Terça-feira, 29 de junho de 2021 - 08h14
O
extensionismo rural é pioneiro no uso da tecnologia para aprimoramento da
agropecuária. Desde 1859, com a criação de institutos imperiais para compartilhar
práticas, até o salto da década de 1970, quando até os mais humildes
agricultores passaram a ter acesso às cotações da Bolsa de Chicago, cumpriu-se
plenamente a profecia de que a ciência e a técnica levariam a produção
brasileira à igualdade com as nações desenvolvidas.
A
situação do país seria pior sem a força do agronegócio. Com
desindustrialização, desemprego e miséria crescendo nas crises econômica e
sanitária, a Amazônia 4.0 é a chance de que com ganhos ambientais e ações para
a melhoria do clima será possível chegar a um projeto para o Brasil em que a
bioeconomia será o carro-chefe do desenvolvimento nacional.
Garantindo
mais qualidade ao agronegócio, a tecnologia também será imprescindível na
transformação do Brasil de pária hostilizado em líder ambiental para a salvação
do clima no mundo. Contribuirá para isso, por exemplo, o sensoriamento remoto
de alta precisão proporcionado pela tecnologia aerotransportada de escaneamento
a laser Lidar (Light Detection and Ranging). Ela permitiu ao Inpe concluir um novo
mapa para o bioma amazônico, em apoio ao Inventário Nacional de Emissões e
Remoções de Gases de Efeito Estufa. Não há fake news que resista à luz da
informação detalhada e precisa.
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A regionalização
Temos
projeção de equilíbrio na disputa ao Senado na eleição do ano que vem, para uma
única cadeira em disputa, prevalecendo uma regionalização das candidaturas. A
fragmentação dos votos é previsível diante das postulações cogitadas. Em Porto
Velho, a liderança seria do prefeito Hildon Chaves (PSDB), com uma boa largada
sobre seus concorrentes. Nesta alternativa, uma segunda ou terceira colocações
do nosso mandatário tucano em Ariquemes Ji-Paraná, Cacoal e Vilhena poderia lhe
garantir a rapadura. É cogitado também para a peleja a CPA.
No Cone Sul
Na
região do Cone Sul rondoniense, desponta como a liderança de ponteira o empresário
Jayme Bagatoli (PSL). Garantida a vitória na região de Vilhena, impulsionado
pelo agronegócio, segmento onde é o candidato ao Senado melhor aquinhoado pelas
intenções de votos, ele poderá ser o segundo colocado na região central e até
com uma terceira posição na capital, terá garantida a cadeira, pois também no Vale
do Jamari, com apoio da colônia sulista ele está bem na foto. Lembrando que Bagatoli
quase deixou para trás Confúcio na peleja ao senado em 2018. É um nome temível.
Região central
Embora
não tenha definido seu projeto de reeleição e neste caso ele não diz que sim,
nem que não, o grande nome da região central continua sendo o senador pedetista
Acir Gurgacz. Em todas as disputas que ele travou, nunca Ji-Paraná e a região
central lhe faltaram. É o grande nome da BR, pois além de pontear no seu
reduto, belisca bem em Cacoal, Rolim, Ouro Preto e Jaru, que são colégios eleitorais
expressivos. Fazendo seu dever de casa, ou seja, ganhando na sua base onde se
concentra o maior eleitorado do interior, poderá ser até o terceiro ou o quarto
na capital para garantir sua reeleição.
Domínio raupista
Na
Zona da Mata e Região do Café, o predomínio é do ex-governador e ex-senador
Valdir Raupp (MDB), em plena recuperação política depois da derrota sofrida m
2018. Também é o caso do candidato voltar ao Congresso, dando as mãos com o seu
MDB rachado, pois com isto se tornaria um candidato mais competitivo, sendo
também nome de ponta –atrás de Bagatoli – em Vilhena e no médio Guaporé. O
interessante é que Raupp nunca perdeu eleição em Cacoal, mesmo em pleitos
estaduais que ele foi derrotado no restante do estado. E unindo o MDB ele
reforça suas paliçadas também na região de Ariquemes e no Vale do Jamari. Está
feita a equação para sua volta ao Congresso.
Fator Expedito
Fala-se
na sua decadência, mas neste quadro ao Senado não se descarta nem um pouco o
poderio do ex-senador Expedito Junior nos pequenos e médios municípios
rondonienses. É o candidato com a melhor média geral neste segmento e projeta
um segundo lugar na Zona da Mata e Região do Café (atrás de Raupp), e sempre obteve
boas votações no Vale do Jamari, uma região considerada território livre para
crescer, já que não tem um candidato na região onde estão situados colégios eleitorais
do porte de Ariquemes o terceiro maior do estado, Buritis e Machadinho. Se melhorar
sua situação na capital, que é seu grande calcanhar de Aqueles, será uma candidatura
fortemente competitiva.
Via Direta
*** Ainda não comentei sobre as projeções de uma possível candidatura
ao Senado da deputada federal Jaqueline Cassol, tendo em vista que seu irmão Ivo entra na disputa ao governo estadual e
sendo assim ela seguiria um projeto de reeleição a Câmara dos Deputados *** Além do mais,
mantendo a candidatura, Jaqueline ficaria espremida entre as poderosas postulações de Valdir Raupp e Expedito
Junior nas suas bases da Região do Café e Zona da Mata *** Complementando o cenário da peleja ao Senado, também não se
descartam zebras em Rondônia *** Ocorre que por aqui nestas paragens sempre
surgem nomes de última hora para surpreender o eleitorado num estado que tem se comportado nos últimos
pleitos com o chamado efeito manada, virando eleições de cabeça para baixo.
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