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Carlos Sperança

Prefeito Hildon Chaves e os vereadores da capital começam um processo de reconciliação com a população


Prefeito Hildon Chaves e os vereadores da capital começam um processo de reconciliação com a população - Gente de Opinião

Os créditos de carbono

O novo sempre vem e é natural se encantar com uma nova invenção, como diria Belchior, mas o que é inédito raramente chega perfeito em suas primeiras versões. No caso dos créditos de carbono, é preciso largar com a melhor versão possível, tarefa que só terá sucesso com a participação ampla da sociedade. Nesse caso, corretamente, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de São Paulo pediu à ministra Marina Silva, do Meio Ambiente, a regulamentação do mercado de carbono, que ainda é uma incógnita, considerando as diversas opções apresentadas.

A correção do apelo dirigido ao governo consiste em que normalmente as entidades puxam a brasa para sua sardinha e ignoram as sardinhas alheias, mas neste caso o pedido não é só justo em si como também procura proteger os interesses nacionais ao estimar que por falta de regras claras o Brasil ainda não está aproveitando a oportunidade de ocupar devidamente seu quinhão em um mercado capaz de movimentar US$ 100 bilhões em emissões de crédito de carbono em sete anos, segundo o Sebrae.

No contexto geral, o Brasil tem o dever de formular uma política objetiva para fazer com que a prestação de serviços ambientais por parte dos povos da floresta seja recompensada ampla e rapidamente. A boiada da liquidação das regras ambientais passou velozmente. Que as regras para o máximo benefício ao povo brasileiro sejam ainda mais rápidas.

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A reconciliação

Com a revogação do projeto que aumentava os valores do IPTU de Porto Velho em até 2 mil por cento, o prefeito Hildon Chaves e os vereadores da capital começam um processo de reconciliação com a população corrigindo a maior trapalhada do seu governo e de todos os tempos da municipalidade. Ficou acertado que serão mantidos os valores do exercício de 2022 mais a inflação, o que vai amenizar a chuva de protestos que rolava na capital. Fica uma lição para todos os trapalhões: o prefeito tem que ser mais atento, os secretários revisarem os projetos e os vereadores pelo menos ler as matérias que aprovam.

Aliança frankstênica

Com a mesma justificativa que o ex-presidente Jair Bolsonaro adotou para se juntar ao famigerado “Centrão” – a necessária governabilidade - o governo Lula assume ao se aliar a vários partidos bolsonaristas. Uma beleza para aqueles caras que brigavam nas redes sociais se acusando, se dilacerando e agora todos pulando cirandinha juntos. Tanto no bolsonarismo, como no petismo o que vale é o pix. Uns se dizendo a direita, outros a esquerda, um balaio de gatos formado, tudo farinha do mesmo saco, numa aliança frankstênica com poucas mudanças razoáveis se projetando.

Faltam projetos

Associação Rondoniense de Municípios-Arom tem se preocupado com a questão de projetos técnicos nos municípios para liberação de recursos nas esferas federais. Muitos municípios têm perdido verbas importantes com projetos não aprovados. Hoje também faltam engenheiros para a tarefa. Porto Velho já foi muito penalizada em gestões anteriores por conta de projetos que não tiveram sequência, desde a implantação do esgoto sanitário até a Arena Multieventos que colocaria na mesma área na região doa Aeroclube, estádio, nova rodoviária, bumbódromo e centro de convenções.

Censo do IBGE

Embora com um berreiro enorme dos prefeitos rondonienses e ações da Associação Rondoniense dos Municípios-AROM, haverá pouca mudança nos números anunciados pelo IBGE na contagem censitária que deverá confirmar no mês que vem a redução de habitantes de pelo menos 24 municípios, inclusive de Porto Velho, onde se acreditava que existiam mais de 530 mil almas e que no recente censo foram contabilizados pelo menos 60 mil habitantes a menos do que foi estimado. Os municípios prejudicados se atiram nos últimos dias de repescagem demográfica ao Disque Censo para ampliar seus números e evitar maiores perdas no rateio do FPM.

Perdas e ganhos

No plano político, visando as eleições municipais do ano que vem, para a disputa do prédio do relógio, o ex-deputado federal Leo Moraes (Podemos) se deu bem na estratégia montada de liderar a reação contra o malfadado IPTU gestionado pelo prefeito Hidon Chaves e sus vereadores avestruzes. Quem perdeu espaço para a peleja foi a ex-deputada federal Mariana Carvalho, inicialmente cotada como a grande favorita, apoiada por Hildão. Ela não se posicionou na pendenga do IPTU, por motivos óbvios, já que é aliada do alcaide e perdeu apoio de parte do eleitorado por não defender a causa do povo. Pelo contrário, se fez de gata morta na pendenga.

Via Direta

***Até agora o deputado Marcelo Cruz, presidente da Assembleia Legislativa não confirmou a disposição de ingressar no MDB para disputar a prefeitura de Porto Velho no ano que vem *** Se decidir favoravelmente terá um páreo duro pela frente. Mariana Carvalho e Leo Moraes já estão polarizando a peleja, tendo no rastro o atual deputado federal Fenando Máximo (União Brasil) ***Possivelmente o PSB de Mauro Nazif e o PDT de Acir Gurgacz vão estar unidos na sucessão municipal da capital rondoniense e em Ji-Paraná *** Impressiona a intensidade das chuvas em algumas regiões de Rondônia, onde os rios subiram muito causando os transtornos das alagações.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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