Sexta-feira, 17 de janeiro de 2025 - 07h29
A
tragédia dos incêndios de Los Angeles, afetando diversos ídolos do cinema,
comprova que os ricos também sofrem com os fenômenos climáticos severos. Por lá
se deu que uma seca prolongada e fortes ventos espalharam chamas
descontroladas. Para pôr uma cereja venenosa nesse bolo trágico, o corte de
verbas para a prevenção fez o resto. No Brasil também existe o perverso hábito
de cortar recursos da prevenção em favor de obras inauguradas com festas entre
aplausos e foguetório.
A
Amazônia tem registrado secas incomuns, com a diferença de que os danos não
afetaram ninguém ligado às altas indústrias. São barcos encalhados nos rios,
áreas antes vivas de farta vegetação apresentando paisagem desértica,
comunidades isoladas, incêndios, destruição da biodiversidade e perda total
para os retirantes que se completam com o passivo de fumaças se estendendo céu
acima. Os prejuízos se alastram.
Não
faltam estudos indicando que o agravamento das tragédias climáticas está
relacionado ao aquecimento global. Nos EUA, fala-se em um “chicote climático”, castigo
causado por mudanças repentinas de condições extremas de seca e umidade. E
assim, vendavais, tempestades, secas e chamas sem controle chicoteiam a
Califórnia como nunca, depois de muitos sustos nos anos recentes. Como chicote
que dá em Chico também dá em Francisco, prevenir é sempre o melhor remédio.
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Fora do páreo
Com
novas condenações o ex-governador e ex-senador Ivo Cassol já está fora do páreo
na disputa pelo governo estadual de Rondônia. Festa para os concorrentes, como
o atual vice-governador Sergio Gonçalves (União Brasil), os senadores Marcos
Rogério (Ji-Paraná) e Jaime Bagatolli (Vilhena), ambos do PL, o senador Confúcio
Moura (MDB -Ariquemes), o ex-prefeito Hildon Chaves (PSDB-Porto Velho) e
principalmente o prefeito de Cacoal Adailton Fúria que teria um concorrente
rachando suas bases na Região do Café e Zona da Mata. Hildão feliz, menos um adversário
feroz.
Com Silvia Cristina
Sem
Cassol disputando o governo estadual, o PP nacional aposta suas fichas na
deputada federal Silvia Cristina (Ji-Paraná), com excelente votação a Câmara
dos Deputados no último pleito. Na composição de chapa, o ex-governador Ivo Cassol
deverá apontar o vice e alguns nomes começam a ser cogitados neste sentido. O
partido também terá um candidato ao Senado do próprio partido ou em alianças
para reforçar as paliçadas da parlamentar progressista. Depois de muito tempo, Rondônia
vota a contar com uma candidata feminina.ao governo, A última foi Fátima
Cleide.
Grandes alianças
Em
Rondônia grandes alianças políticas têm tombado por não respeitar os desejos
das bases, tanto na disputa ao governo estadual, quanto nas pelejas sucessórias
em Porto Velho, Ainda nos anos 90, na disputa pelo então Palácio Presidente Vargas,
sede do governo estadual, o maior
exemplo foi a coalizão “Rondônia com Fè”, pilotada pelo prefeito de Porto Velho
Chiquilito Erse, que largou com grande favoritismo e acabou levando uma baita
virada de Valdir Raupp. Para lembrar aos políticos que antes de montar as
alianças é preciso pesquisar um pouco o cenário nas bases eleitorais.
Grandes vexames
Se
nas eleições ao governo de Rondônia tem ocorrido muitas reviravoltas, nas disputas
a prefeitura de Porto Velho grandes vexames. Foi o caso da celebre aliança
firmada entre dois adversários políticos, o
então prefeito Carlinhos Camurça e o deputado Mauro Nazif. Nas contas
deles, somadas as estimativas de votos de ambos, se contabilizava 130 mil votos
e isto iria garantir uma vitória sensacional de Nazif. Tinham até dó dos adversários,
tamanha vantagem projetada. Mas os cálculos da dupla não deram certo, as bases
tinham rivalidades tribais e a coisa acabou redundando na eleição do petista
Roberto Sobrinho.
Aposta de Hildão
Nas
eleições de outubro passado, outra grande reviravolta, com direito a efeito
manada no segundo turno. Nas contas de Hildão e do seu instituto de pesquisas,
ele tinha 90 por cento de aprovação popular e com isto não teria dificuldades
de impor Mariana Carvalho como sua sucessora. A coisa até foi boa no primeiro
turno com uma baita vantagem da candidata do União Brasil. No entanto, no
segundo turno tudo desandou e a grande favorita tubulou gloriosamente. A
rejeição dos evangélicos ao nome apoiado por Hildão, bem como o apoio do eleitorado
feminino ao seu adversário, Leo Moraes, levaram a aliança à breca.
Buscando inspiração
Não
é de hoje que os prefeitos de Porto Velho e Rio Branco buscam inspiração em Curitiba
para eventuais inovações em suas respectivas cidades. A visita mais recente a capital
paranaense é do prefeito acreanoTião
Bocalon (PL), atualmente licenciado em lua de mel com a nova esposa buscando ideias
urbanísticas. Lembro que Chiquilito Erse em sua administração também fez o mesmo,
corujando as obras do então prefeito de Curitiba Jaime Lerner. Por coincidência
o ex-prefeito Hildon Chaves esteve por lá buscando ideias. O atual prefeito Leo
Moraes estudou em Curitiba, onde foi líder universitário.
Via Direta
*** Que esta moda dos políticos trocarem
de esposas por mais novinhas não pegue por aqui. No Acre o prefeito Tião
Bocalon já está em lua de mel e o governador Gladson Cameli anunciando sua nova
namorada ***
Olho vivo porque o sujeito trocar de mulher, aqi em Rondônia, principalmente se
for político, pode ser fim de carreira. Vários deputados estaduais de Rondônia
de legislatura anteriores fizeram isto e se ferraram nas urnas *** O eleitorado rondoniense ainda é muito
conservador. Políticos gays ou lésbicas evitam assumir o gênero com receio de
perder votos nestas bandas.
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