Quinta-feira, 6 de julho de 2023 - 08h10
A
generalização não é promoção militar e fora da ciência, na qual é importante
elemento auxiliar, causa injustiças. As organizações não governamentais (ongs),
por exemplo, não são manadas de cabeças iguais. Perseguidas por nacionalistas
radicais por conter em suas composições pesquisadores estrangeiros, são jogadas
no mesmo saco negativo sempre que alguma aparece envolvida em ações
investigadas.
Qualquer
organização está sujeita a sofrer desvios causados por dirigentes ou membros e
só a eles cabe responder pelos atos cometidos para que a entidade se preserve –
uma associação comercial, cooperativa agrícola ou empresa industrial não pode
ser estigmatizada por erros de administradores incorretos, aos quais cabe arcar
com as consequências.
A
CPI das Ongs no Senado não pode considerar todas como anjos do mal por conta de
denúncias pontuais. Desmoralizadas por acabar em pizza quando acuam o governo e
se esvaziar quando enquadram seus adversários, as CPIs não têm mais o charme
sanitário de outrora, quando se acreditava que poderiam passar o país a limpo.
A persistência da corrupção nas últimas décadas mostrou que até a hoje
bombardeada Lava Jato fez mais nesse sentido que qualquer CPI. Fala-se que há
mais ongs que as folhas das árvores amazônicas, mas até agora as provas contra
elas não fazem um bonsai. É preciso separar o joio do trigo.
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Pires na mão
De
pires nas mãos, os prefeitos rondonienses foram chorar as mágoas em Brasília
pelas perdas ocasionadas na distribuição do Fundo de Participação dos
Municípios-FPM depois da divulgação dos resultados do censo oficial 2022. No País
foram setecentos municípios que perderam contingentes populacionais, alguns
pela metade como ocorreu em Ministro Andreazza em Rondônia. Equilibrar as finanças diante dos novos pisos
da saúde e da educação será o grande desafio das municipalidades falidas a partir
deste ano. Os alcaides têm a expectativa de influenciar ainda na reforma tributária.
Abrigos de drogados
Sem
fiscalização da municipalidade local, os prédios e construções abandonados na
capital rondoniense e muitas delas já condenadas para demolição se transformaram
em abrigos para drogados e ladrões de fiação elétrica e hidrômetros na região
central. É uma situação preocupante porque muitos edifícios foram condenados e
apresentam riscos a vida dos seus ocupantes. Além de abrigo de pilantras, os
pontos servem de depósitos para produtos roubados das residências invadidas que
tem sido depenadas. Proprietários e imobiliárias que administram os imóveis
estão amargando grandes prejuízos.
Plano B
Não
há dúvidas de que o prefeito Hildon Chaves (União Brasil), depois de um primeiro
ano da sua primeira gestão atuando como um cabaço inexperiente, se tornou um
baita estrategista no campo político. Mostrou bem isto quando chutou de sua
aliança Expedito no pleito de 2022 e diante de uma possível candidatura a
governador em 2026 apoderou-se da Associação Rondoniense de Municípios-AROM
para interiorizar seu nome para a peleja. Tem até plano B caso a ex-deputada federal Mariana Carvalho
(Progressistas) não quiser disputar a prefeitura de Porto Velho: o nome seria o
do seu supersecretário Fabricio Jurado (PSDB) já mostrando as caras desde já
nas ruas e avenidas.
As conversações
Todos
os possíveis candidatos à prefeitura de Porto Velho no ano que vem têm
conversado entre si e sondado os concorrentes para possíveis alianças. Nos
bastidores chama atenção três prefeituraveis se unindo o que pode redundar num
grande projeto para enfrentar a poderosa chapa Mariana Carvalho a prefeitura e
Fabricio Jurado a vice no pleito do ano que vem. Ocorre que Fernando Máximo
(União Brasil), Leo Moraes (Podemos) e Marcelo Cruz (Patriotas) estão pulando
cirandinha juntos e um deles, a partir de um acordo entre eles, seria escalado
para enfrentar a ungida do governador Marcos Rocha e do prefeito Hildon Chaves.
Racha governista
Pelos
movimentos existentes em bloco e não aceitando a postulação de Mariana, existem
dois indicativos para meados do ano que vem. 1- Teremos um racha governista
logo no início do ano que vem por causa de interesses dispares nas eleições
municipais na capital 2 – O nome escolhido pelo trio Máximo, Marcelo Cruz e Leo
Moraes deverá ingressar no PL, de Jaime Bagatolli e usar o nome do
ex-presidente Jair Bolsonaro na campanha, um nome de tão forte que nos últimos
dias de campanha em 2022 virou a eleição ao Senado que estava no papo de Mariana
para Bagatolli. Será?
Via Direta
*** Tem papo de jacaré rolando na capital
da BR visando eleições futuras. Lembram que na eleição passada, Marcos Rogério
ensaiava um pé em Jaime Bagatolli que precisou recorrer aos irmãos Bolsonaro
para garantir sua candidatura ao Senado? *** Pois bem, agora seria a turma de
Bagatoli ensaiando uma puxada de tapete em Marcos Rogério para 2026 *** Neste contexto, o PL não cederia
espaço para a candidatura de Marcos Rogério a reeleição lançando um outro
candidato (a) para o Senado com a bandeira bolsonarista *** Em Porto Velho
finalmente o ex-prefeito Mauro Nazif resolveu divulgar as suas emendas
parlamentes beneficiando Porto Velho. Antes tarde do que nunca, no momento em
que o Diretório Nacional cobra sua candidatura a prefeito na capital
rondoniense.
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