Segunda-feira, 31 de maio de 2021 - 08h39
Navegando
na polarização, há fábricas de intrigas e confusões se aproveitando das crises
para vender a suposta “solução fácil” do populismo: entregar muito poder a quem
se propaga como virtuoso e resolutivo. Contra elas, dentro dos governos, nos
parlamentos e na Justiça, levantam-se propostas de consensos: unir e compartilhar
ações em favor dos que mais sofrem.
A
questão é identificar quais seriam os consensos. Provavelmente o consenso maior
é que a via brasileira para o desenvolvimento é a bioeconomia. Um projeto
nacional tendo a bioeconomia como carro-chefe ainda esbarra nas intrigas e
confusões, mas tem um grande potencial para debate respeitoso e produtivo. Além
disso, cabem consensos imediatos, dos quais a recente Carta do Turismo é um
valioso exemplo a seguir.
Assinada
em Boa Vista (RR) durante o I Simpósio de Pesca Esportiva, a Carta une os sete
estados com porções da grande floresta e consagra as Rotas Amazônicas
Integradas.
O
foco na pesca é importante por uma penca de motivos. Sair em busca de peixes é
uma atividade profundamente marcada no espírito humano e na história. Para os
povos da floresta, uma atividade que ainda hoje faz parte de seu cotidiano.
Seja para a pesca esportiva, negócios ou lazer, a estrutura é basicamente a
mesma. As Rotas serão peixes fáceis de vender nos mercados mundiais ansiosos
pela superação de tantas intrigas e confusões.
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A movimentação
A
movimentação intensa do atual presidente da Assembleia Legislativa Alex Redano (Republicanos
–Ariquemes) pelo interior do estado sinaliza conforme os adversários, a busca
de voos mais altos na eleição do ano que vem. Nos meios políticos já se admite
a possibilidade de Redano, liderança emergente no Vale do Jamari, disputar uma
cadeira ao Senado. Para tanto teria o apoio de vários prefeitos e deputados
estaduais. As articulações estão em andamento e a maior motivação seria o equilíbrio
de forças, já que não tem político bicho papão ao Senado.
Em decadência
As asas
crescidas de Redano têm razão de ser já que antigas lideranças estaduais estão
em franca decadência, casos de Expedito Junior (PSDB), do próprio ex-governador
e ex-senador Valdir Raupp (MDB). E a pulverização de votos entre tantos candidatos
“macacos velhos” também ajudaria Redano, principalmente se ele fizer o dever de
casa no Vale do Jamari, região de maior densidade de eleitores do estado
atualmente com seus 12 municípios. Ariquemes e região são unidas e já projetaram
senadores como Ernandes Amorim e atualmente Confúcio Moura.
Bicho-papão
Se
não tem bicho papão na disputa ao Senado, já se tratando da peleja ao governo
de Rondônia, existe um bem vitaminado. Trata-se do ex-governador Ivo Cassol
(PP-Rolim de Moura), que já foi eleito e reeleito, sempre com grandes votações
e deixou uma herança administrativa consistente ao sucessor Confúcio Moura
(MDB), atualmente ocupando cadeira no Senado. Derrotar um predador com garras
tão afiadas, é um desafio para o governador Marcos Rocha (sem partido), ao
senador Marcos Rogério (DEM), ao prefeito Hildon Chaves (PSDB) entre outros eventuais
adversários.
Culpa em cartório?
A
maioria dos governadores brasileiros foge da CPI da Covid, como o diabo foge da
cruz e vampiros das tranças de alhos. Por isso 18 deles, muitos alvos de
processos de impeachment, estão recorrendo ao Supremo, alegando certos
dispositivos constitucionais, para não atender os pedidos de convocação. Como
quem não deve não teme e muitos deles realmente têm culpa em cartório nos
esquemas financeiros denunciados na compra de equipamentos de hospitais e
demais insumos para o combate ao coronavirus ninguém quer a CPI. É golpe para
todo lado, superfaturamento que não acaba.
Ninho da Covid
As dependências
da Assembleia Legislativa de Rondônia foram um dos maiores ninhos do
coronavirus em Porto Velho neste primeiro ano da pandemia. Dezenas de
funcionários contraíram a doença e tantos deles morreram. A peste também
atingiu quase a metade dos deputados estaduais, mas nenhum veio a óbito,
mostrando que a imunidade dos parlamentares estava em dia. O último parlamentar
a contrair a doença foi Luizinho Goebel (PV-Vilhena), líder do governo Marcos
Rocha (sem partido) no Poder Legislativo estadual.
Via Direta
*** Com a crise hídrica estabelecida nos
estados do sul e sudeste temos aumento no preço da energia já neste mês de
junho. Vamos pagar o pato aqui no Norte pela falta de chuvas no sul do país ***As lojas de
confecções e sapatos continuam reclamando na queda das vendas em Porto velho *** Apenas aquelas lojas com preços populares estão sobrevivendo
a crise provocada pela pandemia do coronavirus *** Quase dois terços da Câmara e Vereadores da capital entram na disputa
por cadeiras a Assembleia Legislativa no ano que vem *** Nomes competitivos já estão em campo, desde Edwaldo Negreiros, Alex
Palitot, Elis Regina, Fogação, entre outros *** A Energisa, através das
suas terceirizadas, está examinando os aparelhos de medição de energia de casa
em casa para evitar fraudes, os chamados “gatos”. E tem muito por aí...
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