Quarta-feira, 6 de março de 2024 - 08h10
A
polarização “ideológica” foi uma página infeliz da história brasileira. Ela
quase arruinou o país, mas foi contida pela sabedoria dos chefes militares, que
no estudo da História aprenderam que “quando a política entra pela porta de um
quartel a disciplina sai pela outra” e evitaram a desagregação das forças.
Pela
parte civil, a sabedoria vem da Constituição, na forma dos pesos e contrapesos criados
para evitar que um poder exorbite sobre os outros. Ao Executivo cabe propor e
executar, em harmonia com os outros dois poderes. Ao Judiciário cabe julgar,
com qualquer exorbitância de ambos contida pelo Poder Legislativo por meio de leis
corretivas. Da mesma forma, o Judiciário corta pela raiz as exorbitâncias dos
outros dois poderes.
Liquidada
a tentativa de arruinar as instituições brasileiras, resta a polarização
saudável das eleições municipais, em que os partidos voltados aos problemas
reais das populações locais vão apresentar suas propostas, debatê-las, confrontá-las
e esperar do eleitorado a sabedoria para escolher quem de fato trata dos
problemas locais, isolando os pescadores de águas turvas, que apostam no rancor
e no ódio para dividir os brasileiros.
Há
grandes problemas a resolver nas cidades e só insanos vão ignorá-los perdendo
tempo com tolas ideias golpistas, vandálicas ou radicais. No mais, que os
culpados sejam punidos e a vida siga, não importa se usam farda, terno, toga,
batina ou pijama.
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Eleições 2024
Estamos
a menos de cinco meses para o início das convenções partidárias que vão homologar
as candidaturas de prefeito, vice, bem como das chapas para a disputa das 23
cadeiras à Câmara de Vereadores em Porto Velho. Nos bastidores as conversações
avançam, as costuras prosperam, mas o que se vê é ainda é um clima de
indefinições. Nos bastidores temos uma corrida pela disputa de cargos de vice
de Mariana Carvalho (Progressistas) e Fernando Máximo (União Brasil), considerados
inicialmente nomes polarizadores na peleja 2024.
Tutela prejudicial
Estamos
na pior. Esta história do terminal fluvial de Porto Velho ser tutelado por
organismos do Amazonas (Marinha e Dnitt) está causando graves prejuízos ao
terminal fluvial do Porto do Cai N’Água castigado com tantos atrasos nas obras
de reparos. Não existe nem prazo para a reabertura e a população ribeirinha
reclama das más condições portuárias, tanto para viagens aos distritos, como
para as cidades do Amazonas. O chororô é grande também nos barcos de turismo e
dos pescadores, sem contar dos usuários com o acesso precário nas rampas das
embarcações. Situação que piora nos dias de chuvas.
Terminais fluviais
Enquanto
Porto Velho é tratado como colônia pelos organismos federais na questão portuária,
o Estado do Amazonas está instalando terminais fluviais até nas comunidades
indígenas. Mais de 30 já foram inauguradas visando fortalecer o turismo naquele
estado. Uma boa ideia para o governo de Rondônia, já que o turismo local ainda
está engatinhando e as tribos rondonienses tem muito a oferecer aos turistas,
seja em passeios nas matas, nos rios, tendo a sua própria culinária como um dos
atrativos. Como se sabe o turismo fortalece a economia, gera imposto e renda.
A minirreforma
Vem
aí mais uma minirreforma eleitoral para atender as conveniências da classe política
brasileira que volta e meia vira tudo de cabeça para baixo. Tudo só valeria a partir
das eleições de 2026, proibindo a reeleição de presidentes, governadores e prefeitos,
instalando uma quarentena para os militares disputarem cargos eletivos, etc.,
etc. As mudanças entram em discussão no Congresso Nacional ainda neste primeiro
semestre e tem apoio do presidente do Senado Rodrigo Pacheco e de expressivas
lideranças partidárias tanto na Câmara dos Deputados como no Senado da República.
Vamos ver no que vai dar.
Casas populares
Assim
como Porto Velho, no flagelo da enchente histórica de 2014, clamou por inúmeras
demandas para as esferas federais, incluindo casas populares em vista de dezenas
destruídas pelas chuvas daquele ano, o vizinho Acre urra apelando por ajuda. O
histórico do governo federal, seja à esquerda ou à direita é de prometer ajuda
no momento difícil, tem a liberação de alguns recursos e posteriormente esquece
as tragédias ambientais. Porto Velho está esperando, 10 anos depois, ajuda para
as barreiras de contenção na orla do Rio Madeira, a reconstrução dos seus
distritos e alteamento de ruas e avenidas invadidas pelas águas.
Via Direta
*** Chegou a chamada janela partidária,
permitindo a troca de partidos pelos parlamentares visando acomodações para as
eleições municipais de 6 de outubro *** Em Porto Velho alguns parlamentares estão
ensaiando mudanças ao serem preteridos nos seus partidos nas disputas deste ano
*** Temos andando uma nova mobilização
para a emancipação de distritos em Rondônia mas é uma bandeira que vai depender
muito de alterações constitucionais no Congresso Nacional *** E para as
eleições deste ano as autonomias sonhadas já estão descartadas *** Quem diria que a Amazônia sofreria
tanto com as mudanças climáticas? AC, AM, RR e RO já no olho do furacão em
2024.
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