Sexta-feira, 12 de novembro de 2021 - 10h00
O que uma pessoa honesta e humanista faria se
soubesse que o fundo no qual aplica as honradas economias de sua digna família financiassem
a destruição do mundo? Fecharia os olhos para os crimes cometidos com seu
capital ou iria preferir fundos limpos e saudáveis? Questões morais como estas
não passavam pela cabeça de quem se mantinha decente só na aparência e mantinha
a família longe das decisões e dos detalhes das operações.
Com o desenvolvimento da família, o
empoderamento feminino, a educação superior e a informação em tempo
instantâneo, saber em que o capital da família é aplicado foi facilitado pela
tecnologia. Atualmente, consumidores expulsam das mesas produtos ligados à
destruição ambiental e os fundos vigiam a lisura e qualidade de seus
investimentos para além do trivial bom rendimento que se requer das melhores
aplicações.
Nos conclaves climáticos, os países
poluidores suplicam por recursos, mas quando o investidor quer saber como seu
dinheiro será usado recebe de volta uma palavra: soberania. Para quem investe,
é um sequestro: serviços ambientais prestados mediante pagamento de resgate.
Para quem precisa financiar seu desenvolvimento, uma forma legítima de obrigar
os países ricos a pagar pelo descaso no passado que facilitou a acumulação de
capital. Pode-se discutir longamente a respeito, mas o tempo urge e a
sobrevivência da humanidade está em jogo.
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Vejam a
situação
Acompanhe abaixo a situação dos principais
candidatos ao governo de Rondônia, depois da adesão do juiz Sérgio Moro ao Podemos
e a anunciada filiação do presidente Jair Bolsonaro ao PL no próximo dia 22. A
maioria dos candidatos tem controle dos seus respectivos partidos e com maioria
nos diretórios estaduais não teriam dificuldades em sacramentar seus nomes nas
convenções do ano que vem. A maior briga agora será pelo controle estadual do
PL, que ainda está nas mãos do ex-deputado federal Luís Claudio, ligado ao
ex-governador Ivo Cassol (PP).
Marcos
Rocha (UB)
O governador
Marcos Rocha tem o mando integral do União Brasil, fruto da fusão do PSL, que
ele recebeu de Evandro Padovani e do DEM de Marcos Rogério. O comando foi confirmado
pelo Diretório Nacional da nova legenda que tem no plano nacional o deputado
federal Luciano Bivar e o cacique democrata ACM Neto. Pelo Democratas, integra
o União Brasil o senador Marcos Rogerio outro pretendente na disputa ao governo
estadual, mas sem mando partidário do União deve procurar outra alternativa,
talvez o PL, legenda que vai abrigar a postulação do presidente Jair Bolsonaro
a reeleição.
Ivo
Cassol (PP)
O ex-governador Ivo Cassol e sua mana, a
deputada federal Jaqueline tem o mando do PP em Rondônia e com isto conta com
todas as condições de ratificar a candidatura ao CPA Rio Madeira nas convenções
partidárias de julho de 2022. Recentemente o PP local foi assediado por um
grupo de lideranças bolsonaristas para tomar a legenda goela abaixo, mas o agrupamento
sob o comando do deputado federal Coronel Crisóstomo não foi bem-sucedido na
empreitada. Estes bolsonaristas são ex-aliados do governador Marcos Rocha, que alegam
não ter sido prestigiados. Queriam secretarias importantes para fazer política
e foram rechaçados.
Confúcio
Moura (MDB)
O ex-governador Confúcio Moura, com mandato
de senador atualmente, se quiser ser o candidato do MDB a um terceiro mandato
no governo estadual, não terá problemas no seu partido. Ele tem a fidelidade do
presidente regional Lucio Mosquini e o controle geral das convenções que vão
decidir as candidaturas no meio de 2022. A legenda busca composições para o ano
que vem e deverá contar como candidato ao senado o ex-governador Valdir Raupp
ou o ex-ministro da Previdência Amir Lando. A formação da chapa também pode ser
invertida, com Raupp a Câmara dos Deputados e Lando ao Senado, de acordo com
entendimento entre as partes.
Leo
Moraes (Podemos)
Caso confirme a disposição em disputar a sucessão
do governador Marcos Rocha, o deputado federal Leo Moraes, não terá empecilhos
na empreitada. Tem o controle dos votos para as convenções partidárias. Nos
bastidores se comenta que ele só será candidato em caso de desistência do
ex-governador Ivo Cassol, seu padrinho político. Outro caso de indefinição na
capital é do prefeito Hildon Chaves (PSDB). Só será candidato se o senador
Marcos Rogério, seu aliado, desistir da disputa. Chaves não tem o controle do PSDB,
mas teria apoio dos irmãos Carvalho para a indicação da candidatura.
Via
Direta
*** Nos
principais partidos ainda existem muitas indefinições para o pleito do ano que
vem em Rondônia. Além disto, o PT e as legendas de esquerdas seguem praticante inertes
*** Mas desde já se descarta uma frente de
esquerda unindo o PT, PC do B, PSOL e PSTU para disputar o governo estadual. A
esquerda é muito desunida no estado ***
Trocando de saco para mala: alguns secretários estaduais do governo Marcos Rocha
se preparam para deixar o CPA para disputar cadeiras da Assembleia Legislativa
e Câmara dos Deputados *** Os mesmos movimentos ocorrem nas secretarias da
prefeitura de Porto Velho. Pelo menos meia dúzia serão postulantes a cargos eletivos *** Com isto, tanto o governador Marcos Rocha
como o alcaide Hildon Chaves vão ter que escolher novos assessores para o
período de desincompatibilização.
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