Sexta-feira, 24 de novembro de 2023 - 08h24
O
negacionismo climático é anticientífico e desinformativo, baseado em suposições
e lendas. No entanto, seduz muitas pessoas cujos antepassados acreditaram nas
ameaças de apocalipse que desde a Idade Média são disseminadas por diversas
seitas religiosas. Ao constatar que nenhuma delas se efetivou, é natural
descrer das previsões em geral.
Isso
é positivo quando as previsões não se baseiam em dados concretos. É preciso distinguir
a ciência da crença resultante da ignorância e do medo. Atualmente, via redes
sociais, as pessoas são bombardeadas por pegadinhas, memes e maluquices em
profusão que espalham no ar, como a fumaça, grãos tóxicos com o potencial de
envenenar mentes e distorcer a realidade. Nesse caso, só a multiplicação das
informações corretas e a desmoralização do negacionismo irracional poderão
instruir.
É o
caso, por exemplo, da “Floresta Virtual”, game educativo criado pelo Espaço
Interativo de Ciências, da USP. Explorando a Amazônia com simulação em 3D
realista, o jogador tem acesso a conhecimentos sobre flora e fauna da região e
se beneficiar da sabedoria dos povos originários. Trata-se de uma interessante ferramenta,
em que as boas informações sobre a região somadas ao contato virtual direto por
meio do jogo permitem a absorção de um retrato bem próximo do real em meio ao
mar de desinformação e ignorância sobre a complexa verdade amazônica.
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Papo furado
O
Grupo de Trabalho formado pelo ministro dos Transportes Renan Filho para buscar
soluções para a pavimentação da BR-319 teve sua primeira reunião durante a
semana. Sem recursos inseridos no Programa de Aceleração e Crescimento –PAC do
governo Luís Inácio Lula da Silva para 2024, é muito difícil que a força tarefa
criada encontre alguma solução a curto prazo para a reconstrução da estrada. O
que se vê ainda é muito papo furado, confraternização dos políticos e a rodovia
369 prestes a enfrentar mais um novo inverno amazônico, cuja estação das chuvas
paralisa a ligação rodoviária Porto Velho-Manaus.
Briga do ICMS
Os
entreveros pelo aumento do percentual do ICMS se estende pela maioria dos
estados do País. Dos antigos 17 por cento, alguns deles reajustando para 19 por
cento, outros para 19,5 por cento como ocorreu em Rondônia, depois de tantos
confrontos entre entidades com o governo estadual envolvendo também a Assembleia
Legislativa. A grande verdade é que os governadores, diante da reforma tributária,
precisam deste aumento visando garantir aporte de recursos para dar conta de
suas demandas. Até São Paulo, o estado mais rico do País, se vê diante de
conflitos entre lideranças políticas e empresariais com o governador Tarcísio
de Freitas por causa do ICMS.
As festividades
Durante
a semana os municípios de Ariquemes, Pimenta Bueno, Ji-Paraná e Vilhena
desenvolveram atividades alusivas aos 46 anos de emancipação. Neste domingo é a
vez de Cacoal, também criado em 1977, com decreto presidencial do então presidente
Ernesto Geisel. Até então, na condição de territórios, os municípios eram desmembrados
através de decreto do presidente da República e todos os cinco municípios se separaram
de Porto Velho naquela época. Até então o território federal de Rondônia só
contava com duas municipalidades, Porto Velho e Guajará Mirim,
Nos anos 70
Ao
final dos anos 70, o território federal de Rondônia vivenciava uma das maiores
migrações da história do País e o então governador Humberto Guedes dava o pontapé
inicial para criar as condições necessárias para transformar o território em
estado, condição que viria acontecer já no início dos anos 80, com seu
sucessor, o governador Jorge Teixeira de Oliveira. De um território
praticamente despovoado e um início da corrida migratória com a geada negra
ocorrida no Paraná, em 1975, Rondônia chegaria aos 500 mil habitantes ainda em
meados de 1980, com municípios fenômenos em crescimento, como Ji-Paraná.
Onda migratória
Nesta
onda migratória rondoniense dos anos 70 e 80, o cara-pálida que vos fala,
também desembarcaria, para participar da epopeia da implantação do jornal
Estadão, do clã dos Calixtos, inaugurado em 22 de novembro de 1980. Pensava em
permanecer uns 30 dias e voltar logo em seguida para meu amado Paraná, mas 43
anos depois ainda estou em Porto Velho, cidade que amo intensamente, como
Curitiba, onde nasci, rolando escada, no Bairro Batel. E ainda em atividade,
neste Diário da Amazônia, jornal pertencente ao SGC, do clã Gurgacz. Parabéns a
população dos municípios aniversariantes que conheci ainda incipientes, em
tantas jornadas eleitorais.
Via Direta
*** Depois de mais de trinta anos no
mercado rondoniense, a Rede Allamanda, filiada ao SBT, foi vendida ao Grupo
Norte de Comunicação com interesses nos vizinhos estados do Amazonas e Tocantins
***
Apesar de todo chororô da bancada federal de Rondônia, os preços das passagens
aéreas no estado seguem extorsivos e nada foi feito pelas empresas no sentido
de reverter tamanha patifaria *** Neste
final de ano os rondonienses familiares no Norte ou no Sul do País serão alvo
de tarifas elevadíssimas pelas aéreas. Coisa de louco ***No aumento das
passagens também está embutida a privatização do aeroporto local, com taxas
salgadérrimas aos passageiros.
Importantes causas rondonienses não foram para frente nos últimos anos
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