Segunda-feira, 27 de março de 2023 - 08h25
Enquanto
os presos do 8 de janeiro amargam a canoa furada em que entraram, a polarização
política saiu da cena principal das grandes preocupações brasileiras e em seu
lugar aparecem os atos supercriminosos no Rio Grande do Norte. Se os vândalos
de janeiro no máximo feriram um cavalo, os atentados no Nordeste ameaçam vidas
humanas. A insegurança de país em guerra é tudo que o Brasil não precisa nesta
hora de crise econômica.
A
preocupação é tanta que em vários estados as autoridades do setor manifestam a
preocupação de que a ofensiva das facções criminosas também chegue lá. É uma
preocupação legítima, mas tardia, porque as superquadrilhas não surgem do nada,
como na ficção: há uma longa maturação. Os preocupados de hoje deveriam ter
percebido que a maturação não é recente. Há muitos anos é evidenciada pelas
ações ambientalmente criminosas na Amazônia. Há pouco, o geógrafo Aiala Colares
Couto, pesquisador do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, cunhou o termo
“narcoecologia” para definir a ação das facções nos mais diversos crimes
ambientais, colando-se na droga.
Sendo
um só país, o que se descuida no Norte dá em descuido no Sul e demais regiões.
O drama do RN e a seca no RS são sinais de alerta clamando pelo projeto de
nação que falta pela incapacidade dos líderes de unir a nação em torno de
propósitos mais elevados que seus umbigos, seitas e lágrimas midiáticas.
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Mesma língua
O
que se viu no encontro estadual do MDB na semana passada em Ji-Paraná, depois
de muito tempo, foi o MDB rondoniense falando a mesma língua. O partido começa
a tratar das eleições municipais e precisa se unificar para tornar a sigla
competitiva, por isto tanto o presidente regional, deputado federal Lucio
Mosquini como o expoente máximo da legenda Confúcio Moura tratam de aparar as
arestas. As questões sucessórias de Ji-Paraná e Porto Velho são tratadas com
prioridade pelo partido que pretende avançar também em Ariquemes, Cacoal e
Vilhena.
Os entraves
Ainda
não se sabe se os entraves existentes para a posse da ex-deputada federal
Mariana Carvalho (Progressistas) na secretaria da Saúde estadual e do
ex-deputado federal Leo Moraes (Podemos) no Detran foram resolvidos. Ambos são
possíveis candidatos à prefeitura em Porto Velho e são nomes que sofrem resistência
dos atuais deputados federais Fenando Máximo e Cristiane Lopes (ambos do União
Brasil) e do presidente da Assembleia Legislativa Marcelo Cruz (Patriotas) que
também pretendem disputar o Paço Municipal no ano que vem. Ocorre que nos
cargos Mariana e Leo Moraes poderiam se fortalecer para a peleja 2024.
Geração de prefeitos
Aquela
geração de prefeitos reeleitos em 1982 em Rondônia vai perdendo nomes que se
destacaram no pioneirismo ainda nos idos do território e que se solidificaram
nos anos 80. Um dos casos mais ilustres foi o prefeito de Ji-Paraná Roberto Jotão
Geraldo, que naquela década chegou a ser cogitado candidato ao governo de Rondônia,
falecido na semana passada. Nos anos 80 Jotão era um dos nomes em ascensão na
política rondoniense, ao lado de Vitório Abrão, de Vilhena, Divino Cardoso de
Cacoal, pioneiros em seus respectivos municípios e com gestões eficientes nas
municipalidades.
Voltando
junto
O retorno
do ex-presidente Jair Bolsonaro ao Brasil, depois de 90 dias curtindo férias
nos Estados Unidos, coincide com a volta ao Senado do parlamentar Marcos
Rogério, o mais combativo bolsonarista rondoniense no Congresso Nacional. Na
bancada federal rondoniense, sem petista, recheada de bolsonaristas, só tem um
estranho no ninho: o senador Confúcio Moura, do MDB. União Brasil e PL e parte
do MDB rezam a cartilha do ex-presidente. Alguns até tentam se aproximar do governo
Lula visando garantir benesses mais polpudas das emendas secretas.
Novo
recorde
Até
o final do ano, num esforço conjunto do governador Marcos Rocha e do prefeito
Hildon Chaves, serão entregues em Porto Velho cerca de 20 mil escrituras de
imóveis, sendo batido o recorde do governador Confúcio Moura na década passada,
que segue ainda com alguns recordes inalterados, como o de crescimento do PIB,
que num dos anos da sua gestão chegou a 11 por cento e de entrega de unidades
habitacionais em todo o Estado. Sinal que a parceria de Rocha e Hildon Chaves
funciona e projeta obras relevantes como do novo terminal rodoviário de Porto Velho
cujo início deve ocorrer no segundo semestre.
Via Direta
***Porto Velho foi escolhida para sediar,
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amazônico com seguidas interrupções nas rodovias 364 entre Rio Branco e Porto
Velho e 319 que conecta Rondônia a Manaus ***Os granjeiros de Porto Velho
aumentaram os investimentos na criação de galinhas poedeiras melhorando o abastecimento
da capital nos últimos meses.
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