Terça-feira, 22 de novembro de 2022 - 07h51
Em 1961,
um país à míngua e implorando por ajuda recebia com festa o vice-presidente
brasileiro João Goulart, enviado para lá com a missão de estabelecer formas de
apoio mútuo. Era a pobre China. Também por essa época, Brasil e Coreia do Sul
tinham uma economia parelha, com indicadores muito próximos.
Em
meio século, a China abriu caminho até a condição de competidora com os
poderosos EUA e a Coreia apresentou uma sólida elevação em seus indicadores
econômico-sociais. O Brasil, porém, perdeu o bonde no qual os chamados tigres
asiáticos embarcaram por desperdiçar recursos naturais e capital humano. Sofreu
décadas perdidas por autoritarismo, falta de planejamento, corrupção, descuido
com a educação, meio ambiente e as condições de vida, emprego e renda dos mais
pobres. Mas ainda tem chances de sair do patamar de nação periférica e atrasada:
basta aproveitar o bônus demográfico, que a ONU estima ainda ser possível para
o Brasil até 2046.
Hoje,
Coreia e China têm problemas demográficos que o Brasil não tem. Lamentam queda
na natalidade e incentivam nascimentos. Crianças e jovens são um magnífico
tesouro. Apostar neles é essencial, cuidando de sua educação e saúde desde
antes do nascimento. Proteger mães com meios para criar filhos saudáveis e
proporcionar renda aos pais será aproveitar o bônus demográfico. O resto cada
um fará por sua própria conta.
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A omissão geral
Explica-se
e está bem explicado o fato do estado de Rondônia enfrentar dificuldades para
conter os atos de terror dos baderneiros que defendem o golpe militar que vão
desde agressões aos adversários até incendiar carretas de supermercados. Rondônia
é um estado bolsonarista e nossas autoridades estaduais e municipais como quase
todos os deputados estaduais e federais são governistas. Para não se desgastar
com o eleitorado do segmento todo mundo ficou omisso com relação as manifestações
que passaram de protestos ao vandalismo. Rondônia virou terra sem lei, a casa
da mãe Joana.
As emancipações
O
mês de novembro marca a autonomia de importantes municípios de Rondônia,
comemorando aniversários de 45 anos, como Ji-Paraná, Ariquemes, Cacoal, Pimenta
Bueno e Vilhena. Todos foram emancipados de Porto Velho, em 1977. Até esta
data, Rondônia ainda era Território Federal e só contava com dois municípios, Porto
Velho e Guajará Mirim, que surgiram a partir da epopeia da Estrada de Ferro Madeira
Mamoré. Todos estes municípios encravados ao longo da BR 364 prosperaram e se
tornaram importantes polos regionais do estado nos dias de hoje.
Grandes desafios
O
governador Marcos Rocha (União Brasil) começa seu segundo mandato em janeiro
repleto de desafios. Os principais são nas esferas de saúde e segurança
pública. Pensar que temos 12 mil cirurgias atrasadas e pacientes precisando com
urgência de operação de perna quebrada há mais de um ano é aterrorizante como são
os corredores do hospital João Paulo II repletos de enfermos jogados em seus
corredores. Na segurança pública, as facções criminosas tomaram conta das cidades.
Assaltos e arrombamentos nas zonas urbanas, terror no campo e o tráfico de
drogas se espraiando pelas rodovias, pelos rios e pelo nosso espaço aéreo.
A antecipação
Não
é do interesse, tampouco da conveniência dos atuais prefeitos a antecipação da
corrida sucessória 2024. Mas ocorre que os suplentes de deputados estaduais e
federais estão fomentando está antecipação diante da expectativa de assumir
vagas dos titulares, já que muitos estaduais e federais são considerados nomes
de peso para conquistar as municipalidades. Em Porto Velho, por exemplo existe
o interesse de parlamentares bem votados de entrarem nesta disputa. O mesmo
ocorre no interior do estado onde muitos parlamentares estaduais e federais
criaram asas.
Os recordistas
A
eleição 2022 marcou só um recordista de votos. Para Assembleia Legislativa,
Laerte Gomes (PSD-Ji-Paraná). Os recordes a Câmara federal, com Marinha Raupp,
recordista de votos e de mandatos a federal ficou longe de ser alcançado assim
como ao Senado, com o ex-governador Valdir Raupp. O casal Raupp, como se sabe,
já pendurou as chuteiras. Em Porto Velho existe o recorde dos recordes eleitorais
para vereador: imagine mais da metade da população votando num só candidato
vereador? Foi o que aconteceu com Osmar Vilhena na década de 70. Ele, no
entanto, em pouco tempo perderia o mandato por infidelidade partidária. Eleito
pelo MDB e virou a casaca para Arena.
Via Direta
***Impressiona a incidência de mutilados
em Porto Velho com tantos acidentes de motos. Tanto o Pronto Socorro João Paulo
II como o Hospital Regina Parecis abrigando a maioria dos acidentados *** Repleto de
problemas o Censo demográfico 2022 enfrenta desde a falta de recursos, de mão
de obra e de seguidos assaltos nos recenseadores. Com isto a conclusão dos
trabalhos está sendo adiada pelo IBGE ***
Já curtindo férias e à espera da diplomação, os deputados estaduais e federais
eleitos em Rondônia ainda saboreiam o gosto da vitória nas eleições de outubro ***
Bolsonaristas denunciam que criminosos estão se infiltrando no movimento
pró-golpe militar em favor do presidente Jair Bolsonaro para roubar e saquear
em alguns municípios do estado *** É
preciso agir com mais firmeza para acabar com a baderna instalada no estado.
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