Quarta-feira, 23 de setembro de 2020 - 09h39
Os
tempos são terríveis. Pandemia, queimadas, desmatamento, venenos empesteando
água, ar e terra. Nada disso vai mudar, ano após ano, se as críticas forem
respondidas com palavrões e a ciência continuar ignorada pelo pensamento
ilusório de que basta ignorar a tragédia ambiental para que ela desapareça. Sem
negação nem negativismo, é preciso que os problemas sejam respondidos com ações
resolutivas, superando a desastrada tática da avestruz de enfiar a cabeça num
buraco ao se assustar.
Um
dos setores da economia amazônica mais fragilizados pelas más notícias – o
turismo – é também o que mais pode vir a se beneficiar de boas notícias. Se o
Estado der conta das tarefas estruturais, os empresários do setor têm condições
de apresentar uma infinidade de roteiros e opções, capazes de agradar a todas
as faixas de público. Nesse sentido, vale apreciar o raciocínio de Mayra Castro,
que nasceu na Amazônia e conhece o mundo: “Produto da Amazônia deveria ser
visto como algo raro, caro, exclusivo e único, ao invés de ser vendido como
commodities”.
Combater
a má imagem do Brasil não se resolverá batendo boca com astros de Hollywood,
mas corrigindo erros e valorizando o caviar amazônico, na expressão de Mayra. Constitui
belo exemplo, neste caso, a campanha “Expedição Rio Negro”, que divulga e
promove atividades e iniciativas turísticas das comunidades ribeirinhas. Situações
difíceis exigem soluções.
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Noiva cobiçada
O
deputado federal Leo Moraes (Podemos) que era o grande favorito para a peleja
2020 em Porto Velho, se transformou na chamada noiva atraente e cobiçada nos
meios políticos da capital. Todo mundo disputando seu apoio. A “noiva” curte o
bom momento ouvindo os galanteios de tantos pretendentes. Pisca pela manhã para
um, flerta com outro a tarde e a noite suspira por um terceiro. Até agora não
definiu alinhamento com nenhum pretendente.
Em Vilhena
Depois
de idas e vindas, foi confirmada a candidatura da ex-prefeita Rosani Donadon
(PSC) em Vilhena. Com isto, o atual prefeito Eduardo Japonês (PV) que nadava de
braçadas, agora vai enfrentar o temível clã Donadon que já elegeu e reelegeu
vários prefeitos na cidade portal da Amazônia. Vai ser uma baita revanche, pois
no pleito passado o alcaide venceu Rosani, no entanto agora o cenário promete
ser diferente naquelas bandas.
Grande largada
Em
Ji-Paraná o prefeito Marcito Pinto (PDT) teve uma grande largada e é considerado
o grande favorito na BR. Terá pela frente como possíveis polarizadores o cabo
Jonhy, representando o bolsonarismo local e o ex-vereador Esaú Fonseca (MDB)
com apelo populista. Em Jipa, que não tem segundo turno, quanto mais fragmentado
o eleitorado a coisa ajuda a situação, e com isto Marcito tem grandes chances
de conquistar um novo mandato.
Pés nas cova
Os
idosos representam cerca de 20 por cento do eleitorado brasileiro e em Porto Velho
vão às urnas para a escolha do novo prefeito tendo até horário especial de
votação por conta da pandemia que já se prolonga por seis meses. Acredita-se
que se trata de eleitores mais conservadores do que progressistas, beneficiando
os candidatos a direita. Mas a grande maioria dos eleitores da capital
rondoniense tem um perfil mais jovem e tem reduzido nos últimos pleitos os
chamados “macacos velhos” da política.
A polarização
Em
Ariquemes, o terceiro maior colégio eleitoral do estado, a campanha já começa
polarizada entre o ex-deputado estadual Tziu Jidaias e o atual vice-prefeito
Foladorzinho. O atual prefeito Thiago Flores preferiu ficar fora do pleito,
anunciou sua desistência e não voltou atrás. Não foi como em Porto Velho, onde
o prefeito Hildon Chaves garantiu que era contra a reeleição, depois desistiu da
desistência, voltando ao páreo.
Via Direta
*** Petistas e bolsonaristas estão
disputando eleições juntos em vários municípios brasileiros. Bolsonaro e Lula
no mesmo palanque era considerado coisa impossível *** A tragédia das
queimadas se espalhou pelo País com as temperaturas mais elevadas dos últimos
anos *** Se antes, os estados mais atingidos
eram RO, PA, MT, MS e AM, agora o bicho pega forte em Tocantins, no Pantanal e
em algumas regiões de Minas Gerais, São Paulo e Paraná *** Aonde vamos
parar com tanta fumaceira? Pulmões prejudicados, mais câncer com as partículas
das queimadas *** As últimas chuvas
deram uma aliviada em algumas regiões, mas o rebaixamento do lençol freático de
Porto Velho por causa da estiagem já prejudica o abastecimento de água para população
dos bairros não atendidas pela Caerd.
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