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Carlos Sperança

Perdas na ALE e a Câmara de Vereadores de Porto Velho sob nova direção


Perdas na ALE e a Câmara de Vereadores de Porto Velho sob nova direção - Gente de Opinião

Galinha viva

O Brasil precisa virar a triste página de considerar o governo como se fosse um móvel ou empregado do político eleito. O governo é de todos e o eleito é um escravo dos deveres jurados com a Carta Magna. As Forças Armadas são propriedade do Estado, assim como toda a estrutura de governo e seus recursos humanos, não assessorias para satisfazer caprichos dos políticos.

O novo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, não assumiu apenas uma função de governo, mas, como todos os demais ministros civis e militares, a missão de mudar a mentalidade que considera o Estado instrumento dos desejos de quem vence eleições. A Justiça e o Parlamento têm muita responsabilidade na imposição definitivas, nos termos da Constituição, de jamais permitir que os três Poderes sejam atacados de forma criminosa e sectária, mas para evitar a insurgência antidemocrática o governo precisa se ater rigorosamente aos ditames da sociedade, determinados nas eleições, seguida pela tramitação parlamentar e finalmente pela mediação judiciária.

Fávaro começou bem, considerando a preservação ambiental a galinha dos ovos de ouro da produção agropecuária e propor a repactuação entre o agro e o governo. Até porque a incompreensão polarizada e desinteligente entre as forças econômicas e o governo equivale a torcer o pescoço da pobre galinha e desperdiçar seus ovos.

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Sob nova direção

Na Câmara de Vereadores de Porto Velho, desde dezembro o presidente da mesa diretora é o vereador Marcio Pacele.  Na Assembleia Legislativa o novo presidente da casa de leis é Marcelo Cruz, na Câmara dos Deputados reeleito para presidir o parlamento Arthur Lira (AL), no Senado o rondoniense Rodrigo Pacheco (PSD-MG) foi reeleito. O que muda na política brasileira? Os partidos do chamado “Centrão”, coalizão de legendas de direita segue dando as cartas, como já dava com os ex-presidentes Bolsonaro e Michel Temer - e gestões anteriores – com todos de joelhos para o Congresso.

O clã Carvalho

Com a posse do vice-prefeito de Porto Velho Mauricio Carvalho na Câmara dos Deputados, o clã Carvalho emplaca seu terceiro representante. O primeiro foi o médico Aparício Carvalho, que também foi vice-governador eleito na chapa de Valdir Raupp. Anos depois foi a vez de Mariana Carvalho se eleger com uma expressiva votação e agora a dinastia segue com Mauricio, que já foi presidente da Câmara de Vereadores, um político que amadureceu muito e deverá se tornar um parlamentar produtivo para Rondônia no exercício do mandato nos próximos quatro anos.

Troca-troca

No troca-troca de deputados federais constato baitas perdas para Rondônia. Perdemos um dos parlamentares mais combativos que foi Leo Moraes (Podemos-Porto Velho) – tinha sido o mais votado da sua legislatura – e Mauro Nazif (PSB-Porto Velho), sempre atento as causas do funcionalismo e dos trabalhadores. Foram eleitos cinco novos parlamentares, uma baita renovação, mas ainda aprendizes do oficio, exceto Lebrão (União Brasil-São Francisco), que vai representar a “moralidade” de Rondônia no Congresso Nacional. Por lá vai achar também muitas raposas, ainda mais felpudas.

No Senado

Na bancada do Senado rondoniense temos uma guinada para a extrema direita, com dois ferozes parlamentares bolsonaristas. Marcos Rogério (PL-RO) com mais quatro anos de mandato e o eleito Jaime Bagatolli (PL-RO) que substitui Acir Gurgacz (PDT-RO) que com Confúcio Moura (MDB-RO) representavam a centro-esquerda. Dos senadores rondonienses o grande destaque até hoje, desde os primórdios, foi Amir Lando, que com sua projeção nacional se tornou ministro da Previdência, cargo que nenhum outro rondoniense conseguiu galgar até hoje.

Perdas na ALE

No tocante a Assembleia Legislativa, temos a lamentar a perda de alguns parlamentares bastante produtivos. Lazinho da Fetagro (PSB-Jaru), Ribamar Araújo (PR-Candeias do Jamari), Adelino Follador (PL-Ariquemes). Mas a casa de leis se livrou de Geraldo da Rondônia e alguns cassados pelos seus mal-feitos, o que já é alguma coisa. Ganha muito em renovação, já que temos 13 novos parlamentares e alguns dispostos a mudar a imagem do Poder Legislativo de Rondônia, transformado num criadouro de avestruzes nas últimas legislaturas.

 

Via Direta

*** Depois do ex-prefeito de Ouro Preto do Oeste Carlos Magno para a Secretaria da Agricultura e o ex-deputado Anderson para o Transito, o prefeito de Porto Velho Hildon Chaves deverá anunciar mais reforços para os dois últimos anos da sua administração *** Deixará como legado grandes obras para então em 2026 disputar o governo do estado na sucessão do governador Marcos Rocha como a restauração da Estrada de Ferro Madeira Mamoré e a nova rodoviária*** Com tanta criminalidade, a vida noturna caiu muito na capital rondoniense. Afinal ninguém quer ser assaltado ou ter seu carro roubado *** Em Ji-Paraná, embora com adversários poderosos, como Jesualdo Pires e Laerte Gomes, o prefeito Esaú Fonseca já é considerado favorito na peleja da reeleição pela prefeitura da capital da BR transformada nos últimos anos num canteiro de boas. 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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