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Carlos Sperança

País doente, segurança pública caótica e o baita legado de Hildon Chaves


País doente, segurança pública caótica e o baita legado de Hildon Chaves - Gente de Opinião

País doente

Com petista matando bolsonarista e adolescente matando professora, difícil não supor que o Brasil seja um país doente. Mentes obscurecidas pelo rancor, medo e incerteza forjam males físicos. Descuidos sanitários vindos da apatia e da depressão fragilizam e favorecem o contágio por vírus, como também as doenças incubadas. A verdade é que o mundo está doente. Jovens que deveriam executar tarefas produtivas dão a vida em guerras para que a máquina industrial-militar fature bilhões de dólares.

No Brasil sem guerra, que deveria estar em paz e saudável, a morte e a doença pairam sobre a nação como sombras assustadoras. Dos 124 milhões de eleitores que votaram no segundo turno das eleições presidenciais, 95,41% votaram em dois líderes que praticamente todo mês baixam hospital. Lula da Silva e Jair Bolsonaro estão longe da plena forma, embora disponham dos melhores recursos possíveis. Lula até precisou adiar a viagem à China, que seria a mais lucrativa da história.

Enquanto os líderes preferidos do eleitorado alternam internações, doentes do juízo disseminam fake news sobre vacinas, induzindo os crédulos ao risco de doenças terríveis. Só desinformados creem que a Covid está vencida. Não espanta que os postos de saúde estejam lotados. Um país doente no mundo doente requer a força de quem pode se manter lúcido, vencendo o desânimo e o ódio, fatores que pioram qualquer doença.

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Segurança pública

O setor de segurança pública em Porto Velho e no estado segue caótico e a expectativa é que finalmente hajam melhoras com o pacote lançado pelo governador Marcos Rocha na última segunda-feira. Até agora tem faltado planejamento e a população está atordoada com tantos roubos, assaltos, arrombamentos de casas e de estabelecimentos comerciais e a presença de drogados que aumentou assustadoramente, além das mortes perpetradas pelo crime organizado nos grandes conjuntos habitacionais. A grande verdade é que falta planejamento desde as gestões anteriores e sequer os pontos críticos, onde mais ocorrem a incidência de crimes são combatidos. A criminalidade assumiu proporções terríveis.

Licença espichada

O senador Samuel, aquele dos precatórios, que assumiu a cadeira no lugar do combativo bolsonarista Marcos Rogério conseguiu ampliar sua presença no Congresso. De uma licença de quatro meses já conseguiu estender seu mandato para seis e se puder espicha até o final do ano. Como se sabe, Samuel é o financiador das campanhas de Marcos Rogério, e este com a sua recente derrota ao governo do estado, se endividou até a tampa. Com tudo isto, tem que se submeter aos ditames do seu influente suplente conhecido por grandes vitórias em processos de precatórios pelo estado.

As projeções

Por falar em Senado, vejam as projeções para a disputa das duas cadeiras em 2026 e a perceptível presença de mulheres em ascensão política na disputa. Se tem como candidatos à reeleição Confúcio Moura (MDB-Ariquemes) e Marcos Rogério (Ji-Paraná). Mas o PL dificilmente dará legenda para a disputa de Marcos Rogerio, entrando em cena a deputada federal Silvia Cistina, em chapa com o atual senador Jaime Bagatolli ao governo. Ainda temos como possíveis candidatos a ex-deputada Mariana Carvalho (Porto Velho), Expedito Junior (Rolim de Moura) Amir Lando (Porto Velho) e Leo Moraes (Porto Velho).

Baita legado

Mesmo com desgastes aqui e dali –este ano foi pelo IPTU e alagações nos bairros – o atual prefeito de Porto Velho Hildon Chaves deixará o maior legado de todos os prefeitos que já estiveram pelo Palácio Tancredo Neves, sede do governo municipal cuja sede atualmente está instalada no Prédio do Relógio, no centro histórico. Senão vejamos: é o grande campeão de pavimentação, tem os louros da recuperação do Complexo Madeira Mamoré que volta a funcionar no segundo semestre, deixa encaminhada a construção da nova rodoviária. Sem contar que foi diligente na pandemia do coronavirus, paga em dia o funcionalismo e tem uma gestão bem eficiente.

Nossos indicativos

A bem da verdade, depois de seis anos de gestão, Hildon também conta com alguns indicativos negativos, além a tarifa de ônibus a R$ 6,00. Porto Velho não avançou no sistema de abastecimento de água e esgoto (sabendo-se que isto tem sido responsabilidade do governo estadual através da Caerd) e ele tem como meta resolver a questão com as parcerias público privadas- PPPs. Sem escândalos até agora, Hildon não conseguiu debelar a situação do centro histórico, que precisa ser revitalizado com urgência, entregue as cracolândias há pelo menos uns 10 anos. No plano político controla bem sua base aliada e não tem se equivocado nas alianças.

 

Via Direta

*** A má performance na economia desgasta muito o governo Lula que deve priorizar o segmento a partir de agora fomentando emprego através de obras públicas ***O grupo político do senador Bagatoli (P) colheu filiações na capital no seu encontro estadual na semana passada *** Ocorre que os liberais acreditam em uma nova onda bolsonarista em Rondônia no pleito 2024 e o partido já estuda o lançamento de candidatura à prefeitura em Porto Velho ***Em Ji-Paraná, o PL teria a opção de lançar a deputada federal Silvia Cristina para disputar o Palácio Urupá. Tem nomes fortes por lá que são o atual prefeito Esaú Fonseca (União Brasil), ex-prefeito Jesualdo Pies (PSB) e o deputado estadual Laerte Gomes (PSD).

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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