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Carlos Sperança

Os clãs políticos regionais que perderam força nas eleições 2022


Os clãs políticos regionais que perderam força nas eleições 2022  - Gente de Opinião

Cartas ao Tribunal

Por falta de dados não se pode entrar no mérito do pedido de investigação protocolado em 9 de novembro por ongs socioambientais junto à Procuradoria do Tribunal Penal Internacional, em Haia, sobre uma suposta “rede” de escroques públicos e privados que cometeria crimes contra a humanidade previstos no Estatuto de Roma. Segundo a denúncia, os crimes se caracterizam pelo “sofrimento em massa” e “graves danos à Floresta Amazônica” brasileira entre 2011 e 2021.

Como o assunto não vai ficar só nessa notícia, já que o TPI costuma dar sequência às ações iniciadas, será mais um tijolo no muro que separa o Brasil do mundo e piora a imagem do país no exterior. A polarização eleitoral criou um drama incrível: pessoas que vivem no mais belo paraíso natural da Terra deixam que ele se arruíne ano a ano enquanto, com raiva e sangue nos olhos, acusam-se de ser bandidos, ladrões ou genocidas.

O mundo assiste a isso com medo e espanto, pois nada de bom sai de brigas e insultos. A nova ação agrava ainda mais a situação, justo quando há um processo de transição de governo. A investigação deveria ser proposta antes junto à equipe que prepara a passagem para o novo governo, coalizão pluripartidária que poderá iniciar uma nova história. O TPI deveria ser o próximo passo caso o gabinete de transição ignorasse o assunto. Seja como for, as cartas estão na mesa.

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Tocando o terror

Os bolsonaristas que defendem um golpe militar estão passando dos limites em pelo menos dois estados, tocando o terror com violência em cidades rondonienses e mato-grossenses. São dois estados onde o presidente Jair Bolsonaro venceu as eleições com larga vantagem sobre o presidente eleito Lula e onde os governistas não aceitam os resultados das urnas nas eleições de outubro. Em Rondônia se instalou a anarquia de vez, com pelo menos 15 pontos de bloqueio no estado no final de semana. Quando são retirados pela manhã, os manifestantes voltam a tarde causando transtornos como ocorreu em Vilhena e Ariquemes.

Muito animados

Eufóricos com os resultados das urnas para Assembleia Legislativa, Câmara dos Deputados e ao governo do estado nas eleições 2022, os governistas já especulam as eleições em 2026. O Objetivo traçado pelo CPA é eleger o candidato situacionista ao governo estadual, sendo cotados Hildon Chaves (União Brasil-Porto Velho) ou Ivo Cassol (PP-Rolim de Moura) e os dois senadores, nas vagas dos atuais senadores Marcos Rogério (PL-Ji-Paraná) e Confúcio Moura (MDB-Ariquemes), sendo cogitados  para a disputa o próprio governador Marcos Rocha, Hildon Chaves ou Ivo Cassol. Vai ser uma peleja empolgante, torcida brasileira.

As dobradinhas

Já tivemos dobradinhas governistas na disputa das duas cadeiras ao Senado. Lembro que em 1994, o governador Oswaldo Piana Filho emplacou os dois senadores, Jose Bianco (Ji-Paraná) e Ernandes Amorim (Ariquemes), embora seu candidato ao governo do estado Chiquilito Erse tenha sido derrotado nas urnas no embate com Valdir Raupp. Mas a maior vitória governista na eleição ao Senado foi de Teixeirão em 82, elegendo Odacir Soares (Porto Velho), Claudionor Roriz (Ji-Paraná) e Galvão Modesto (Ouro Preto do Oeste). Vejam também a tradiçao de Ji-Paraná eleger senadores: Claudionor em 1982, José Bianco em 94, Acir Gurgacz com dois mandatos e o atual senador Marcos Rogério.

Grande expectativa

Os suplentes de deputados estaduais e federais tem grande expectativa em assumir as cadeiras dos titulares eleitos em outubro já que vários parlamentares são cogitados para disputar as eleições municipais em 2024. Dos federais são cogitados Fernando Máximo e Cristiane Lopes na capital, em Ji-Paraná Silvia Cristina. Dos estaduais, os mais votados, como Laerte Gomes (em Ji-Paraná), e as lideranças emergentes eleitas em Jaru, Ariquemes e Ouro Preto do Oeste. Os suplentes estão ansiosos em apoiar todos os efetivos para garantir a sobrevivência política

Clãs políticos

Os clãs políticos regionais que perderam força nas eleições 2022 vão buscar o pódio nas eleições municipais de 2024. Em Ariquemes os clãs Follador e Amorim, em Jaru o clã dos Muletas em Rolim de Moura o clã dos Expeditos, em Vilhena o clã Donadon derrotado a Câmara dos Deputados e a prefeitura de Vilhena. O clã Carvalho em Porto Velho perdeu a eleição ao Senado, com Mariana, mas ela pode se reabilitar na peleja a sucessão do prefeito Hildon Chaves. O clã Fúria de Cacoal não conseguiu emplacar Joliene a federal, o clã Cassol fracassou na tentativa de eleger Jaqueline ao Senado. E por aí vai.

Via Direta

*** A volta do covid em disparada e o aumento geométrico, em mais de 600 por cento da incidência da dengue assombram os rondonienses neste final de ano ***Escapar destas enfermidades já é um bom presente de Natal em cidades infestadas como Porto Velho, a capital dos rondonienses ***Já faltam recursos para a concessão de passaportes no País desde sábado e a situação deve se espichar neste final de ano até se resolver pendencias no orçamento. A Polícia Federal já suspendeu a elaboração do documento *** São várias bombas relógios para o governo Lula desativar por conta de falta de recursos ao orçamento e as universidades públicas brasileiras estão preocupadas com a situação de indigência em seus estabelecimentos *** O inverno amazônico atrasou em Rondônia, mas já comparece com a força de vendavais e destelhamentos.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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