Terça-feira, 19 de novembro de 2024 - 07h40
Há
pessoas que se dizem cristãs, mas abrem caminho ao inferno ao ofender os semelhantes,
esquecendo que uma das principais lições do cristianismo é perdoar. Os estados
nacionais, laicos, não têm o dever de seguir preceitos religiosos, submetidos à
obrigação de cumprir as leis sob pena de prevaricação. Não podem perdoar.
No
caso dos crimes ambientais, a legislação é branda e permite ampla reparação por
parte dos infratores, mas a punição prevista em lei deve ser aplicada, sobretudo
na atualidade, em que os crimes ambientais, antes de suave impacto na vida de
todos, passam a ter uma condição de lesa-humanidade.
Ao prejudicar
a qualidade das águas e do ar, ocorrem doenças e baixa imunidade, pondo em
risco vidas não só vegetais e dos bichinhos da natureza, mas também das pessoas.
O equilíbrio natural é item obrigatório nas ações de sobrevivência humana.
No
caso das pequenas libélulas, por exemplo, sua existência na floresta prova que
as condições ambientais na região ainda estão fora do apocalipse climático. Há
pouco, estudo feito por cientistas do Pará e de Portugal apontou que elas têm
potencial para contribuir no desenvolvimento do ecoturismo de base comunitária
na Amazônia. De acordo com a pesquisa, as libélulas podem gerar novas fontes de
renda, mas esse uso positivo depende de políticas públicas, financiamento e
treinamento das comunidades. Será imperdoável não agir nesse sentido.
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Os clãs políticos
Os
clãs políticos rondonienses já formados e outros em criação já se preparam para
as eleições de 2026. Alguns vitoriosos nas eleições municipais, outros ainda
lambendo as feridas da derrota por terem tubulado gloriosamente junto ao eleitorado.
Chama atenção o projeto de clã do governador Marcos Rocha, que pretende se
eleger ao Senado e emplacar a esposa Luana a Câmara dos Deputados e o mano do Detran
para a Assembleia Legislativa. Será que o novo clã prospera? Rocha com sua fala
mansa, bico doce e meiguinho junto aos evangélicos tem se dado bem.
O clã Carvalho
O
clã Carvalho, comandado pelo patriarca Aparício, ex-vereador, ex-deputado federal
e ex-vice-governador, curte um recesso para curar o sofrimento da derrota da
primogênita Mariana Carvalho (União Brasil) apunhalada por lideranças da sua
própria base de sustentação e do seu próprio partido. Com as feridas cicatrizadas,
o clã vai projetar sua escalada para as eleições de 2026. Na hipótese de disputar
o Senado, Mariana entrará em rota de colisão como atual govenador Marcos Rocha
(União Brasil) e seu padrinho político, o atual prefeito de Porto Velho Hildon
Chaves (PSDB), mas serão duas cadeiras para serem renovadas. O mano Mauricio
vai buscar a reeleição.
O Clã Chaves
Já,
a família Chaves perdeu força na disputa do governo estadual com a recente
derrota da ex-deputada Mariana Carvalho a prefeitura de Porto Velho e por isto
é possível que o prefeito Hildon Chaves projete uma postulação ao Senado e sua
esposa, Ieda Chaves uma cadeira à Câmara Federal. Tratando-se da capital são
favoritos para se tornarem vitoriosos, mas Hildon com mais dificuldades, já que
pode ter no seu caminho Marcos Rocha (UB-Porto Velho), Confúcio Moura (MDB-Ariquemes),
Marcos Rogério (PL-Ji-Paraná), Silvia Cristina (PP-Ji-Paraná), Expedito Junior
(PSD-Rolim de Moura) entre outros nomes promissores e em ascensão no cenário
regional. Mas serão, como sempre estou lembrando, duas cadeiras em disputa.
O clã Donadon
Por
sua vez, o clã Donadon que padece com a decadência com relação aos grandes resultados
dos anos 80/90, e que tem como patriarca o ex-prefeito Marcos Donadon, considerado
um dos melhores da história de Vilhena e Colorado do Oeste, terá Rosangela
Donadon para a reeleição a Assembleia Legislativa e o ex-deputado federal Natan
Donadon a Câmara dos Deputados. Vilhena que já teve bons federais, casos de Reditário
Cassol, Arnaldo Lopes Martins e o próprio Natan, busca também ampliar sua representação
no Congresso, onde já conta com o
senador Jaime Bagatolli (PL) pretenso postulante ao governo estadual
Clãs decadentes
Temos
também dinastias decadentes no cenário estadual, mas que pretendem se reerguer
nas eleições de 2026. São os casos dos clãs dos Muletas, na região de Jaru e
Bacia Leiteira e dos Amorins, na região de Ariquemes e dos municípios do Vale
do Jamari. São oligarquias decadentes que já alguns pleitos não tem conseguido assegurar
representantes. O clã Amorim já elegeu vários prefeitos e teve no mandatário Ernandes
seu grande nome, como deputado estadual e senador da República. Mas o caudilho
do Jamari, que já foi o leão de Ariquemes, perdeu os dentes e já não consegue
se eleger a cargos eletivos mais significativos.
Clã Cassol
Na região
de Rolim de Moura, Zona da Mata abrangendo os polos do café e cone sul
rondoniense, o clã Cassol, que elegeu Rediário Cassol a Câmara dos Deputados, Cesar
Cassol a deputado estadual, Jaqueline Cassol a federal e o expoente Ivo que foi
governador duas vezes e uma ao Senado, quer se reabilitar, buscando a elegibilidade
de Ivo para as eleições 2026. Sendo candidato ao CPA, será um dos grandes
favoritos para a peleja, em vista de uma trajetória política e administrativa
bem-sucedida. A região também tem dois outros clãs políticos, atualmente decadentes:
os Raupps, com mais expressão, e os Expeditos.
Repassando votos
Impressiona
como os expoentes dos clãs políticos tem dificuldades em repassar votos as suas
esposas e familiares quando lançados na política. Ivo Cassol não transferiu
votos sequer a esposa Ivone, mesmo ela muito querida pelos rondonienses. Também
o então senador Expedito Junior não logrou sucesso emplacar a sua esposa a Câmara
dos Deputados, mesmo ela sendo carismática, tampouco Confúcio Moura elegeu a
irmã. E grandes governadores não deixaram herdeiros, como o falecido Jorge Teixeira,
os governadores Oswaldo Piana Filho, José Bianco, Valdir Raupp. E por aí vai.
Via Direta
*** Aquele com maus antecedentes do
Pedro Teixeira que até curtiu alguns
dias na cadeia, está cotado para voltar ao Sebrae e pode assumir o cargo de uma
hora para outra ***
Alguns vereadores eleitos de Porto Velho se mostram ávidos para emplacar os titulares
das secretarias de saúde, educação e Obras na gestão do prefeito eleito Leo
Moraes (Podemos) *** Querem mesmo é a
parte do Leão da municipalidade, mas esta parte é do alcaide *** A expectativa
da Câmara dos Diretores Lojistas da capital é que a nova administração municipal
desenvolva ações para revitalizar o centro histórico, tomado por drogados,
ladrões e mendigos de araque ***
Passadas as eleições e ninguém mais fala na emancipação do Distrito de União Bandeirantes.
Dá pena de ver a situação a Av, 7 de setembro no centro antigo de Porto Velho
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