Sexta-feira, 8 de novembro de 2024 - 07h55
Impossível
não prestar atenção ao que diz o engenheiro agrônomo Roberto Rodrigues,
ex-ministro da agricultura no governo Lula. Sem cair na estupidez de recorrer a
insultos, grave defeito que desmerece grande parte dos políticos na atualidade,
Rodrigues faz uma crítica racional ao ex-chefe: ele pensa que em seu terceiro
mandato o presidente Lula não imprime ao governo a visão estratégica necessária
para alavancar e proteger o agronegócio brasileiro da competição externa.
A
crítica é efetivamente racional e respeitosa, mas será justa? Lula é tem origem
interiorana, mas formou seu pensamento na militância em atividades metropolitanas.
No entanto, objetivamente, Rodrigues não critica de fato o presidente, mas o
desinteresse do governo em geral em garantir acordos comerciais com grandes
países consumidores, como China e Índia.
Sendo
o governo uma colcha de retalhos formada por arranjos envolvendo os aliados do
PT na formação da chapa vencedora, o que se nota é o predomínio dos interesses
urbanos no terceiro governo lulista. É esse viés que Rodrigues qualifica de
falta de visão estratégica, até porque o foco urbano dominante não evitou a
desindustrialização. É certo que os problemas das grandes cidades são
asfixiantes e frequentam mais o noticiário que as realidades rurais, mas
Rodrigues é justo ao propor o foco em acordos com as grandes nações
consumidoras de alimentos.
...............................................................................
Pé na estrada
Ex-deputado
estadual constituinte, ex-senador, e ex-ministro da Previdência, Amir Lando
(MB) está de volta a política, circulando nos bastidores tendo como seu
propósito disputar uma cadeira a Câmara dos Deputados. Se tem um integrante da
velha guarda da política rondoniense que merece voltar ao pódio, é o
ex-barbicha de bode, como era taxado pelos adversários nos anos 80. Não só pelo
fato de ter sido um destacado tribuno no Congresso Nacional, mas pela sua
importância histórica. Ele teve participação ativa nos projetos de colonização
em Rondônia nos anos 70
Jaru, 43 anos
Não
poderia deixar de registrar nas más traçadas linhas desta coluna mais um aniversário
de emancipação do município de Jaru, agora com 43 anos de autonomia. Conheço o
município desde os primórdios, ainda distrito de Ariquemes, onde rolava uma
malária doida e o povoado era alvo de bulling pela presença de muitos doidos na
região. Daí, quando se referiam na época a alguma pessoa transtornada, se perguntava
na capital: “você é doido mesmo, ou é de Jaru”. Longe dos estigmas, Jaru
cresceu, ganhou novos rumos e hoje é um município progressista, voltado ao
agronegócio.
Na história
Na
história política de Jaru, lembro que o deputado estadual Tomás Correia,
posteriormente prefeito de Porto Velho sucedendo Jeronimo Santana (era seu vice)
foi eleito pela primeira vez, em 1982, com votos jaruenses colhidos pelo apoio
do aliado Sidney Guerra que depois também foi deputado estadual e pelos
Muletas, que posteriormente criaram asas no cenário político rondoniense.
Correia atualmente reside em Jaru onde tem uma bela fazenda, habito dos políticos
rondonienses, voltados ao agronegócio. Vida longa, Jaru, onde o prefeito
Joaozinho Gonçalves está fazendo sua história.
Correndo trecho
De
asas crescidas, correndo trecho desde já nos municípios, a deputada federal
Silvia Cristina (PP) é um nome cogitado ao Senado, mas também alternativa do seu
partido para disputar o governo do estado, caso o ex-governador Ivo Cassol
continue rifado pela justiça eleitoral. Ivo não se mexeu nas eleições
municipais, mostrando que ainda espera uma decisão judicial para que fique
elegível. Os adversários já não contam com ele na disputa de 2026, mesmo porque
seria um candidato indigesto. Estima-se
que ele venceria com um pé nas costas nomes como o senador Jaime Bagatolli e outros
aspirantes, ao CPA, como o vice-governador Sergio Gonçalves (União Brasil).
Atenção especial
Nas
visitas aos deputados federais e senadores de Rondônia durante a semana, o
prefeito eleito Leo Moraes (Podemos) dedicou atenção especial ao encontro com o
deputado federal Fernando Máximo (União Brasil), um grande aliado na peleja bem-sucedida
a prefeitura da capital rondoniense. Especula-se que Leo e Máximo estejam
formando um novo bloco político para as eleições de 2026. Não se sabe, se com
Máximo disputando uma cadeira ao Senado, ou até mesmo o governo estadual. Ambos
já estão esquadrinhando esta nova coalizão que já conta com pelo menos com uma dúzia
de prefeitos eleitos no pleito de outubro deste ano.
Congestionamento
Na
hipótese de Fernando Máximo disputar uma das duas cadeiras ao Senado, que serão
renovadas, teremos um baita congestionamento de postulações em Porto Velho
neste segmento, pois já se tem como certo que o governador Marcos Rocha (União
Brasil) e o prefeito de Porto velho Hildon Chaves (PSDB) se direcionam no mesmo
caminho. Ora, a fragmentação de votos na capital é o que todos os possíveis postulantes
do interior ao Senado, como Marco Rogério (Ji-Paraná), Confúcio Moura (Ariquemes),
Silvia Cristina (Ji-Paraná), Expedito Junior (Rolim de Moura) querem. Seria pedir
demais aos deuses, a coisa serve sob medida para os candidatos da roça.
Piratas do madeira
Constatando
mais facilidades para agir em Rondônia, onde a repressão ainda é insuficiente,
os chamados piratas da madeira estão infestando Porto Velho e não agem apenas
no roubo de cargas de soja, de combustível, ou saqueando embarcações de
passageiros, levando tudo que é possível. Os bandidos estão atuando também em outras
frentes, disputando espaço com as facções criminosas do narcotráfico. Estão ainda
nos garimpos ilegais e entrando na seara do tráfico de drogas. Já se sabe que
os piratas da madeira também estão instalando seus escritórios do crime em grandes
comunidades, a saber, no Orgulho do Madeira Morar Melhor, Porto Madeiro e Santa
Barbara.
Via Direta
Aos poucos os rios acreanos e
rondonienses começam a subir prometendo normalidade para breve. Em Rondônia a
expectativa é pelo retorno da navegação na Hidrovia do Madeira já nos próximos
dias ***
Afinal estamos no início do inverno amazônico, o que significa grandes
temporais, com muita água rolando e baitas alagações, por exemplo em Porto
Velho, nas regiões mais baixas da cidade ***
Vejam como é a política: tem vereador eleito que se dizia amigo do peito do
prefeito Hildon Chaves (PSDB) se escalando para ser o líder do prefeito eleito
Leo Moraes (Podemos) *** Hildão deve ter um coração de aço para sobreviver
a tantos punhais da traição, seja os oriundos do CPA Rio Madeira, seja dos 23
vereadores que elegeu, onde quase todos já se bandearam para a nova gestão.
Sem perdãoHá pessoas que se dizem cristãs, mas abrem caminho ao inferno ao ofender os semelhantes, esquecendo que uma das principais lições do crist
Dá pena de ver a situação a Av, 7 de setembro no centro antigo de Porto Velho
O jogo da Amazônia Em todo o mundo se tornou obrigatória a pergunta “e agora, com a eleição de Trump nos EUA?” Mao Tsé-tung disse que se os chinese
É bem provável que ocorra uma regionalização de candidaturas ao Palácio Rio Madeira
DesbranqueandoA jornalista brasileira Eliane Brum, descendente de italianos e filha de pai argentino nascida em Ijuí, Noroeste gaúcho, certo dia dec
A classe política está querendo antecipar o processo eleitoral de 2026
Tartarugas humanasO desmatamento e a piora do clima causam prejuízos generalizados aos povos amazônicos. Os que mais assustam são as perdas na agri