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Carlos Sperança

Pipocam crises e o favoritismo para as corridas as prefeituras


Pipocam crises e o favoritismo para as corridas as prefeituras - Gente de Opinião

Traçando o futuro

Os melhores e mais rápidos resultados vêm de uma infraestrutura precedente que evita erros, elimina excessos, seleciona ferramentas e qualifica pessoas. No caso da bioeconomia, duas providências recentes contribuem para acelerar a complementação da estrutura necessária.

A primeira está relacionada ao estudo do clima, base para um bom futuro: o novo módulo científico para a coleta de dados ambientais na Antártica, o Criosfera 2, instalado em janeiro, ajuda a melhorar os modelos de previsão e cenários de mudanças do clima. Segundo o pesquisador Jefferson Simões, ele se integra a uma rede de dados ambientais entre a Amazônia e a Antártica, investigando as origens e a intensificação de eventos extremos de precipitação, ondas de calor e frio e estiagens.

Outra providência elementar pode nem parecer, por conta do nome técnico – Centro de Ciência Translacional e Desenvolvimento de Biofármacos –, mas é ouro puro: vai multiplicar a oferta desses produtos, com mercado potencial de US$ 300 bilhões e papel estratégico na segurança nacional.

“Quem produz vacinas atende primeiro seus interesses nacionais e de seus amigos; depois outros compradores”, segundo Marco Antônio Zago, da Fapesp. Sendo a bioeconomia o caminho brasileiro para o desenvolvimento, o controle do clima e a fabricação de produtos de alto valor fazem excelente combinação.

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Pipocam crises

O União Brasil tem crise para todo lado. No Rio de Janeiro, com vários deputados federais e uma ministra pulando fora do barco, também existe divisionismo no Mato Grosso do Sul e não demoram as defecções em Rondônia já que o partido tem três pretendentes a disputa da prefeitura de Porto Velho e somente um nome terá as bênçãos do governador Marcos Rocha. Os nomes preteridos podem cair fora apoiando adversários governistas ou procurar legendas que aceitem suas candidaturas. Ao mais tardar em meados do ano que vem a encrenca se acentua.

Controle partidário

Para não ter problemas para assumir suas postulações os candidatos precisam ter controle dos diretório municipais, não havendo esta condição estão sujeitos a serem apunhalados pelo partido. Alguns prefeituraveis tem o comando, casos de Mauro Nazif que tem controle do PSB, Pimenta de Rondônia, do PSOL, Ramon Cujui do PT, Leo Moraes (Podemos). Não são os casos de. Fernando Máximo (União Brasil), Mariana Carvalho (Republicanos), Cristiane Lopes (União Brasil), Willians Pimentel (MDB), que serão obrigados a bater chapa em convenções ou até mesmo trocar de legenda para poder se candidatar.

O favoritismo

Os recordistas de votos a Camara dos Deputados na Amazonia vão assumindo favoritismo para as corridas as prefeituras dos seus estados. São os casos de Armon Mandel (Cidadania-AM) e Fernando Máximo (União Brasil-RO). Em Manaus, Mandel supera às intenções de votos contra o atual prefeito David Almeida, enquanto em Porto Velho, Máximo já tem a ponteira, tendo como seus principais seguidores Leo Moraes (Podemos) e Mariana Carvalho (Progressistas). Tanto em Porto Velho como em Manaus são comuns as viradas, mas as gerações de políticos mais jovens estão levando vantagens sobre os “macacos velhos”.

Os bens cotados

No interior do estado, existem nomes bem cotados a reeleição, mesmo com adversários poderosos. São os casos de Carla Redano (Ariquemes), Esaú Fonseca (Ji-Paraná), Fúria (Cacoal). Em Ariquemes, apenas Thiago Flores teria condições de fazer frente ao clã Redano. Já, em Ji-Paraná   Esaú Fonseca (União Brasil) tem a concorrência do ex-prefeito Jesualdo Pires (PSB), do deputado estadual Laerte Gomes (PSD). Em Cacoal, Fúria nada de braçadas para a reeleição. Até agora não surgiu um nome mais forte para tirá-lo do poleiro.

 As paliçadas

O senador Jaime Bagatolli (PL-RO)  novo presidente estadual do PL tem dois desafios durante 2023: reforçar as paliçadas do partido nos principais polos regionais – casos de Porto Velho, Ariquemes, Ji-Paraná e Vilhena- e manter na legenda o senador Marcos Rogério que foi chutado do comando do partido e mantém algum ressentimento pela machadada recebida. Os Bolsonaros querem Bagatoli ao governo estadual e Marcos Rogério a reeleição ao Senado, invertendo a dobradinha que ocorreu em 2022.

Via Direta

*** Com a nomeação de Fabricio Jurado para a presidência do Diretório Estadual do PSDB acabam as esperanças do ex-prefeito José Guedes de assumir o partido em Rondônia *** Prevaleceu o prestigio do prefeito Hildon Chaves, que mesmo filiado ao União Brasil, detém o controle da legenda dos tucanos no estado *** A expectativa dos pecuaristas rondonienses e de uma recuperação no preço da arroba bovina em vista da retomada das importações da China, principal comprador da carne bovina, de soja e milho do Brasil *** Perspectiva de um grande 2023 para Porto Velho: a entrada em funcionamento do Complexo da Estrada  de Ferro Madeira Mamoré e o início da construção da nova rodoviária da capital rondoniense *** Mas falta melhorar a saúde e a segurança, setores essenciais para a população.  

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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