Sexta-feira, 7 de junho de 2024 - 07h50
Dois
livros recentemente lançados atraem a atenção de diferentes públicos, mas seus
títulos são dignos de filmes de terror: “Amazônia, a Maldição de Tordesilhas”,
do contorcionista político Aldo Rebello, que abandonou o comunismo para aderir
ao lulismo e saiu dele para o arraial bolsonarista com a mesma fleuma, e “A
Lança de Anhangá”, do professor Ricardo Kaate Lima, que assiste na mitologia florestal
o impacto das agressões sofridas pelos povos da região. As diferenças principais
entre os dois é que a resenha de Rebello olha para o passado em busca de
orientação para o presente e a ficção de Lima vê horrores do passado ainda
presentes nos dramas dos povos originários.
Pelas
ilustres presenças no lançamento do livro de Rebello, ele guardou amigos dos
lugares por onde passou. Pelas histórias de Lima pode-se identificar os horrores
de cada um dos problemas atuais da Amazônia. Embora muito diferentes, pois
Rebello lida com fatos históricos, enquanto Lima trata do impacto subjetivo das
dominações sobre os povos, pode-se encontrar nos dois um ponto em comum: com
boas práticas e conjurando os demônios do passado será possível a conquista de bom
progresso futuro.
No
mais, em Rebello, os inimigos são ongs europeias, que a exemplo dos reis
ibéricos pretendem o mundo moldado à sua ótica. Em Lima, o deus Anhangá,
protetor da floresta, é uma espécie de “federação” de ongs prontas a atacar os
destruidores.
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Aposta da oposição
Em
Porto Velho, enquanto os partidos da coalizão chapa branca de apoio à
candidatura da ex-deputada federal Mariana Carvalho (União Brasil) já vai
aceitando a possibilidade de eleição em dois turnos, tendo em vista o elevado número
de postulantes e a entrada de Leo Moraes (Podemos) na peleja sucessória do atual
prefeito Hildon Chaves, do lado dos partidos oposicionistas se acredita que o
nome que, eventualmente for ao segundo turno com Mariana leva a melhor. Ninguém
discute que a ungida do prefeito Hildão não atinja o segundo turno até em primeiro
lugar, mas projetam uma derrota da ex-tucana na fase final da disputa.
Recorde histórico
Não
havendo desistências para alguém virar vice ou compor com os candidatos de ponteira
(Mariana e Leo), temos um recorde de candidaturas cogitadas a serem homologadas
nas convenções de julho. Confiram a relação: 1-Mariana Carvalho (União Brasil)
2-Leo Moraes (Podemos) 3- Euma Tourinho (MDB) 4-Fatima Cleide (PT e Federação Brasil
Esperança, com PC do B e Partido Verde) 5-Vinicius Miguel (PSB) 6-Célio Lopes
(PDT) 7-Benedito Alves (Solidariedade) 8 –Samuel Costa (Rede) 9-Ricardo Frota
(Novo) 10-Jaime Gazola (PL) 11-Valdir Vargas (PP) 12- Deputado Marcelo Cruz (Partido
Renovador).
Jogo de cena
Algumas
encenações de candidaturas devem desaparecer com o anuncio de Leo Moraes na
disputa da capital. Uma delas é do presidente da Assembleia Legislativa Marcelo
Cruz (PRTB) que dificilmente terá coragem de enfrentar Mariana e Leo, embora
tenha grande estrutura para isto. A tendência é que se alie a um dos candidatos
de ponteira. Entre os demais candidatos, muitos rezando para serem escolhidos
vice, principalmente com os postulantes de vanguarda. Com isto é natural que o número
de postulações desabe para pelo menos sete até as convenções.
Grandes eleitores
Os
eleitores mais importantes nas eleições em Porto Velho são o prefeito Hildon
Chaves (PSDB), a maior liderança política da capital, o governador Marcos Rocha
(União Brasil) igualmente liderança de maior porte, o deputado federal Fernando
Máximo (União Brasil), que liderava as pesquisas para a corrida sucessória na
capital e acabou impedido de entrar na peleja numa articulação que redundou na
filiação de Mariana ao União Brasil e a deputada Cristiane Lopes (União Brasil)
que foi a segunda colocada no pleito de 2020, num confronto equilibrado com o
atual prefeito Hildon Chaves.
Bastidores agitados
Por
conta da indicação de vice da candidata Mariana Carvalho (União Brasil) os
bastidores estão agitados, num puxa e estica danado. O que mais se fala é que
existem descontentes com a candidatura postulante chapa branca no União Brasil
e com traíras já desembarcando no palanque de Leo Moraes. Neste momento o
grande desafio de Mariana e seus apoiadores é atender todas as correntes, já
que se trata de uma aliança que reúne diversas de legendas, envolvendo muita
gente. A ameaça do punhal da traição é enorme vinda do vice-governador e
lideranças ligadas a ele (todas da base governista) e debelar esta situação
passa por uma grande largada de Mariana. Neste aspecto, pelo menos, não existem
dúvidas.
Via Direta
***
O prefeito eleito em Candeias do Jamari na eleição suplementar de hoje
(domingo) vai enfrentar uma série de desafios no seu mandato tampão de seis
meses *** Aquela municipalidade está endividada até o
talo e desacreditada, tem a saúde em cacos, os fornecedores em pé de guerra e a
máquina pública esculhambada por sucessivas administrações corruptas e
desastrosas ***Trocando de saco para
mala: impressiona o elevado índice de acidentes em Porto Velho envolvendo
motocicletas. Nos acidentados, muitas pernas e braços quebrados precisando de
próteses e padecendo com espera demorada no atendimento nos hospitais *** Gente,
uma madrugada de conspirações. Muita gente afiando os punhais da traição em
Porto Velho. É coisa de louco!
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