Quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025 - 08h28
O
combate às diversas modalidades de crimes ambientais, além de ser dificultado
pelas condições geográficas peculiares das áreas atacadas pelo crime
organizado, sofre os efeitos do apelo econômico às famílias pobres. O crime
lhes oferece rapidamente o que o Estado deixou de entregar em séculos.
O
garimpo criminoso e a retirada ilegal de madeira são dois fatores apontados
pelo coordenador-geral de Proteção da Amazônia, Meio Ambiente e do Patrimônio
Histórico e Cultural da Polícia Federal, Renato Madsen, como opções de
sobrevivência para as comunidades pobres. O ponto crucial, nesse caso, é que
crime é aceito e ganha apoio popular como fator de progresso, mesmo que na
verdade traga a destruição e mais miséria para o futuro dessas comunidades.
É
fato que as organizações criminosas se aproveitaram da repressão imposta no
passado ditatorial para se introduzir no aparelho do Estado, eleger
parlamentares e amarrar as polícias, mas em 40 anos de democracia formal as
teias limitantes já deveriam estar limpas e a distribuição de renda deveria ter
alcançado os povos que vivem nos mais remotos pontos do país.
Por
todos os ângulos que se observe, hoje o problema que mais aflige pobres, ricos
e remediados é a criminalidade. Sendo a pobreza a grande arma do crime para
atemorizar o país, cabe erradicá-la onde ela é usada por interesses
antinacionais contra os interesses do conjunto da população.
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Os presidenciáveis
Os
presidenciaveis 2026 já se movimentam para as eleições do ano que vem. Mesmo
sendo hostilizado pelo mandachuva Jair Bolsonaro o governador de Goiás, Ronaldo
Caiado é o primeiro a anunciar o lançamento da sua candidatura ao Palácio do Planalto,
na Bahia, no mês de abril. Com toda certeza, o ex-presidente vai mover seus
pauzinhos para sabotar o evento. No próprio União Brasil, partido de Caiado,
existem lideranças bolsonaristas já determinadas a promover a rejeição desta
postulação presidencial. As brigas políticas prometem começar mais cedo nesta
temporada.
Em disputa
MDB
e o PSD disputam a adesão do PSDB para uma eventual fusão para as eleições do
ano que vem. Os tucanos vão decidir em encontro nacional no meio do ano os
rumos que serão tomados. Como é do seu DNA, muitas lideranças tucanas estão em
cima do muro. Outro entrave é que no caso do PSDB, o partido tem um presideciável
para a peleja 2026, que é o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite,
sendo que o PSD, por enquanto firma o pé com o governador do Parará, Ratinho
Junior. Nos estados, o PSD tem a preferência dos tucanos para uma composição.
Deixando saudades
Até
parece que foi ontem, mas na última terça-feira, dia 25, completaram 25 anos do
falecimento de um dos fundadores deste Diário, o jornalista Emir Sfair, que
comandou a epopeia do lançamento deste rotativo em 1993, ao lado de Valdir
Costa, Natalino, Mauro Sfair, o saudoso Bedin, Marcos Grutzmacher, Bosco
Golveia, Ana Aranda, Ildefonso Valentin, Marcelo Freire, Marcelo Reis, e tantos outros nomes conhecidos na imprensa
rondoniense que já não recordo com minha memória tão deteriorada. Emir deixou
saudades e um bom exemplo e até hoje é lembrado com carinho.
Comandos cobiçados
Os
comandos do PSD e do União Brasil estão sob ataque. São as legendas partidárias
mais cobiçadas pelas lideranças estaduais para disputar o Palácio Rio Madeira e
as duas cadeiras ao Senado nas eleições do ano que vem. Curiosamente seus
dirigentes, os manos Gonçalves (União Brasil) e Expedito Junior (PSD) estiveram
recentemente em Brasília confirmando suas respetivas permanências nos
diretórios estaduais, mas o que vale mesmo para assumir os partidos são as
presenças de deputados federais, pois com base neles que é dividido o butim do fundão
eleitoral. Como nem Junior, tampouco Sergio Gonçalves são deputados federais, e
também Expedito Junior está fora da Câmara dos Deputados, estão sujeitos a
perderem o controle das suas legendas.
Combate a violência
Não
tem como reduzir os índices de violência e criminalidade em Rondônia sem
asfixiar o tráfico de drogas e de armas já na fronteira com a Bolívia. Nossos presídios
estão abarrotados de traficantes e a coisa não se ajeita. As facções criminosas
estão se infiltrando na política para ganhar licitações. E tratando-se da
capital, Porto Velho, como reduzir a violência com centenas de ladrões, estupradores,
latrocidas, assaltantes e arrombadores nas ruas, soltos, foragidos e
desobedecendo os limites impostos pelas tornozeleiras eletrônicas? Não existe
controle de nada. É uma casa da mãe joana e a bagunça só aumenta ano a ano.
Via Direta
*** O comercio lojista começa a dar
sinais de vitalidade no centro histórico de Porto Velho, no entanto as lojas
desocupadas na Av. 7 de Setembro seguem vazias a esperando os próximos clientes
*** PCC,
Piratas do Madeira, Familia do Norte e Comando Vermelho aguardam ansiosamente a
retirada da força nacional em Porto Velho para voltarem a ativa com mais
intensidade. Muitas execuções entre as facções já estão voltando *** Seria interessante prorrogar a presença
destes efetivos enquanto a segurança pública rondoniense se estrutura para
enfrentar as poderosas facções bolivianas, peruanas e colombianas instaladas na
Amazônia.
Seguem enroladas, entre idas e vindas as fusões projetadas pelo PSDB
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