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Carlos Sperança

Ponte binacional para o ano que vem é papo furado


Ponte binacional para o ano que vem é papo furado - Gente de Opinião

CPIs e reformas

Quando não havia liberdade de imprensa nem redes sociais, uma CPI era um espetáculo político e midiático. Uma ampla lavagem de roupa suja e limpeza dos cantos mais escuros, protegidos pelo regime autoritário. Poucas chegaram a resultados de fato conclusivos. Com a redemocratização e a internet, as CPIs só reproduzem o que já foi digerido pela sociedade e com a polarização se perdem em bate-bocas e troca de insultos. Show em que pessoas adultas que se orgulham de ser cristãs revelam comportamentos raivosos e infantis em cenas desmoralizantes.

Hoje, as reformas têm o peso das antigas CPIs, mas só algumas emplacam, adquirindo celeridade, como a da Previdência. Outras ficam para trás, entregue a grupos de trabalho à espera de que se resolvam por si mesmas. A mais encalacrada é a tributária, porque todos a desejam, mas nem sempre pelos mesmos motivos.

A intenção do cidadão e empresas é pagar menos, porque sentem a asfixia de uma carga além do suportável.  O interesse do governo é arrecadar mais, fator indispensável ao sucesso do “arcabouço”. Para a Amazônia, incentivos à bioeconomia são uma bandeira gigante. Ao Estado nacional, interessa um sistema tributário capaz de ser entendido sem precisar de doutorado ou pós-graduação em Economia para esmiuçar suas complicações. Se a gritaria das CPIs não atrapalhar, talvez o Congresso consiga chegar a um mix razoável das quatro intenções.

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Sem Bolsonaro

As lideranças políticas ligadas ao bolsonarismo na esfera nacional não acreditam na possibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro, caso consiga manter sua elegibilidade, dispute uma cadeira ao Senado em Rondônia. Na perdendo a elegibilidade, acreditam que será mesmo o candidato a presidência numa revanche com Lula. Mesmo assim a peleja ao Senado terá os dois senadores, Marcos Rogério (PL-Ji-Paraná) e Confúcio Moura (MDB-Ariquemes) a reeleição e o governador Marcos Rocha (União Brasil-Porto Velho), além da ex-deputada federal Mariana Carvalho (Progressistas). Serão duas cadeiras em disputa.

Papo furado

Até se fala em licitação da ponte binacional para o ano que vem. As estatísticas do Dnitt  e do governo federal tradicionalmente são furadas. Vejam obras federais como a dragagem do Rio Madeira, a usina hidrelétrica de Tabajara em Machadinho do Oeste, sem previsões sobre a recuperação de rodovias, o cogitado um braço ferroviário integrando Rondônia a Ferrovia Norte Sul. As barreiras de contenção no Rio Madeira, prometidas em 2014 até hoje não foram cumpridas pela esfera federal. Enfim, não custa animar a população de Guajará, que não vê também nem a esperada Usina Hidrelétrica da Cachoeira Esperanza ir em frente.

Esforços políticos

Até são elogiáveis os esforços da classe política rondoniense, com audiências públicas em Brasília e no estado, visando a construção da ponte binacional em Guajará Mirim, sobre o Rio Mamoré, na fronteira com a Bolívia. No entanto, não existem recursos do orçamento da união para a obra e tampouco o Dnitt dá conta sequer de restaurar as rodovias federais no estado danificadas pela estação das chuvas. Vejam a situação da BR 319, que liga Porto Velho a Manaus, intransitável no trecho amazonense, com duas pontes que ruíram, com entraves ambientais, etc.

Segurança escolar

Oportuna a audiência pública que será realizada na Assembleia Legislativa de Rondônia nesta quinta-feira tratando da segurança escolar. Existe um clima de pavor entre os estudantes com tantos fakes a respeito de invasões criminosas de estabelecimentos de ensino e muitas crianças tem relatado aos pais que temem comparecer as salas de aulas em vista da situação reinante. Algumas providências têm sido tomadas para controlar a situação como propostas da patrulha escolar, muros levantados, vigilância armada e até a instalação de detectores de metais nas entradas dos colégios municipais e estaduais em Porto Velho.

Cidade de mutilados

Com tantos acidentes violentos de transito, Porto Velho está se transformando numa cidade de mutilados. São centenas de pessoas em busca de cirurgias de ossos quebrados e de equipamentos ortopédicos. Acredita-se que no famigerado Pronto Socorro João Paulo II mais de dois terços dos pacientes com seus traumatismos são oriundos de acidentes nas ruas da capital rondoniense. A população clama também pelas cirurgias eletivas, defasadas tanto na capital como no interior do estado. A situação da saúde no estado está colapsada há muito tempo.

Via Direta

***Alguns deputados estaduais estão se unindo para pedir a cabeça do secretário de saúde do governo Marcos Rocha e sendo possível indicar o substituto *** Logo agora que o governo estadual está iniciando as obras do Heuro, a maior obra da saúde nos próximos anos *** O processo da sucessão municipal em Porto Velho já está em andamento. O favorito, Fernando Máximo (União Brasil) já levando bordoadas dos adversários *** Não é de a conveniência de Máximo antecipar esta campanha, quando mais cedo colocar a cabeça fora da toca, mais pauladas vai receber *** O terminal rodoviário provisório na região portuária já está causando impactos no transito e mais movimento no comercio daquela região.                  

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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