Quarta-feira, 29 de maio de 2024 - 07h50
Em
vários estados continuam a ser presos os implicados nos atos golpistas de 8 de
janeiro de 2023. Foi fácil identificá-los pelas redes sociais: eles próprios se
autodenunciaram mostrando orgulho “patriótico” por destruir e emporcalhar
patrimônio público e se insurgir contra as instituições da República.
Sabe-se
que a seca desse mesmo ano, que instaurou o caos na região Norte, e as recentes
enchentes destrutivas no Sul se enquadram no mesmo rol de eventos climáticos
extremos. No entanto, não será possível prender e condenar os responsáveis por
uma situação que vem se agravando desde a década de 1940, mesmo ficando claro,
na história e na geografia, que a devastação na Amazônia se intensificou ao
mesmo tempo em que os fenômenos extremos de chuvas no Sul.
As
enchentes de 1941 no RS desapareceram da memória nacional no mesmo ritmo em que
autoridades e empresas manifestavam orgulho pelo progresso iniciado nessa época
no Norte do país. Mais que um acaso, justamente em 1941 a ditadura Vargas criou
o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) para louvar as ações dos
governantes como patrióticas e progressistas. Deveriam ser responsabilizados aqueles
que nos últimos 80 anos não adotaram medidas preventivas, cortaram ou desviaram
verbas para a prevenção. Mas seria muita gente para prender, sem contar que
alguns teriam que prender a si mesmos.
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Sem dó...
Os
governadores de Rondônia e os prefeitos de Porto Velho tem sido impiedosos através
dos tempos com a infidelidade dos deputados estaduais (no caso do Executivo
estadual) e dos vereadores quando se trata da municipalidade. Portanto, quando
os legisladores não forem obedientes, serão tratados a pão de água. Quando
surge um parlamentar rebelde, no meio das ovelhas e avestruzes, logo começa a
sofrer sanções, desde a demissão de cargos comissionados de parentes e apaniguados,
seja nos atendimentos de reivindicações diversas e até padecem com a morosidade
na liberação de recursos das emendas parlamentares.
...Nem piedade!
Diante
das ameaças palacianas estaduais e municipais, de cortes no pix, interrupção
nos “vales” em Rondônia o problema é que alguns deputados e vereadores exageram
na subserviência e muitas vezes sequer leem os projetos emanados do Poder
Executivo. No plano federal a coisa não é muito diferente, mas pelo menos os mais
atentos leem as matérias emanadas do Palácio do Planalto e alguns fingem ser
oposicionistas para jogar para a plateia. Tanto capachismo paroquial tem sido
punido nas urnas: nos últimos pleitos a renovação das casas legislativas tem
sido enorme em Rondônia
É coisa de louco!
Os
deputados estaduais do Amazonas, Acre, Rondônia, Roraima e do Pará não conseguem
resolver nem os problemas amazônicos por aqui, como do caos aéreo,
escalpelamento das mulheres nas embarcações, da pirataria e terras caídas nos
rios Negro, Amazonas, Tapajós e Madeira, mas resolveram discutir as questões
amazônicas em Brasília, num tal de Parlamento Amazônico. Ora, não resolvem nada
por aqui e não vão resolver nada por lá também. Os políticos da região, como se
vê, comem pão dormido e rotam caviar. E tudo isto com a saúde e a segurança pública
dos seus estados em colapso.
Um desafio
Alguns
novatos que se lançam ao desafio das eleições municipais em Porto Velho, miram
na verdade se tornar vices ou disputar a Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputados
em 2026. Mas quantos deles vão se dar bem nas urnas? Temos novatos para todos
os gostos. A esquerda, com Samuel Costa (Rede), Célio Lopes (PDT), Vinicius
Miguel (PSB), a centro esquerda com a juíza Euma Tourinho (MDB) e Benê Alves
(Solidariedade), a direita com Ricardo Frota (Novo), mais recentemente Jayme
Gazola (PL), entre outros. São pequenos Davids jogados na arena aos leões e aos “golias” Mariana (União Brasil) e Leo Moraes
(Podemos). Baita desafio.
Palavra de ordem
Rola
nos bastidores políticos em Porto Velho que viria uma ordem de cima, ou seja,
do Palácio do Planalto e das instâncias superiores da Federação Brasil Esperança
(PT, PC do B e Partido Verde), do PSB do vice-presidente Geraldo Alckmin e de
outras legendas de esquerda para se unirem e numa frente ampla para enfrentar o
bolsonarismo vigente na capital rondoniense. A esquerda na terrinha só se unifica
na marra, já que as fogueiras de vaidades sempre falam mais alto. O
divisionismo do segmento tem sido um baita problema em eleições anteriores.
Via Direta
***Impressiona como os políticos
rondonienses estão lançando parentes nas eleições municipais deste ano. Todo
mundo buscando mamatas ***Em Vilhena, os Donadons estão lançando uma candidata a
prefeita e em Porto Velho um postulante a vereador ***O deputado estadual Neiva projetando
o filho Wiveslando a prefeito em Cerejeiras *** Em Porto Velho, deputados
estaduais lançando irmãos, esposas e cunhados a vereança *** Em Ariquemes o deputado Alex Redano impulsionando a reeleição da
esposa Carla Redano a prefeitura local. Haja parentes, haja clãs políticos em
formação para todos os lados.
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