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Carlos Sperança

Os ETs na Amazônia + Obras na 319 + As inovações + Onda de separatismo


Os ETs na Amazônia + Obras na 319 + As inovações + Onda de separatismo - Gente de Opinião

Os ETs na Amazônia

Como é impossível negar o óbvio, já não se vê tanto negacionismo frente à piora do desmatamento na Amazônia. Dados com base no sistema Deter apontam que em junho se completaram três anos seguidos de perda florestal. No mês, foi abaixo cobertura vegetal de 1.062 km². No esquema do copo meio cheio, pode-se alegar que ao menos houve queda em relação a maio, com 1.391 km². Já o copo meio vazio aponta que tivemos o primeiro semestre mais derrubado desde 2016.

Em 1977, o ano do famigerado Pacote de Abril, que acabou de vez com as ilusões democráticas da ditadura, surgiu algo mais no céu além dos aviões de carreira. Não eram mais ameaças de golpe nem bravatas de gente nervosa, mas os campeões do diversionismo em tempos de crise: os ETs.

Consta que nessa época a FAB fez na Amazônia a sigilosa Operação Prato com o escopo de investigar Ovnis. A quebra do sigilo veio do coronel Uyrangé Bolivar Hollanda, que participou da ação. O objetivo da operação era desmoralizar boatos sobre a presença de seres extraordinários espalhando temor pela floresta, mas o efeito colhido foram depoimentos assustadores e o interesse descomunal dos ufólogos pela pesquisa. Desde que os ETs não sejam responsabilizados pelo desmatamento e por incêndios ateados às gargalhadas com raios luminosos, conhecer os detalhes da operação não fará mal algum aos curiosos.

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Obras na 319

Quem percorre atualmente de ônibus  a viagem Porto Velho-Manaus, num trajeto de 900 quilômetros, que é cumprido pelas empresas interestaduais, como a rondoniense Eucatur, num período de 24 horas, constata na rodovia vários trechos em obras de recuperação. Também existe um percurso de 110 quilômetros com licitação de asfaltamento, logo depois daquela região crítica chamada de “meião”. O DNITT promete fazer a diferença neste verão, atendendo as reivindicações das bancadas federais de Rondônia e do Amazonas, estados mais interessados nas obras.

As inovações

As capitais brasileiras estudam e, podem lançar boas inovações nos próximos anos para suas comunidades. Em Manaus, um moderno sistema de comportas para combater as cheias cada vez mais frequentes, inspiradas em cidades como Veneza (Itália) e Roterdã (Holanda). Curitiba, a capital paranaense, sonha em aprimorar seu sistema de transportes urbanos, com teleféricos. Porto Velho tem o projeto da Avenida Parque dos Periquitos, na Zona Leste, projetada urbanizada e com uma moderna ciclovia conectando a BR 364 passando por vários bairros até o Ulisses Guimarães.

A evolução

Por falar no bairro Ulysses Guimarães, o povoamento surgiu a partir de um modesto conjunto popular lançado pelo falecido empresário Chagas Neto, quando deputado federal. Cresceu tanto ao final dos anos 80, se expandindo com outros bairros como Marcos Freire e Ronaldo Aragão  e por isto foi até cogitada a criação do município de Ulysses Guimarães, proposta que não foi a frente, caso contrário nos dias de hoje, o município de Porto Velho deixaria de contar com pelo menos uma dúzia de bairros e conjuntos habitacionais - e quase 50 mil habitantes a menos.

Onda de separatismo

Nas décadas passadas, o Brasil todo e inclusive Rondônia vivenciou uma onda de separatismo. Caso o projeto de autoria do então deputado federal Reditário Cassol (PP-RO) tivesse passado no Congresso Nacional nos idos de 90, Rondônia estaria rachada atualmente pela metade, com a criação do Estado do Aripuanã, reunindo municípios da Região do Café, polarizada por Cacoal, Zona da Mata (região de Rolim de Mura) e Cone Sul Rondoniense (regiões de Pimenta Bueno e Vilhena). Além da porção rondoniense de Cacoal para cima, o novo estado contaria com vários municípios do Norte do Mato Grosso.

Boom de luxo

Segue um verdadeiro boom no setor imobiliário de luxo em Porto Velho. Residências suntuosas, de até R$ 5 milhões, vão se espraiando pelos condomínios. Nos próximos anos, em regiões onde ficam os condomínios Ecoville, Verana, Grenvilles, Nova Canaã e tantas outros teremos graves problemas de transito, tal volume de construções na zona de expansão estendida a partir da Estrada da Penal. Os problemas de mobilidade que já existem nos horários de pico devem se agravar terrivelmente nos próximos anos com o adensamento populacional naquela populosa região.

 

Via Direta

*** Com o recesso no Congresso Nacional, Assembleias Legislativas e câmaras municipais, o noticiário na área política vai escasseando. Mas os escândalos provocados pela classe política seguem em abundância *** Uma das maiores revoltas causadas pelos parlamentares se relaciona ao Fundão Partidário que o presidente Bolsonaro pretende vetar parcialmente *** Por falar no presidente Bolsonaro ele está cada vez mais abraçado ao famigerado “Centrão”, o mesmo agrupamento político que deitou e rolou nos governos passados e considerado tão rapinador como os petistas e emedebistas *** O pessoal da construção civil grita com a alta do ferro. O produto aumentou quase 100 por cento nas lojas do ramo nos últimos meses majorando também o custo das obras civis. É coisa e louco!

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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