Segunda-feira, 20 de maio de 2024 - 07h55
Com
base na definição do caráter do desmatamento na Amazônia – resultado da relação
entre fatores macroeconômicos, da governança ambiental e da vulnerabilidade das
áreas de vegetação nativa –, pesquisadores do Instituto de Pesquisa Ambiental
da Amazônia e o Banco Mundial criaram uma plataforma com a intenção de prever o
risco de desmatamento e estimar as áreas a ser futuramente desmatadas.
A
lógica do novo oráculo ambiental é a mesma que manda ficar de olho em Joãozinho
se ele é o menino que mais apanha na escola. No caso da plataforma, fatores
macroeconômicos permitem estimar a quantidade de desmatamento esperada. Os de
governança e vulnerabilidade servem para estimar o local com maior risco. A
chave da ferramenta é orientar políticas públicas e iniciativas privadas para reduzir
a devastação.
As novas
formas de prevenção de tragédias ambientais e humanitárias resultam de avanços
tecnológicos e da acumulação de conhecimentos sobre a floresta. Cruzar dados é
fundamental, nesse caso, porque não existe uma só pessoa, sábio ou instituição
que possa pretender possuir todo o conhecimento sobre a Amazônia. Há muita
informação acumulada em áreas específicas e pesquisas aprofundadas sobre um
aspecto ou outro, mas o conhecimento mais geral sobre a floresta não poderá ser
obtido sem o cruzamento de informações.
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A opção de Ivo
Já
considerando o ex-governador Confúcio Moura (MDB) fora do páreo para disputar o
governo estadual em 2026 – El Carecon só melhora suas chances se Lula decolar até
lá – o ex-governador Ivo Cassol (PP) está escolhendo alguém para polarizar –e
caçar encrenca desde já –para as eleições que vão suceder o atual governador
Marcos Rocha. Cassol espera estar livre em condições de elegibilidade ainda
neste ano e tão otimista já se lança a peleja 2026. O escolhido para levar
cacete desde já, e considerado adversário é o atual prefeito Hildon Chaves
(PSDB), bem projetado nos últimos anos.
Faro político
Porque
Ivo teria eleito o tucano Hildon Chaves, como principal adversário? Alguns
motivos, Hildão arrebanhou vários ex-aliados de Cassol, de Carlos Magno a
Expedito e muitas lideranças cassolistas no interior. O segundo ponto é que o
atual prefeito de Porto Velho anda de asas crescidas e vem numa baita crescente
com sua atual administração e portanto, estas asas precisam ser aparadas. Por
último, Hildon é o nome mais ventilado na capital e já no interior em condições
de fazer frente ao cassolismo que deu uma fraquejada nos últimos anos, com a direita
evidenciando novas lideranças no estado.
Mote cassolista
Com
um faro político invejável, Ivo percebeu que existe espaço para fazer oposição
ao atual prefeito de Porto Velho e que aquela história de 85 por cento de sua
popularidade não existe. Mesmo assim, é muito elevada a aceitação de Hildon, e
Ivo precisa baixar este índice para a futura disputa, por isto taca-lhe o pau
no alcaide desde já! Escolheu como mote certeiro as alagações, fala que Hildão
asfalta sem fazer drenagem, aproveitando os incômodos causados pelo diluvio
ocorrido recentemente na Vila Sapo (Três Marias). Jogo de estratégia, até agora
acertado e Hildon precisa ficar atento desde já aos movimentos deste futuro adversário.
Jogo de cena
O
caro aldeão de Porto Velho, o cara-pálida do interior, mesmo com as atenções
voltadas as eleições municipais de outubro, também percebe as movimentações no
tabuleiro para 2026.Ivo mexe suas peças. Ataca Hildon, mas preserva o governador
Marcos Rocha. Isto tem razão de ser: primeiro porque Rocha é possível candidato
ao Senado, por conseguinte não é concorrente, segundo porque precisa fingir que
brigou com a mana Jaqueline para que o PP não perder o secretário da Agricultura.
Por conveniência, num jogo de encenação, Marcos Rocha também finge que acredita
na briga dos manos Cassol pelo comando do PP rondoniense.
No interior
Se
na capital, Ivo concentra as atenções em Hildon Chaves, no interior se prepara
para bombardear o senador Jaime Bagatolli (PL), possível candidato a governador
em 2026 numa faixa de votos semelhante à do ex-governador. Bagatoli é o nome
ungido do ex-presidente Jair Bolsonaro para disputar o CPA Rio Madeira em 2026,
tendo como seu candidato ao Senado, Marcos Rogério a reeleição. Três blocos se armando
em dobradinhas: o de Cassol com Silvia Cristina ao Senado, de Hildon Chaves com
Marcos Rocha ao Senado, e Bagatolli com Marcos Rogério ao Senado.
Via Direta
***Tem
muito governador enrolado com a justiça, seja por superfaturamento ou por
crimes eleitorais, Entre eles, dois na região amazônica: Antônio Denariun (Roraima)
e Gladson Cameli (Acre) *** Outro com a vida
complicada, é Claudio Castro, no Rio de Janeiro. Por coincidência, todos bolsonaritas
raiz. Alguns governadores se desenrolaram com a justiça, casos de Wilson Lima,
do Amazonas e Marcos Rocha, de Rondônia*** Ambos estão livres das amarras da justiça e em condições de disputar o Senado em 2026,
se por ventura quiserem*** Deu a largada
para a Rondônia Rural Show. Ji-Paraná concentrando todas as atenções dos
políticos rondonienses na capital da BR.
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