Terça-feira, 13 de outubro de 2020 - 10h09
A
legislação eleitoral brasileira é uma espécie de corredor polonês para os
partidos políticos desde 1995, quando os legisladores dos grandes partidos
bolaram uma estratégia para que apenas eles e no máximo mais um ou dois gatos
pingados muito genéricos sobrevivam às cláusulas de barreira impostas.
As
barreiras causam urticária na Justiça porque são injustas. Beneficiam partidos com
fundos eleitorais fartos conquistados com a eleição de muitos parlamentares bancados
por mensalões, petrolões e outros esquemas de financiamento criminoso de
campanhas eleitorais. As barreiras foram barradas em 2006 pela Justiça, mas
voltaram com o fim das coligações para eleições proporcionais. Neste pleito, portanto,
os partidos são obrigados a eleger vereadores, criado bases para não morrer em dois
anos.
A
eleição para prefeito será como sempre e seu partido se beneficiará se o eleito
for fiel à sigla. A diferença é que os derrotados para a Prefeitura, em caso de
bom desempenho, serão os grandes puxadores de votos de seus partidos para
evitar a degola que vai levar a pique a maioria das siglas em 2022.
Serão
quase automaticamente transformados em candidatos a deputado federal com vistas
à mãe de todas as barreiras, funil em que pelo menos a metade dos atuais
partidos terá seu canto de cisne. Os que não passarem pelo gargalo se tornarão
alas minoritárias dos partidos sobreviventes.
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Jogo de estratégia
Buscando
a polarização com o prefeito Hildon Chaves, o candidato bolsonarista Eyder
Brasil (PSL) taca-lhe o pau no tucano no horário eleitoral e nas reuniões de
bairros de Porto Velho. Naturalmente, o candidato oposicionista quer tirar
proveito da elevada rejeição do alcaide em algumas regiões da cidade que não
foram objeto de melhorias, como o setor chacareiro por exemplo, que clama por
regularização fundiária e soluções para tantas crateras em suas ruas.
No interior
Por
falar em polarizações, em Vilhena temos Eduardo Japonês x Rosani Donadon, numa
revanche, mas uma terceira via se aproximando. Em Ariquemes, o terceiro colégio
eleitoral do estado, Tziu Jidaias x Lucas Follador, e a vereadora Redano na
cola, em Ji-Paraná, sem Marcito Pinto nas paradas, ainda será necessário acomodar
as melancias no caminhão para ver como as coisas ficaram já que o prefeito que assumiu Afonso
da Mabel caiu fora da peleja. Lá já tem Esaú (MDB) com as suas garras afiadas
para alçar o Palácio Urupá.
Uma redução
Porto
Velho começou com 16 candidatos a prefeito, o deputado Anderson Pereira
desistiu e agora a justiça eleitoral está no pé de Willians Pimentel (MDB) e
Ted Wilson (PRTB) com problemas passados que podem redundar em pedidos de
impugnação, cujos processos desgastam as
candidaturas. No caso de Ted Wilson não tem muito o que desgastar, já que não
se trata de um expoente na política local e longe de chegar ao pódio perante
postulações mais competitivas como HIldon, Vinicius Miguel, Garçom, Eyder
Brasil e Cristiane.
Mais gravações
Podem
rolar nos próximos dias gravações na capital comprometendo políticos chantageando
empresas em Rondônia. Não que a coisa seja novidade, pois desde a epopeia da construção
das usinas se pratica extorsões pela classe política até para pipoqueiros. Por
isto o custo Rondônia inibe a instalação de novas empresas e a concretização do
desejado um distrito industrial. Muitas vezes os empresários são obrigados a
pagar “pedágio” aos políticos para se instalar nestas bandas.
A visibilidade
Com
criatividade e apoio nas mídias sociais, alguns candidatos a vereança seguem se
destacando em Porto Velho, como Alex Palitot (PTB) que disputa a reeleição,
Anísio Gorayeb (PSB), Buiu Davis (PSD), Arimar Sá, Alisson do Sandubas (PSDB),
Rosinaldo Guedes (PDT), a ativista Luciana (PT), Carlinhos Maracanã (da área
cultural), Walter Waltemberg (MDB), entre outros. Vamos ver se a habilidade no
manejo das mídias sociais redunda nos votos esperados na eleição dos
candidatos.
Via Direta
*** Muita gente revoltada com os
políticos e falando que não votar nas eleições municipais em novembro *** A insatisfação e a
pandemia podem resultar num elevado índice de abstenção na capital rondoniense***O ano de 2020 vai chegando ao fim e tudo
indica que a prefeitura de Poro Velho, prejudicada pela pandemia na realização
das audiências públicas, não conseguirá concluir a
revisão do Plano Diretor *** Com isto não terá como impor limites na
expansão da zona urbana, já que os loteamentos clandestinos correm soltos do outro
lado da ponte sobre o Rio Madeira, na BR 319 *** Vamos ver como os candidatos vão tratar da construção da nova
rodoviária de Porto Velho, tão prometida e que jamais chegou a ser iniciada ***
É um cartão postal às avessas na
capital.
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