Quarta-feira, 26 de abril de 2023 - 08h26
Quando
não havia liberdade de imprensa nem redes sociais, uma CPI era um espetáculo
político e midiático. Uma ampla lavagem de roupa suja e limpeza dos cantos mais
escuros, protegidos pelo regime autoritário. Poucas chegaram a resultados de
fato conclusivos. Com a redemocratização e a internet, as CPIs só reproduzem o
que já foi digerido pela sociedade e com a polarização se perdem em bate-bocas
e troca de insultos. Show em que pessoas adultas que se orgulham de ser cristãs
revelam comportamentos raivosos e infantis em cenas desmoralizantes.
Hoje,
as reformas têm o peso das antigas CPIs, mas só algumas emplacam, adquirindo
celeridade, como a da Previdência. Outras ficam para trás, entregue a grupos de
trabalho à espera de que se resolvam por si mesmas. A mais encalacrada é a
tributária, porque todos a desejam, mas nem sempre pelos mesmos motivos.
A
intenção do cidadão e empresas é pagar menos, porque sentem a asfixia de uma
carga além do suportável. O interesse do
governo é arrecadar mais, fator indispensável ao sucesso do “arcabouço”. Para a
Amazônia, incentivos à bioeconomia são uma bandeira gigante. Ao Estado nacional,
interessa um sistema tributário capaz de ser entendido sem precisar de
doutorado ou pós-graduação em Economia para esmiuçar suas complicações. Se a gritaria
das CPIs não atrapalhar, talvez o Congresso consiga chegar a um mix razoável
das quatro intenções.
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Sem Bolsonaro
As
lideranças políticas ligadas ao bolsonarismo na esfera nacional não acreditam
na possibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro, caso consiga manter sua
elegibilidade, dispute uma cadeira ao Senado em Rondônia. Na perdendo a elegibilidade,
acreditam que será mesmo o candidato a presidência numa revanche com Lula.
Mesmo assim a peleja ao Senado terá os dois senadores, Marcos Rogério
(PL-Ji-Paraná) e Confúcio Moura (MDB-Ariquemes) a reeleição e o governador
Marcos Rocha (União Brasil-Porto Velho), além da ex-deputada federal Mariana
Carvalho (Progressistas). Serão duas cadeiras em disputa.
Papo furado
Até
se fala em licitação da ponte binacional para o ano que vem. As estatísticas do
Dnitt e do governo federal tradicionalmente
são furadas. Vejam obras federais como a dragagem do Rio Madeira, a usina hidrelétrica
de Tabajara em Machadinho do Oeste, sem previsões sobre a recuperação de
rodovias, o cogitado um braço ferroviário integrando Rondônia a Ferrovia Norte
Sul. As barreiras de contenção no Rio Madeira, prometidas em 2014 até hoje não
foram cumpridas pela esfera federal. Enfim, não custa animar a população de
Guajará, que não vê também nem a esperada Usina Hidrelétrica da Cachoeira
Esperanza ir em frente.
Esforços políticos
Até
são elogiáveis os esforços da classe política rondoniense, com audiências públicas
em Brasília e no estado, visando a construção da ponte binacional em Guajará
Mirim, sobre o Rio Mamoré, na fronteira com a Bolívia. No entanto, não existem
recursos do orçamento da união para a obra e tampouco o Dnitt dá conta sequer
de restaurar as rodovias federais no estado danificadas pela estação das
chuvas. Vejam a situação da BR 319, que liga Porto Velho a Manaus, intransitável
no trecho amazonense, com duas pontes que ruíram, com entraves ambientais, etc.
Segurança escolar
Oportuna
a audiência pública que será realizada na Assembleia Legislativa de Rondônia
nesta quinta-feira tratando da segurança escolar. Existe um clima de pavor
entre os estudantes com tantos fakes a respeito de invasões criminosas de
estabelecimentos de ensino e muitas crianças tem relatado aos pais que temem
comparecer as salas de aulas em vista da situação reinante. Algumas
providências têm sido tomadas para controlar a situação como propostas da patrulha
escolar, muros levantados, vigilância armada e até a instalação de detectores de
metais nas entradas dos colégios municipais e estaduais em Porto Velho.
Cidade de mutilados
Com
tantos acidentes violentos de transito, Porto Velho está se transformando numa
cidade de mutilados. São centenas de pessoas em busca de cirurgias de ossos
quebrados e de equipamentos ortopédicos. Acredita-se que no famigerado Pronto Socorro
João Paulo II mais de dois terços dos pacientes com seus traumatismos são
oriundos de acidentes nas ruas da capital rondoniense. A população clama também
pelas cirurgias eletivas, defasadas tanto na capital como no interior do
estado. A situação da saúde no estado está colapsada há muito tempo.
Via Direta
***Alguns deputados
estaduais estão se unindo para pedir a cabeça do secretário de saúde do governo
Marcos Rocha e sendo possível indicar o substituto *** Logo agora que o
governo estadual está iniciando as obras do Heuro, a maior obra da saúde nos
próximos anos *** O processo da sucessão
municipal em Porto Velho já está em andamento. O favorito, Fernando Máximo (União
Brasil) já levando bordoadas dos adversários *** Não é de a conveniência de
Máximo antecipar esta campanha, quando mais cedo colocar a cabeça fora da toca,
mais pauladas vai receber *** O terminal
rodoviário provisório na região portuária já está causando impactos no transito
e mais movimento no comercio daquela região.
O governo de Rondônia está rachado como uma melancia em pedaços
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