Terça-feira, 14 de fevereiro de 2023 - 07h26
Em
uma democracia, se o Congresso não descarta e a Justiça não embaraça, tudo que
acontece no país não pode ser creditado a um governante, parlamentar ou juiz. É
assunto de Estado. Isso vale tanto para a lei do ouro de 2013 quanto para a
privatização da refinaria amazônica Reman, da qual se diz que vende o gás de
cozinha mais caro do Brasil. Escolher opções a partir de um leque permite
evitar extremos e pinçar alguma ao centro, mas tudo fica mais difícil quando é
preciso optar entre 8 ou 80 com defensores aguerridos e manipulados
ideologicamente, como se as escolhas fossem guerras a ser vencidas por quem
grita mais.
A
lei de 2013 e a privatização da Reman tiveram o mesmo objetivo: destravar
amarras. O problema não foi a escolha por destravar, correta, mas o que
acontece com a conjuntura, de um lado, e sobretudo com a gestão do dia a dia, que
precisa de uma vigilância integral dos mecanismos institucionais, da imprensa e
das agências representativas da sociedade civil.
Os
dois casos fazem lembrar a consagrada máxima do líder chinês Deng Xiao Ping,
que virou a chave da China e iniciou a guinada de uma nação pobre para o topo
das nações: “Não importa a cor do gato, contanto que ele cace o rato”. O nó não
está na privatização ou estatização. A Apple é uma empresa privada de sucesso e
os metrôs de Nova York e Londres são ótimos serviços estatizados. Se caçar
fica, se der folga aos ratos desaparece.
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Os macacos velhos
Diante
da renovação dos quadros políticos rondonienses vai reduzindo a presença dos
macacos velhos da política. Na Câmara dos Deputados, por exemplo, temos oito
representantes e somente dois sexagenários, que são o Coronel Chrisóstono e Eurípedes
Lebrão. Na Assembleia Legislativa a nova legislatura apresenta uma média mais
jovem com relação as anteriores. Mas ainda na ativa, lideranças da qualidade de
Amir Lando (MDB), Ernandes Amorim (PSB), José Guedes (PSDB), Expedito Junior
(PSD), Nilton Capixaba (PTB) e tantos outros vão ficando para trás.
Na história
Seguindo
fatos históricos na política no estado, nas eleições gerais de 1986 em
Rondônia, com a eleição de Jeronimo Santana (PMDB-Porto Velho) ao governo do
estado, com Orestes Muniz (Ji-Paraná) de vice, foram eleitos dois senadores,
Olavo Pires (PMDB-Porto Velho) e Ronaldo Aragão (PMDB-Cacoal). O mais votado, e
favorito Chiquito Erse (PFL) ficou de fora por causa dos critérios de
sublegendas. Repleto de surpresas, o pleito de 1986 consagraria a comunicadora
da rádio nacional de Brasília Rita Furtada como a deputada federal mais votada.
Para Assembleia Legislativa também uma mulher seria mais votada, Joselita Araújo
(Ouro Preto do Oeste).
Barba e cabelo
Com
ventos soprando ao PMDB, por causa da Aliança Democrática, que era liderada por
Tancredo Neves, o partido fez barba cabelo e bigode nas eleições de 1986. Com
Jeronimo Santana, governador, a eleição de dois senadores, maioria na Assembleia
Legislativa, etc. Jeronimo Santana derrotou uma aliança favorita na peleja pelo
Palácio Presidente Vargas, que tinha na sua chapa o senador mais votado de Rondônia,
Odacir Soares ao governo e o deputado estadual mais votado do estado, José
Bianco. Era uma corrida de revezamento entre o PMDB (mais à esquerda) e a turma
do PSD/PFL e legendas sucedâneas, mais a direita.
Onda bolsonarista
Os
políticos rondonienses ainda acreditam em reflexos de uma onda bolsonarista nas
eleições municipais do ano que vem. Por este motivo, os partidos ligados ao ex-presidente
atualmente residindo nos Estados Unidos, terão candidatos as prefeituras nos
principais municípios do estado. Em alguns municípios importantes, os polos
regionais, os candidatos bolsonaristas vão saltando na frente em termos de intenções
de votos. Casos de Mariana Carvalho (Porto Velho), Carla Redano (Ariquemes) que
pleiteia a reeleição, Neodi Carlos (Machadinho do Oeste), entre outros nomes.
As recordistas
Na
região Norte, Porto Velho ficou de patinho feio entre as piores em saneamento
básico no País, ao lado de Macapá. No censo demográfico as capitais que mais
cresceram no país são vizinhas: Palmas (Tocantins), Cuiabá (Mato Grosso),
Manaus (Amazonas) Boa Vista (Roraima) e Macapá (AM). Ao contrário das capitais
vizinhas, conforme o censo demográfico de 2022, Porto Velho perdeu habitantes,
algo em torno de quase 60 mil nos últimos anos. Não bastasse, a capital
rondoniense é uma cidade sem rodoviária, ainda padece com alagações e está quase
que dominada pelas facções criminosas. É osso.
Via Direta
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Cerca de 43 por cento da população brasileira está com o nome negativado. Com
isto o consumo anda meio retraído até nas prateleiras de supermercados *** Os ovos de páscoa de chocolate começam a chegar e
com preços salgados e baita disparidade de preços para os consumidores *** Com o ano escolar já andamento tanto
para a rede municipal como para a rede estadual, o movimento nas ruas de Porto Velho,
depois das férias, aumentou sensivelmente *** A grande queixa de quem
viajou e está voltando é com relação aos arrombamentos de residências. A fiação
elétrica é o principal alvo dos meliantes que proliferam cada vez mais na
capital *** Existem denúncias de casas
depenadas até o talo neste início do ano. Todo cuidado é pouco com os meliantes
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