Segunda-feira, 6 de março de 2023 - 08h30
O
maior volume do desmatamento em fevereiro deste ano em relação a 2022 pode até
ser observado pelo ângulo da ministra Marina Silva, para quem o caso seria “uma
espécie de revanche” às ações do novo governo, mas dá argumentos ao governo
passado, que sofreu boicotes sistemáticos nas regras ambientais.
Se
houve prevaricação lá atrás, é crime a punir. Se é revanche de derrotados,
também é crime e não pode passar em brancas nuvens. Em todos os casos, porém,
ações práticas e resolutivas são requeridas. O desmatamento ilegal é um crime
de lesa-pátria e lesa-humanidade e soa no exterior como um atestado de
incompetência para as autoridades brasileiras dos três níveis.
A
notícia sobre o aumento das derrubadas veio, coincidência ou não, no momento em
que aumenta a discussão em torno do Acordo Mercosul-União Europeia, cujo
trâmite é necessariamente balizado pela situação ambiental do Brasil. Afinal, a
boiada do desmonte à legislação continua passando ou as regras ambientais serão
cumpridas com rigor efetivo?
No
início do mês, o embaixador brasileiro em Portugal, Raimundo Carreiro, disse
que o acordo pode demorar para ser ratificado, mas o chanceler português, João
Gomes Cravinho, disse que está “muito próximo” de se concretizar. Por conta
disso uma delegação europeia partirá de Bruxelas ao Brasil para acertar os
detalhes técnicos. Ninguém jogando contra ajuda muito.
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União Progressista
O
PP e o União Brasil, importantes partidos no cenário nacional, estão se unindo
em federação e a medida terá uma série de desdobramentos. Em Rondônia a aliança
colocará frente a frente o atual governador Marcos Rocha (União Brasil-Porto Velho)
e o prefeito de Porto Velho Hildon Chaves e o ex-governador Ivo Cassol (PP) no
mesmo palanque. O compartilhamento dos diretórios municipais, estaduais e
nacional será um grande problema a ser discutido neste balaio de gatos formado,
mas com ideologia semelhante e com a maior representatividade das federações no
Congresso Nacional.
Os comandos
Atualmente,
no âmbito nacional o PP tem no comando o bolsonarista Ciro Nogueira, enquanto
que o União Brasil tem a frente o deputado federal Luciano Bivar, convertido ao
governo Lula depois de um estágio bolsonarista. Juntos os dois partidos poderão
reivindicar mais ministérios para compor com a base aliada do presidente Lula
que já tem 37 para atender o apetite de petistas e bolsonaristas de plantão. É
o centrão mais forte para a indicação de cargos federais e existe pelo menos um
terço destas vagas para serem preenchidas e todo o País. Em Rondônia a expectativa
é grande para a conquista destes cargos.
Vai rever o IPTU
Com
a suspensão do pagamento do IPTU até 30 de março, enquanto revê a questão do
reajuste do tributo com o Tribunal de Contas do Estado e a Câmara de Vereadores
da capital, o prefeito Hildon Chaves espera sair da sinuca de bico que se meteu,
amansando os valores em 2023. Existem reajustes brutais em alguns casos, que ultrapassam
os 100 por cento, mas numa média geral cravado em 30 por cento com relação aos
valores do ano passado. A prefeitura de Porto Velho estava colocando nas costas
dos contribuintes o aumento da sua arrecadação e a população estava pagando o
pato.
Os dois lados
O
reajuste do IPTU é polêmico, desgastante para o alcaide, mas tem dois lados
para serem analisados. A prefeitura alega que o portovelhense não é dado ao
pagamento do tributo (trocado em miúdos, majoritariamente caloteiros), os
valores dos imóveis para cobrança do imposto estavam muito baixos e a cidade
tem um dos maiores índices de inadimplentes no País. Mas aumentar tanto o
imposto poderia reverter no aumento da inadimplência, já que se reconhece que é
este índice é enorme num momento de crise. Elogiável Hildon voltar atrás já que
o preço político pela medida adotada era pesado.
Asas crescidas
Com
a questão do IPTU, o grupo político do prefeito Hildon Chaves perderia força
com a medida que afrontava a população, e quem já estava com as asas crescidas
para disputar a prefeitura de Porto Velho era o deputado federal Fernando Máximo
(União Brasil). Hildon vai apoiar Mariana Carvalho que era tida como a franca
favorita, mas seria prejudicada pelo referendo do alcaide no IPTU que iria
refletir negativamente para a ex-deputada federal que mais ajudou a capital. O
desgaste da atual administração também poderia ajudar ainda as pretensões ao Paço
Municipal de Leo Moraes (Podemos), Cristiane Lopes (União Brasil) e o presidente
da ALE Marcelo Cruz que cogita ingresso no MDB.
Via Direta
*** A bancada federal do Acre obteve do
governo federal recursos na ordem e R$ 600 milhões para recuperar BR 364, que liga Rio Branco a Cruzeiro do Sul,
n fronteira com o Amazonas *** Vamos ver se os representantes de Rondônia também
conseguem cavocam recursos para a recuperação da rodovia no trecho entre
Vilhena e Porto Velho, com quase 700 quilômetros de trecho, com o pavimento também
muito danificado pelo período de chuvas ***
A bancada federal rondoniense é majoritariamente bolsonarista, não alinhada com
o governo federal e formada por bolsonaristas fanáticos como Marcos Rogério e
Jaime Bagatolli *** Para garantir a governabilidade o presidente Lula se
aliou ao Centrão e as consequências já estão aparecendo, como a indicação de
ministros corruptos. É um repeteno do que acontecia no governo Bolsonaro que
teve vários ministros enrolados com a justiça.
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