Segunda-feira, 28 de novembro de 2022 - 07h43
A
transição de governo é um intervalo de ações em que o marketing político precisa
ser evitado. Não haverá “terceiro turno” e a próxima campanha eleitoral será
paroquiana, sem relação com os temas nacionais. Nesse caso, a promessa de um
revogaço nas normas ambientais tidas por lesivas adotadas nos últimos anos tem
o mesmo papel desnecessário dos atos antidemocráticos que desrespeitam os
resultados das eleições, que cumpriram o ditame principal da Constituição: “Todo
o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou
diretamente”, em plebiscitos, por exemplo.
O
governo que entra não pode começar arrombando o estabelecido pelo anterior, ao
cabo de uma eleição polarizada. Lula venceu, essa parte já acabou, mas não pode
esquecer que cerca de 100 milhões de eleitores (adversário, ausentes, nulos e
brancos) não votaram em sua chapa. É o equivalente à população do Egito ou dois
estados de São Paulo e um Rio de Janeiro.
Melhor
que um arrogante revogaço será abordar uma a uma as medidas em vigor e
descartar as que não funcionam. E ao contrário de criminosas badernas
antidemocráticas, o melhor que a sociedade civil organizada pode fazer é
mobilizar seus representantes no Congresso Nacional. Eleitos nos termos da Constituição,
só eles podem fazer mudanças. Não é o Executivo nem o Judiciário que decidem: a
palavra final é do Parlamento.
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A diplomação
Está
confirmada a diplomação do delegado Flori Cordeiro Junior (Podemos), eleito
prefeito de Vilhena, num embate com a ex-prefeita Rosani Donadon numa eleição
suplementar gerada pela cassação do
mandato do prefeito Eduardo Japonês, ligado ao clã Goebel que também viu a derrota
de Evandro Padovani a deputado federal e Luizinho perdendo terreno para Ezequiel
Neiva no Cone Sul rondoniense O ato da entrega do diploma legal vai acontecer
no próximo dia 2 de dezembro com a posse em janeiro e a expectativa geral é de uma gestão profícua.
Tudo igualzinho!
As
coisas vão caminhando para as reeleições do deputado federal Arthur Lira
(PP-AL) a presidência da Câmara dos Deputados e do senador Rodrigo Pacheco
(PSD) a presidência do Senado. O tão criticado orçamento secreto, só está
mudando de nome. E partidos então bolsonaristas na campanha 2022, mas que já foram
da base de Lula, Dilma e Temer em gestões passadas, ingressando na base aliada
do futuro governo. Que briguem os raivosos, lá em cima todo mundo se entende,
no monumental balcão de negócios que se transformou a política brasileira.
A diferença
Vejam
a diferença do comportamento dos governadores bolsonaristas eleitos ou
reeleitos no pleito de outubro com diferentes estratégias com relação ao futuro
governo Luís Inácio Lula da Silva. O governador do Acre, Gladson Camelli (Progressistas)
aproveitou a conferencia do clima para o primeiro contato com o presidente eleito
e já deixando firmadas duas reivindicações para o povo acreano. Já, o governador
de Rondônia Marcos Rocha (União Brasil) evitou encontro com Lula, certamente
por fidelidade ao presidente Jair Bolsonaro. Por sua vez o governador eleito de
São Paulo Tarcísio de Freitas está nomeando na sua Casa Civil um grande
interlocutor com o novo governo federal que é Gilberto Kasseb (PSD).
Canto
da Serpente
Sem
dúvidas a Operação Canto da Serpente, em combate ao narcotráfico internacional realizada
no final e semana em Guajará Mirim, a capital do pó, foi uma das maiores do
gênero realizadas até hoje em território rondoniense. Foi uma grande
mobilização da Polícia Federal para tentar asfixiar o tráfico da fronteira, que
tem tornado o estado de Rondônia um verdadeiro paraíso dos carteis do tráfico
de cocaína, de armas e do contrabando. Na fronteira, tem passado boi, passado
boiada. Sabe-se também que o rio Mamoré, na divisa com a Bolívia se transformou
num cemitério de carrões afundados em acidentes com balsas improvisadas, cujos
veículos seriam destinados a base de troca em negócios com os traficantes
bolivianos.
Amplo apoio
Dragueiros,
garimpeiros e balseiros que financiaram campanha de alguns deputados estaduais
de Rondônia – um não foi eleito - se mobilizam na busca de apoio das autoridades
rondonienses contra as ações de fiscalização do Ibama, Polícia Federal e outros
órgãos federais que coíbem a pratica do garimpo no Rio Madeira, já
terrivelmente infectado por mercúrio. Como na Assembleia Legislativa se trata de
maioria bolsonarista, os revoltosos –que também ajudaram nas manifestações e
bloqueios com doações –não tiveram dificuldades em obter respaldo político.
Como se sabe, o mercúrio usado no garimpo do Madeirão causa câncer e Porto Velho
está atolada de tantos casos. Coisa de louco!
Via Direta
*** Os alcaides brasileiros se preparam
para a nova marcha municipalista programada para o mês de março do ano que vem
em Brasília ***
Na oportunidade os prefeitos rondonienses vão entregar uma pauta de
reivindicações para o presidente Lula e os novos dirigentes do Congresso
Nacional *** Antes disto, já temos
uma corrida perante os senadores e deputados
federais eleitos em busca de recursos de emendas parlamentares para
pavimentação, saúde, educação, merenda escolar, entre outros quesitos para reforçar
os orçamentos das prefeituras *** Com os bloqueios acabando e as
manifestações dos bolsonaristas defronte aos quartéis reduzindo, o movimento
pró ditadura militar está se esvaindo. Ainda mais com ameaças de multas pesadas
de Xandão, o cara mais odiado pela extrema direita que o próprio presidente
eleito Luís Inácio Lula da Silva.
Quem manda no país é o Congresso Nacional, com seus deputados federais e senadores
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