Domingo, 25 de julho de 2021 - 11h14
Como
é impossível negar o óbvio, já não se vê tanto negacionismo frente à piora do
desmatamento na Amazônia. Dados com base no sistema Deter apontam que em junho
se completaram três anos seguidos de perda florestal. No mês, foi abaixo
cobertura vegetal de 1.062 km². No esquema do copo meio cheio, pode-se alegar que
ao menos houve queda em relação a maio, com 1.391 km². Já o copo meio vazio
aponta que tivemos o primeiro semestre mais derrubado desde 2016.
Em
1977, o ano do famigerado Pacote de Abril, que acabou de vez com as ilusões
democráticas da ditadura, surgiu algo mais no céu além dos aviões de carreira.
Não eram mais ameaças de golpe nem bravatas de gente nervosa, mas os campeões
do diversionismo em tempos de crise: os ETs.
Consta
que nessa época a FAB fez na Amazônia a sigilosa Operação Prato com o escopo de
investigar Ovnis. A quebra do sigilo veio do coronel Uyrangé Bolivar Hollanda,
que participou da ação. O objetivo da operação era desmoralizar boatos sobre a
presença de seres extraordinários espalhando temor pela floresta, mas o efeito
colhido foram depoimentos assustadores e o interesse descomunal dos ufólogos
pela pesquisa. Desde que os ETs não sejam responsabilizados pelo desmatamento e
por incêndios ateados às gargalhadas com raios luminosos, conhecer os detalhes
da operação não fará mal algum aos curiosos.
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Obras na 319
Quem
percorre atualmente de ônibus a viagem Porto
Velho-Manaus, num trajeto de 900 quilômetros, que é cumprido pelas empresas
interestaduais, como a rondoniense Eucatur, num período de 24 horas, constata
na rodovia vários trechos em obras de recuperação. Também existe um percurso de
110 quilômetros com licitação de asfaltamento, logo depois daquela região
crítica chamada de “meião”. O DNITT promete fazer a diferença neste verão,
atendendo as reivindicações das bancadas federais de Rondônia e do Amazonas,
estados mais interessados nas obras.
As inovações
As
capitais brasileiras estudam e, podem lançar boas inovações nos próximos anos
para suas comunidades. Em Manaus, um moderno sistema de comportas para combater
as cheias cada vez mais frequentes, inspiradas em cidades como Veneza (Itália)
e Roterdã (Holanda). Curitiba, a capital paranaense, sonha em aprimorar seu sistema
de transportes urbanos, com teleféricos. Porto Velho tem o projeto da Avenida
Parque dos Periquitos, na Zona Leste, projetada urbanizada e com uma moderna
ciclovia conectando a BR 364 passando por vários bairros até o Ulisses
Guimarães.
A evolução
Por
falar no bairro Ulysses Guimarães, o povoamento surgiu a partir de um modesto
conjunto popular lançado pelo falecido empresário Chagas Neto, quando deputado
federal. Cresceu tanto ao final dos anos 80, se expandindo com outros bairros
como Marcos Freire e Ronaldo Aragão e
por isto foi até cogitada a criação do município de Ulysses Guimarães, proposta
que não foi a frente, caso contrário nos dias de hoje, o município de Porto Velho
deixaria de contar com pelo menos uma dúzia de bairros e conjuntos
habitacionais - e quase 50 mil habitantes a menos.
Onda de separatismo
Nas
décadas passadas, o Brasil todo e inclusive Rondônia vivenciou uma onda de
separatismo. Caso o projeto de autoria do então deputado federal Reditário
Cassol (PP-RO) tivesse passado no Congresso Nacional nos idos de 90, Rondônia estaria
rachada atualmente pela metade, com a criação do Estado do Aripuanã, reunindo
municípios da Região do Café, polarizada por Cacoal, Zona da Mata (região de
Rolim de Mura) e Cone Sul Rondoniense (regiões de Pimenta Bueno e Vilhena).
Além da porção rondoniense de Cacoal para cima, o novo estado contaria com
vários municípios do Norte do Mato Grosso.
Boom de luxo
Segue
um verdadeiro boom no setor imobiliário de luxo em Porto Velho. Residências
suntuosas, de até R$ 5 milhões, vão se espraiando pelos condomínios. Nos
próximos anos, em regiões onde ficam os condomínios Ecoville, Verana,
Grenvilles, Nova Canaã e tantas outros teremos graves problemas de transito,
tal volume de construções na zona de expansão estendida a partir da Estrada da
Penal. Os problemas de mobilidade que já existem nos horários de pico devem se
agravar terrivelmente nos próximos anos com o adensamento populacional naquela
populosa região.
Via Direta
*** Com o recesso no Congresso Nacional,
Assembleias Legislativas e câmaras municipais, o noticiário na área política
vai escasseando. Mas os escândalos provocados pela classe política seguem em
abundância ***
Uma das maiores revoltas causadas pelos parlamentares se relaciona ao Fundão Partidário
que o presidente Bolsonaro pretende vetar parcialmente *** Por falar no presidente Bolsonaro ele está cada vez mais abraçado ao
famigerado “Centrão”, o mesmo agrupamento político que deitou e rolou nos governos
passados e considerado tão rapinador como os petistas e emedebistas *** O
pessoal da construção civil grita com a alta do ferro. O produto aumentou quase
100 por cento nas lojas do ramo nos últimos meses majorando também o custo das
obras civis. É coisa e louco!
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