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Carlos Sperança

Porto Velho enfrenta neste final de ano um verdadeiro caos aéreo


Porto Velho enfrenta neste final de ano um verdadeiro caos aéreo - Gente de Opinião

Ciência x ciência

O negacionismo assumiu uma face nova: não nega mais o aquecimento global, mas intervém no debate sobre a exploração do petróleo em quatro bacias sedimentares entre o Rio Grande do Norte e o Amapá. A polêmica está em explorar ou não uma região supostamente caracterizada pela presença de preciosos corais, repletos de vida e biodiversidade. Com o Greenpeace à frente, ongs ambientalistas sustentam que os corais, tidos por muitas décadas como inexistentes na área, não só existem como têm a chancela de 38 pesquisadores de 12 instituições, dentre as quais a Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Petróleo finito, ainda de volume incerto e viabilidade a avaliar, poderia ser perfeitamente substituído pelo estímulo à ampliação da oferta energética por fontes renováveis. Há, entretanto, algo a destacar quanto à negação de que os corais não existem e seriam meras algas mortas: elas também são emitidas por cientistas, e não apenas por iludidos repassadores de fake news.

No duelo entre as duas posições, o governo federal, dividido em diversas alas, fica entre investir previstos US$ 3 bilhões nessa região até 2027 ou usar esses recursos para projetos menos espinhosos. Fica a resolver se novas fontes de energia podem compensar rapidamente o eventual veto à exploração do óleo negro na região contestada. Ou se antes de essa arrastada polêmica terminar virá a declaração final de que a era do petróleo acabou.

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Caos aéreo

Porto Velho enfrenta neste final de ano um verdadeiro caos aéreo. Quem compra passagem antecipada está ameaçado de não viajar e mesmo pagando a volta esta arriscado de não embarcar. As empresas aéreas estão vendendo mais assentos do que podem e não cumprindo com suas obrigações com os passageiros. Portanto todo cuidado é pouco, pois além de tarifas astronômicas, o portovelhense corre o risco de ser caloteado nas férias deste final de ano. As mudanças na malha aérea pelas empresas só vieram a piorar a situação e os prejudicados ficam sem a recorrer, pois nossas autoridades não tem pulso para agir contra as arbitrariedades.

Na fronteira

O Batalhão de Fronteira de Rondônia comemorou quatro anos de instalação mas precisa ser bem mais reforçado para enfrentar os 1.300 quilômetros de divisa com a Bolívia, onde o tráfico de drogas tomou conta, onde reina o contrabando, onde passam armas  pesadas para os grandes centros. Não bastando, o espaço aéreo no Vale do Guaporé é tomado por pequenas aeronaves transportando cocaína, além de drones ultramodernos utilizados pelos cartéis bolivianos, aliados aos traficantes brasileiros onde pequenos sítios abrigam pistas de pouso clandestinas.

A reeleição

Como já era esperado, o presidente do Sindler, o Sindicato dos Servidores dos Legislativos, Mirin Luis Brito, foi reeleito para mais um mandato na entidade, com mais de 70 por cento dos votos dos filiados, mostrando a aprovação da atual diretoria perante a classe, depois de tantos benefícios obtidos nos últimos anos. Mirin é uma liderança sindical ascendente e já é sondado pelos partidos políticos para uma candidatura a vereança no ano que vem. Agindo mineiramente, por enquanto, não aceitou nenhum convite, mas pela proximidade com os deputados Marcelo Cruz e Jean de Oliveira a quem tem sido grato pelo apoio recebido, também não descarta a possibilidade.

Tratado de Petrópolis

Na semana passada, foi lembrado com sessão na Câmara dos Deputados, os 120 aos do Tratado de Petrópolis, um acordo entre a Bolívia e o Brasil, que ratificou oficialmente a anexação do estado do Acre ao nosso pais, tomado heroicamente por seringueiros dos bolivianos e de multinacionais estadunidenses. Parte do acordo foi cumprido com a estrada de Ferro Madeira Mamoré, hoje desativada. E outra parte do tratado ainda será cumprido agora com a contrapartida da ponte binacional que será construída em Guajará Mirim, ligando Rondônia ao país vizinho, fomentando os negócios entre os dois países.

Tutela acreana

O Acre, como se sabe, se tornou estado dez anos antes do que Rondônia. Durante o período de território federal, Rondônia foi tutelado pelo Acre e a maioria das coisas era decidida por lá. As decisões trabalhistas e de outras esferas federais eram decididas por lá. Com o tempo, a população e Rondônia superou a do Acre e se tornou independente da tutela, principalmente com a transformação do território em estado em 1981. Mesmo assim tivemos o conflito do Abunã, onde os acreanos reivindicavam a posse dos distritos de Nova Califórnia, Extrema, Vista Alegre e Fortaleza do Abunã, uma epopeia vencida por Rondônia com esforços diplomáticos.

Os entendimentos

Começam os entendimentos entre as lideranças visando as eleições municipais do ano que vem. Candidatos do segundo pelotão, como Vinicius Miguel (PSB), ex-conselheiro Bene (PSD), Pimenta de Rondônia (PSOL) também estão na área buscando reforçar suas paliçadas para o pleito de 2024.A eleição de outubro marcará um verdadeiro recorde de candidaturas em Porto Velho, com nomes fortes da estatura de Mariana Carvalho (Republicanos), Leo Moraes (Podemos), deputado federal Fernando Máximo (União Brasil), deputado Marcelo Cruz (Patriota), deputada federal Cristiane Lopes (União Brasil). O PL também anunciou candidatura própria (ainda indefinida) e o PSDB projeta o nome de Fabricio Jurado.

Via Direta

*** Já na largada para a sucessão do prefeito Hildon Chaves o cenário político de Porto Velho sofre mudanças com alianças inesperadas *** O Dnitt vai acelerando a dragagem do Rio Madeira, já quase na altura no Rio Amazonas retirando areia, terra, e entulhos visando garantir segurança na navegação da hidrovia do madeira *** Com o início do inverno amazônico, a nossa estação as chuvas, os rios da região começam a se recuperar depois de uma estiagem severa causando enormes prejuízos a economia regional ***  Existe um grande temor entre os ribeirinhos que depois de seca histórica  de lascar, venha uma cheia do Madeirão, de arrepiar.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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