Sexta-feira, 26 de abril de 2024 - 07h38
Padre
Antônio Vieira, em famoso sermão, dizia que o dinheiro “é o nervo dos exércitos
e das repúblicas”. O presidente francês, Emmanuel Macron, mexeu com os nervos
dos brasileiros que festejaram sua primeira visita ao Brasil. Crentes de que
ele traria os Euros prometidos para a salvação da Amazônia, não viram nada. Mas
os líderes gostam de anunciar como se fosse de hoje aquilo que pretendem no
futuro e, assim, foi assinado entre Brasil e França acordo para estimular a bioeconomia
na Amazônia brasileira e na Guiana com recursos de 1 bilhão de euros até 2028.
Os
nervos dos Exércitos estão calmos pela honra de cumprir à risca os juramentos
constitucionais, mas os das repúblicas estão abalados pela urgência de recursos
para conter o desmatamento criminoso na Amazônia. Mergulhados em crise,
impasses, guerras e ameaças de mais guerras, talvez nenhum dos atuais
governantes esteja no poder em 2030, ano em que o desmatamento estará zerado na
floresta, segundo a promessa de todos os governos.
Alguns
nervos se acalmaram um pouco após o anúncio do governo de um programa de
parceria com municípios amazônicos para ações de proteção à floresta com
recursos de R$ 730 milhões até 2027 em 70 municípios prioritários. Ainda é o
futuro, mas o que acontecerá até lá será resultado do que for feito desde
agora. Deixar as coisas só para o futuro sempre mexe com os nervos de quem tem
necessidade e pressa.
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Agora, a reeleição
Nocauteado
pelos adversários no projeto de disputar a prefeitura e Porto Velho – era considerado
o favorito para a peleja – o deputado federal Fernando Máximo (União Brasil) se
volta agora para sua reeleição em 2026. O que se sabe nos bastidores é que não vai
apoiar a candidata do partido Mariana Carvalho, cujo clã desmontou sua postulação
a sucessão de Hildon Chaves. Sabe-se que tem participado de reuniões com Leo
Moraes, possivelmente seu ungido para a disputa pelo Prédio do Relógio. É uma
aliança poderosa para enfrentar a candidata super-chapa branca, Mariana.
A peregrinação
O
presidente estadual do PDT, Acir Gurgacz está percorrendo o estado de Rondônia
acompanhando o lançamento dos candidatos do partido a vereança e as
prefeituras. O dirigente pedetista projeta o crescimento do partido nas
eleições municipais 2024 com novas adesões recebidas e não descarta alianças nos
polos regionais onde algumas costuras já estão em andamento. As prioridades do
partido estão concentradas nos principais colégios eleitorais do estado, que
são Porto Velho, Ji-Paraná, Ariquemes, Cacoal, Vilhena, Rolim de Moura e Jaru,
onde estão os maios colégios eleitorais rondonienses.
Zona Leste
Estou
há uma semana fuçando pela Zona Leste de Porto Velho, onde está concentrado mais
de um terço do eleitorado da capital. E do Tancredo ao Mariana, do São Francisco
ao Ronaldo Aragão, se vê muito mais intenções de votos é para Mariana, Fernando
Máximo (que não é mais candidato) e Leo Moraes (Podemos). Tem novos candidatos
se lançando e não serão levados a sério se forem considerados que estão aí para
virar vice dos nomes de ponteira. Portanto, casos sejam verdadeiramente
candidatos precisam de lançamentos mais efetivos, com encenação mais
caprichada. Por enquanto não chegaram no povão.
A peregrinação
Durante
a semana vários pré-candidatos à prefeitura de Porto Velho percorreram os
jornais impressos e eletrônicos, as emissoras de rádio e televisão para falarem
dos seus projetos. As rádios Caiari, Rondônia e Parecis estão entrevistando a
todos postulantes divulgando suas propostas e anunciando as suas convenções
partidárias para o mês de julho. Com tantos candidatos, a projeção otimista dos
chapas brancas de vitória em primeiro turno de Mariana já foi para as cucuias.
As apostas nos meios políticos são eleições em dois turnos – e muito acirradas.
Clãs políticos
Enraizados
na política rondoniense há mais de três décadas, os clãs Donadon, Amorim e dos
Muletas se preparam para mais uma eleição. Em Ariquemes o clã Amorim, com o lançamento
da pré-candidatura do ex-senador Ernandes Amorim, em Vilhena a dinastia Donadon
projeta o nome da professora Raquel Donadon, em Jaru as famílias dos Muletas
escolhem a melhor alternativa talvez a ex-deputada Cassia. A briga mais feia se
anuncia para Ariquemes onde estão Fera e Amorim na oposição a prefeita Carla
Redano alinhada com o deputado federal Thiago Flores.
Tudo dominado
Não
tarda as facções criminosas estarão governando também os estados de Rondônia e
do Acre, como já ocorre no Rio de Janeiro, Salvador e baixada santista. A cada
ano aumenta geometricamente o tráfico de drogas, com reflexos na elevada
criminalidade nos últimos anos e os presídios de Porto Velho e Rio Branco estão
apinhados de traficantes com seus escritórios do crime montados nas próprias
penitenciárias. Temos o espaço aéreo invadido pelos traficantes, os principais
rios de fronteira com a Bolívia infestados de criminosos e o Rio Madeira, em
Porto Velho tomado por piratas
Via Direta
*** Nos principais colégios eleitorais
de Rondônia temos ameaça de um congestionamento de candidaturas as prefeituras
municipais. Em Porto Velho, quase 10 postulantes, em Ariquemes e Ji-Paraná pelo
menos cinco nomes cogitados *** Mesmo com números econômicos expressivos, denotando
uma boa taxa de crescimento, Rondônia padece com um dos piores índices de
saneamento básico e o título de campeão de estupros entre as capitais
brasileiras *** Grande expectativa para
a reabertura da estação da Estrada de Ferro Madeira Mamoré cuja data foi
alterada mais uma vez, agora para 4 de maio. Só vendo para crer, torcia
brasileira. A inauguração será com ou sem urubus á espreita?
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