Sexta-feira, 21 de junho de 2024 - 07h23
Uma
velha polêmica religiosa é se, em caso de existir, o inferno é o futuro
inevitável de gente malvada ou se ficará vazio por conta da bondade divina. Em
tempos de tragédias, guerras e preços altos, porém, o inferno parece uma
condenação geral a santos e pecadores. Consiste em não haver lugar seguro para
evitar as dificuldades da época. A não ser para pessoas hipnotizadas, alienadas
e psicopatas indiferentes ao sofrimento alheio, o inferno do clima e da
política está repleto de desafios e armadilhas. Vai derrotar os fracos e
desafiar os fortes.
É
na hora do sofrimento que se deve buscar pelo paraíso possível, que só pode ser
a transformação do trabalho em benefícios. No caso da bioeconomia, ela é uma
resposta sensata tanto ao desafio do clima, valorizando a biodiversidade por
meio da exploração sustentável, quanto aos desafios do atraso nacional e da
manutenção da pobreza. É importante, diante disso, prestar atenção à presidente
da Embrapa, Silvia Massruhá, que em maio completou um ano na função. Ela coloca
a agenda da bioeconomia na Amazônia sobre três pilares: sociobioeconomia,
bioeconomia de base florestal e a agrobioeconomia.
Cada
um requer abordagens e ações muito específicas e vão se combinar em um paraíso
geral que será o desenvolvimento desejável e necessário para a região e o país.
O inferno, enfim, estará em desistir de fazer o melhor pela floresta e seu povo.
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Aliança fortalecida
Para
o ex-senador Acir Gurgacz (PDT-RO), a Frente Democrática Progressista onde estão
alojados o PT, PC do B, PSB, PDT, Rede e PSOL, está encorpando e criando asas
para as eleições em Porto Velho no enfrentamento com o bolsonarismo vigente.
Acir, que dentro deste frentão de esquerda é considerado mais à direita na
coalizão, tem sido importante interlocutor das demandas das lideranças políticas
locais perante o presidente Lula e tudo em sintonia e com apoio da presidente
nacional do PT, deputada federal Gleici Hoffmam. Ele acentua que o presidente
Lula e seus ministros estarão mobilizados no palanque do candidato escolhido
para representar a Frente de Esquerda.
Alternativa
Como
já foi divulgado no meio da semana, a deputada federal Silvia Cristina
ingressou no PP, sem ser punida pela mudança de partido, por um acordo celebrado
com o PL de Marcos Rogério e o presidente nacional Valdemar da Costa Neto. Ela
entra no PP como uma possível candidata ao Senado do partido em 2026, sendo
também uma alternativa na disputa pelo governo estadual caso o ex-governador
Ivo Cassol não consiga se livrar das amarras da justiça eleitoral que o
tornaram inelegível. Pelo acordo com o presidente nacional do PP Ciro Nogueira
ela terá o comando compartilhado da legenda com o ex-governador Ivo Cassol.
Bolsonarista unido?
Por
exigência do Diretório Nacional do PL, via irmãos Bolsonaro, os senadores
Marcos Rogério e Jaime Bagatolli e o deputado federal coronel Crisostomo, que
não tomam tacacá na mesma cuia com o governador Marcos Rocha –serão obrigados a
se integrar na campanha da pré-candidata do União Brasil em Porto Velho,
Mariana Carvalho. Se conheço alguma coisa da política rondoniense, onde faço
coluna desde os tempos do Estadão, Guaporé e Tribuna, este apoio será pela
metade. Será mais de boca para fora, como também é este apoio do governo Marcos
Rocha, um tanto rachado com o vice-governador Sergio Gonçalves neste início de
jornada em torno de Mariana.
As mãos abanando
Os
deputados estaduais da região Norte inventaram este tal de Parlamento Amazônico
para realizar reuniões em Brasília, encher os bolsos de diárias, frequentar os
melhores restaurantes, apreciar hotéis luxuosos, posar para fotos com
lideranças nacionais e voltar pra os seus estados – Amazonas, Roraima,
Rondônia, Amapá, Acre - de mãos abanando. Afinal, resolveram o impasse do caos aéreo?
Não. A reforma imediata do terminal fluvial? Não. Talvez, a dragagem do Rio Madeira?
Necas, o Dnitt ainda não lançou nem edital de licitação. E por aí vai. Em todos
as esferas a representação política da região é sofrível.
Região Norte
Nas
principais capitais da região Norte será medido o termômetro do bolsonarismo,
que sofre declínio em algumas regiões do país. Em Rio Branco, na capital do Acre,
por exemplo, quem lidera as pesquisas é o ex-prefeito petista Marcus Alexandre,
alojado no MDB, contra o bolsonarista Tião Bocalon. Em Rondônia, na eleição
suplementar em Candeias do Jamari, o presidente Bolsonaro e os senadores Marcos
Rogério, Jaime Bagatolli e Silvia Cistina, apoiaram o ex-deputado estadual Ribamar
Araújo, que acabou levando uma sova do concorrente. A esquerda vai respirando
mais aliviada e nutrindo esperanças no confronto com a extrema direita com a
liderança de Boulos na corrida sucessória em São Paulo.
Via Direta
*** Se tudo der certo, os partidos da Frente
de Esquerda pretendem marcar convenções partidárias para homologação dos seus
candidatos a prefeito e chapas de vereadores de forma conjunta, visando a unificação
das suas forças ***
Seguem os entendimentos nos bastidores *** Na
última quinta-feira foi comemorado o Dia da Imigração Japonesa na região
amazônica. Minhas congratulações aos bravos japoneses que ajudaram a colonizar
a região, com forte presença no Amazonas, Pará e Rondônia*** Sob a
liderança do ex-senador Jorge Viana, o PT está ressurgindo no Acre. O
presidente Lula quer ele de volta ao Senado em 2026
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