços desabam
Nos
conjuntos habitacionais de Porto velho, onde se instalaram as facções
criminosas, casos do Orgulho do Madeira, Cristal da Calama e Morar Melhor, os
preços dos imóveis desabaram. Ante os escritórios do crime instalados, muitas
famílias vendem suas casas e apartamentos a preço de banana com medo das
execuções ocorridas na guerra sangrenta travada entre os traficantes. Quando
não, também temos mutuários expulsos para os criminosos venderem os seus
imóveis. Quem diria! Viramos uma terra
sem lei. Igualzinho o que rola nos morros do Rio de Janeiro.
Furando a fila
Uma
onda de charlatanismo para furar a fila para vacinação do coronavirus varre o
País de Porto Velho a Porto Alegre, de Praia do Tamanduá a Planalto São Luís.
Desde atestados médicos falsos apontando comorbidades até parentes de políticos,
do pessoal da saúde, da segurança ou de qualquer outro segmento levando
familiares e passando a perna nos velhinhos com os seus direitos violentados no
Plano Nacional de Vacinação. Tem mais fura fila do que grãos de areia neste
Brasil varonil acostumado a velhacarias. E só mais uma sendo praticada. As denúncias
pipocam de todo lado.
Sucessão no Sinjor
O
processo de sucessão no Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Rondônia-Sinjor
já começou e a única chapa apresentada é do veterano jornalista Zacarias Pena
Verde com passagens em quase todos os diários da capital. O atual presidente
Antônio Cavalcante também integrará a chapa apresentada, como tantos outros membros
da atual diretoria. A eleição acontece em junho, de acordo com o estatuto e a
posse logo em seguida. Votos de sucesso a próxima diretoria na luta pelas causas
da categoria.
Nossa economia
Os
números do Serasa apontam mais de 500 mil inadimplentes em Rondônia, motivado
pelo desemprego e pela redução do auxílio emergencial. Mesmo assim comparados
com os números de outros estados da região amazônica, estamos bem na foto.
Afora o Pará com 37,4 da população endividada, Rondônia tem o menor índice, em
torno de 41,9 por cento de devedores. Pior mesmo é a situação da metrópole Manaus,
cidade altamente industrializada com 52 por cento e o vizinho Acre com 46 por
cento da sua população com pagamentos atrasados.
Depenando
Os
marginais estão depenando as casas na maioria dos bairros de Porto Velho e até
na região central, onde algumas residências ficam desguarnecidas durante o dia.
Existe uma clara preferência pela fiação elétrica, por causa do cobre, vendido
aos receptadores por um bom preço. Numa casa de 100 m2, por exemplo, se ela
tiver toda fiação elétrica roubada, seu proprietário vai ter que gastar R$ 6
mil entre materiais e mão de obra para restabelecer a energia. Pelo menos foi o
que gastei numa residência arrombada no bairro Cuniã. Coisa de louco!
Via Direta
***A situação é até arriscada de tratar,
mas mesmo assim vamos questionar: quem está faturando com a distribuição e
vendas de drogas nos presídios rondonienses? *** Já se sabe que o faturamento é muito
alto já que nos chamados “escritórios do crime” também se vendem vantagens aos
detentos. É coisa de louco! *** Dos nove
governadores convocados para a CPI da Covid se constata que a maioria deles se
elegeu na aba do presidente Jair Bolsonaro nas eleições de 2018 *** Em Rondônia
dizem que ainda existe um fatiamento para apaniguados nas vendas de marmitex
aos presídios, limpeza, lavagem e roupa nos hospitais. Será verdade ou é
intriga da oposição? *** Mas nada
diferente do que se pratica a décadas e que também ocorre em tantos estados
onde os políticos também se locupletam.
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