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Carlos Sperança

Primeiro funil + Jogo de estratégia + Uma redução + Mais gravações comprometedoras


Primeiro funil + Jogo de estratégia + Uma redução + Mais gravações comprometedoras - Gente de Opinião

Primeiro funil

A legislação eleitoral brasileira é uma espécie de corredor polonês para os partidos políticos desde 1995, quando os legisladores dos grandes partidos bolaram uma estratégia para que apenas eles e no máximo mais um ou dois gatos pingados muito genéricos sobrevivam às cláusulas de barreira impostas.

As barreiras causam urticária na Justiça porque são injustas. Beneficiam partidos com fundos eleitorais fartos conquistados com a eleição de muitos parlamentares bancados por mensalões, petrolões e outros esquemas de financiamento criminoso de campanhas eleitorais. As barreiras foram barradas em 2006 pela Justiça, mas voltaram com o fim das coligações para eleições proporcionais. Neste pleito, portanto, os partidos são obrigados a eleger vereadores, criado bases para não morrer em dois anos.

A eleição para prefeito será como sempre e seu partido se beneficiará se o eleito for fiel à sigla. A diferença é que os derrotados para a Prefeitura, em caso de bom desempenho, serão os grandes puxadores de votos de seus partidos para evitar a degola que vai levar a pique a maioria das siglas em 2022.

Serão quase automaticamente transformados em candidatos a deputado federal com vistas à mãe de todas as barreiras, funil em que pelo menos a metade dos atuais partidos terá seu canto de cisne. Os que não passarem pelo gargalo se tornarão alas minoritárias dos partidos sobreviventes.

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Jogo de estratégia

Buscando a polarização com o prefeito Hildon Chaves, o candidato bolsonarista Eyder Brasil (PSL) taca-lhe o pau no tucano no horário eleitoral e nas reuniões de bairros de Porto Velho. Naturalmente, o candidato oposicionista quer tirar proveito da elevada rejeição do alcaide em algumas regiões da cidade que não foram objeto de melhorias, como o setor chacareiro por exemplo, que clama por regularização fundiária e soluções para tantas crateras em suas ruas.

No interior

Por falar em polarizações, em Vilhena temos Eduardo Japonês x Rosani Donadon, numa revanche, mas uma terceira via se aproximando. Em Ariquemes, o terceiro colégio eleitoral do estado, Tziu Jidaias x Lucas Follador, e a vereadora Redano na cola, em Ji-Paraná, sem Marcito Pinto nas paradas, ainda será necessário acomodar as melancias no caminhão para ver como as coisas  ficaram já que o prefeito que assumiu Afonso da Mabel caiu fora da peleja. Lá já tem Esaú (MDB) com as suas garras afiadas para alçar o Palácio Urupá.

Uma redução

Porto Velho começou com 16 candidatos a prefeito, o deputado Anderson Pereira desistiu e agora a justiça eleitoral está no pé de Willians Pimentel (MDB) e Ted Wilson (PRTB) com problemas passados que podem redundar em pedidos de impugnação, cujos  processos desgastam as candidaturas. No caso de Ted Wilson não tem muito o que desgastar, já que não se trata de um expoente na política local e longe de chegar ao pódio perante postulações mais competitivas como HIldon, Vinicius Miguel, Garçom, Eyder Brasil e Cristiane.

Mais gravações

Podem rolar nos próximos dias gravações na capital comprometendo políticos chantageando empresas em Rondônia. Não que a coisa seja novidade, pois desde a epopeia da construção das usinas se pratica extorsões pela classe política até para pipoqueiros. Por isto o custo Rondônia inibe a instalação de novas empresas e a concretização do desejado um distrito industrial. Muitas vezes os empresários são obrigados a pagar “pedágio” aos políticos para se instalar nestas bandas.

A visibilidade

Com criatividade e apoio nas mídias sociais, alguns candidatos a vereança seguem se destacando em Porto Velho, como Alex Palitot (PTB) que disputa a reeleição, Anísio Gorayeb (PSB), Buiu Davis (PSD), Arimar Sá, Alisson do Sandubas (PSDB), Rosinaldo Guedes (PDT), a ativista Luciana (PT), Carlinhos Maracanã (da área cultural), Walter Waltemberg (MDB), entre outros. Vamos ver se a habilidade no manejo das mídias sociais redunda nos votos esperados na eleição dos candidatos.     

Via Direta

*** Muita gente revoltada com os políticos e falando que não votar nas eleições municipais em novembro *** A insatisfação e a pandemia podem resultar num elevado índice de abstenção na capital rondoniense***O ano de 2020 vai chegando ao fim e tudo indica que a prefeitura de Poro Velho, prejudicada pela pandemia na realização das audiências públicas, não conseguirá concluir  a  revisão do Plano Diretor *** Com isto não terá como impor limites na expansão da zona urbana, já que os loteamentos clandestinos correm soltos do outro lado da ponte sobre o Rio Madeira, na BR 319 *** Vamos ver como os candidatos vão tratar da construção da nova rodoviária de Porto Velho, tão prometida e que jamais chegou a ser iniciada *** É um cartão postal às  avessas na capital.  

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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