Quinta-feira, 22 de outubro de 2020 - 10h31
Disraeli
dizia que há “mentiras, mentiras deslavadas e estatísticas”, as piores. Há
também o que se diz nas campanhas eleitorais. Nelas, verdades e mentiras se
misturam. Só na prática dos eleitos é que se chegará à verdade. Há também as
evasivas, onipresentes nas entrevistas e debates, nas quais os candidatos às
prefeituras driblam as perguntas como se fossem Neymar ou Messi. Não é um
fenômeno brasileiro, a julgar pelas recentes entrevistas dos presidenciáveis
estadunidenses, Donald Trump e Joe Biden. Quanto mais à frente nas pesquisas,
mais evasivas e silêncios diante de questões incômodas.
Um
campeão em evasivas é o democrata Joe Biden. Diante de perguntas incômodas, na
ânsia de manter a vantagem que as pesquisas lhe dão, desanda a falar sobre a
Amazônia. Depois de dizer que vai oferecer dinheiro ao Brasil em troca da
preservação da floresta, Biden fugiu de questões difíceis em recente debate pela
TV ao ensinar que a Amazônia, a cada ano, absorve mais carbono que as emissões
inteiras dos EUA.
Agora
os americanos já sabem disso, mas ficaram boiando quanto a questões como a
Justiça e relações com a China. Será estranho se algum candidato a prefeito no
Brasil fugir dos problemas de sua cidade falando sobre sequestros na China ou
nos EUA, mas ficará uma certeza: quem evita responder às perguntas incômodas é
sério candidato a perder votos e respeito.
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Batalhão de indecisos
Há
poucas semanas da eleição no primeiro turno e ainda temos um verdadeiro
batalhão de indecisos para a escolha do novo prefeito de Porto Velho. Tantos indecisos devem deixar a pulga atrás
nas orelhas dos favoritos, já que podem mudar tudo de uma hora para outra. Opções
não faltam já que são agora 14 postulantes (Ted Wilson foi indeferido) e o
problema é que ninguém está empolgando o eleitorado e a classe política anda em
baixa com tantas prisões de prefeitos e políticos por corrupção. A política
virou mesmo um balcão de negócios
Carta prejudicada
Com
a inauguração da revitalização da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, na orla do
Rio Madeira, adiada para o ano que vem, o prefeito Hildon Chaves (PSDB) perde uma
grande carta na peleja da reeleição. Apesar de ter trabalhado muito para melhorar
a situação do centro histórico, com a instalação da sede da municipalidade no Prédio
do Relógio, reforçando o acesso ao Centro Cívico (CPA) com o alargamento das av.
Duque de Caxias, a região central segue tomada por viciados e meliantes e com
tantas lojas e agências bancárias fechadas. Clima de abandono.
Cenário diferente
A
população de Porto Velho, ao visitar os entes queridos no Dia de Finados no
cemitério de Santo Antônio, terá um cenário diferente provocado pela pandemia.
Ocorre que foram abertas alas extras naquele local, com centenas de novas covas
para atender aos sepultamentos das vítimas do coronavirus. A propósito do
covid, pelo menos três candidatos a prefeito na capital já sentiram na pele a
doença: Eyder Brasil (PSL), Vinicius Miguel (Cidadania) e agora Pimenta de
Rondônia (PSOL) ainda convalescendo.
Frases políticas
Tenho
frases de políticos que volta e meia rememoro. Uma de autoria do falecido senador
Ronaldo Aragão (MDB-Cacoal). Ele dizia que as CPIs são o caminho mais rápido
para lugar nenhum. Certamente pelo que viveu na ALE-RO e depois no Congresso.
Outra frase interessante é do ex-deputado federal Miguel de Souza. Ele dizia o
que acontece até hoje nas eleições locais, que o candidato só se elege por
aqui, quando tudo conspira a favor. E não foi o que aconteceu com Hildon Chaves
e Marcos Rocha? Mas na eleição atual tudo conspira contra o candidato tucano a
reeleição.
A moeda beradeira
Gente, pelos antecedentes do partido é uma
temeridade. O PT do petrolão, do mensalão, do dinheiro escondido na cueca, propõe
a criação de uma moeda virtual para o município, alcunhada por aqui de
beiradeira. Todos os candidatos petistas em outras cidades estão fazendo o mesmo
para se popularizar. Mas já imaginou o PT administrando estes recursos, depois
de tantos mal feitos pelo país afora? Os petistas estão com fome de dinheiro já
que estão fora das bocadas desde a cassação de Dilma. O partido teria então
credibilidade para a gerar e administrar a tal moeda?
Via Direta
*** O coronel Ronaldo Flores, candidato
do Solidariedade a prefeitura de Porto Velho queimou a largada com teto extremamente
baixo nas primeiras pesquisas ***Com respaldo do ex-governador Daniel Pereira
e do ex-prefeito e deputado federal Mauro Nazif, seu lançamento era cercado de
grande expectativa *** O inverno
amazônico (chuvas) recém começou e a Estrada da Penal já está repleta de
lamaçais. A estrada, aberta ainda no governo Cassol, liga a região central de
Porto Velho ao Distrito de São Carlos, no baixo madeira *** Com as mercadorias,
como carne, óleo de cozinha, arroz etc aumentando, os restaurantes também
resolveram reajustar os preços dos seus cardápios na capital rondoniense *** Por conseguinte, caberá aos proletários como eu, encarar PFs com bife de sóião, quiçá uns
ossinhos de galinha para lamber! *** E parabéns ao amigo Big Wolf, o
popular Lobão pelo aniversário. Vida longa!
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