Terça-feira, 28 de maio de 2024 - 07h24
Prevendo
a invenção da internet e a transformação do mundo em uma “aldeia global”, o filósofo
Marshall McLuhan supôs que as grandes invenções tecnológicas são como extensões
do ser humano. O automóvel, portanto, seria uma extensão dos pés. Da mesma
forma, os satélites são a extensão do olhar humano, permitindo-lhes enxergar
partes do mundo a longas distâncias.
Nessa
lógica, o satélite Amazonia 1, totalmente brasileiro e a serviço do Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), é um dos olhares nacionais mais
precisos sobre uma realidade que não pode mais ser maquiada para parecer bonita
nem negada por quem pretende se desvencilhar das responsabilidades.
O
Amazonia 1, lançado em 2021, comprovou sua importância e necessidade por ocasião
das enchentes no Rio Grande do Sul, traçando imagens reais que não permitem aos
negacionistas qualificá-las de “enchentezinha” ou justificar o desvio de verbas
de ações preventivas para gastos com obras menos necessárias, mas vistosas,
para apoiar a propaganda governamental e pessoal de governantes habituados ao
culto do Eu.
O
pulo do gato desse instrumento destinado a monitorar o meio ambiente e
plantações consiste em tirar fotografias do mesmo local, ao longo do tempo,
historiando a realidade da área. Como o assunto é prevenção, vale dizer que ele
já gastou metade de sua vida útil e em dois anos será preciso substituí-lo.
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Os feminicidios
Como
explicar o fato de Porto Velho ter se transformado numa das capitais campeãs de
feminicidios no País? As ocorrências se sucedem diariamente e exige um estudo
sociológico para entender esta situação. Rondônia é um dos três estados mais evangélicos
do país –ao lado do Rio de Janeiro e Espírito Santo – e tem se comportado como
um estado também muito conservador e machista. A colonização foi desencadeada
com migrantes paranaenses, gaúchos, capixabas, catarinenses, mineiros, baianos,
paraibanos, paraenses, acreanos, cearenses e nordestinos em geral. De onde herdamos
este sentimento de violência contra a mulher, este DNA de feminicidios?
As convenções
Poucas
semanas distantes das convenções partidárias que vão homologar as candidaturas
a prefeitos, vices e vereadores em Porto Velho, e ainda temos um cenário
repleto de indefinições, e portanto, um quadro nebuloso para ser esquadrinhado
pelos analistas. Prevalecem as incertezas, mas é considerado certo que dos 12
pretensos pretendentes ao Prédio do Relógio, sede o Executivo municipal, pelo
menos seis vãos recuar, já que se tratam de nomes que jogam com a possibilidade
de serem indicados vices dos chamados candidatos de ponteira, leia-se Mariana
Carvalho (União Brasil) e Leo Moraes (Podemos).
No interior
Abundam
também as indefinições no interior do estado. Em Ji-Paraná, por exemplo, candidaturas
do porte do ex-prefeito Jesualdo Pires (PSB) ou do deputado estadual Laerte
Gomes (PDS) podem mudar toda configuração do pleito que teve novos nomes lançados,
recentemente. Casos de Ari Saraiva e Afonso da Mabel. Também existe o problema
do principal rival da prefeita Carla Redano (Progressistas) em Ariquemes, o
feroz vereador Rafael Fera considerado inelegível para a eleição a prefeitura
local. Não é o caso de Cacoal onde reina o favoritismo do atual prefeito
Adailton Fúria (PSD).
Piratas do Madeira
Os
piratas que agem no Rio Madeira têm caçado graves prejuízos as distribuidoras
de combustíveis no trajeto Manaus-Porto Velho, uma hidrovia onde os criminosos
ampliaram suas atividades para assaltar passageiros, roubo de eletrônicos e
tantos outras cargas alvo da rapinagem. Na capital de Rondônia, os piratas se
alojam em comunidades onde predominam as
facções do crime organizado, como Orgulho do Madeira, Porto Madero, Morar
Melhor e Cristal Calama. As investigações
também ligam os piratas também ao garimpo ilegal e ao tráfico de drogas.
Triste retorno
Muitos
trabalhadores que migraram de Rondônia para o Rio Grande do Sul nos últimos
dois anos para trabalhar na construção civil, frigoríficos, laticínios, cooperativas
e no segmento carvoeiro, estão voltando ao nosso estado depois de quase um mês de
enchentes. Os primeiros que desembarcaram no interior na semana passada
relataram as dificuldades pós-tragédia depois de perderem tudo o que tinham e
vivenciar dias sofridos com o evento das águas e o frio do inverno que chegou
valendo. É a mudança climática causando transtornos para todo o país.
Via Direta
*** O Rio Madeira em Porto Velho está
baixando rapidamente sinalizando uma estiagem severa na região neste verão
amazônico. Os mesmos indicativos de seca severa existem também para os estados
vizinhos, Acre e Amazonas *** Sempre que visita a Assembleia Legislativa o deputado Hermínio
Coelho, ex-presidente da casa de leis é recebido efusivamente pelos servidores.
Foi o dirigente do Poder Legislativo que mais atuou pelas causas da categoria *** Como parte do seu plano de interiorização
polícia, o prefeito de Porto Velho e presidente da Associação dos Municípios Hildon
Chaves foi onipresente na Rondônia Rural Show. Hildão projeta voos mais longos
para 2026.
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