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Carlos Sperança

Profecia cumprida + A regionalização das candidaturas + Domínio raupista + Fator Expedito


Profecia cumprida + A regionalização das candidaturas + Domínio raupista + Fator Expedito - Gente de Opinião

Profecia cumprida

O extensionismo rural é pioneiro no uso da tecnologia para aprimoramento da agropecuária. Desde 1859, com a criação de institutos imperiais para compartilhar práticas, até o salto da década de 1970, quando até os mais humildes agricultores passaram a ter acesso às cotações da Bolsa de Chicago, cumpriu-se plenamente a profecia de que a ciência e a técnica levariam a produção brasileira à igualdade com as nações desenvolvidas.

A situação do país seria pior sem a força do agronegócio. Com desindustrialização, desemprego e miséria crescendo nas crises econômica e sanitária, a Amazônia 4.0 é a chance de que com ganhos ambientais e ações para a melhoria do clima será possível chegar a um projeto para o Brasil em que a bioeconomia será o carro-chefe do desenvolvimento nacional.

Garantindo mais qualidade ao agronegócio, a tecnologia também será imprescindível na transformação do Brasil de pária hostilizado em líder ambiental para a salvação do clima no mundo. Contribuirá para isso, por exemplo, o sensoriamento remoto de alta precisão proporcionado pela tecnologia aerotransportada de escaneamento a laser Lidar (Light Detection and Ranging). Ela permitiu ao Inpe concluir um novo mapa para o bioma amazônico, em apoio ao Inventário Nacional de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa. Não há fake news que resista à luz da informação detalhada e precisa.

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A regionalização

Temos projeção de equilíbrio na disputa ao Senado na eleição do ano que vem, para uma única cadeira em disputa, prevalecendo uma regionalização das candidaturas. A fragmentação dos votos é previsível diante das postulações cogitadas. Em Porto Velho, a liderança seria do prefeito Hildon Chaves (PSDB), com uma boa largada sobre seus concorrentes. Nesta alternativa, uma segunda ou terceira colocações do nosso mandatário tucano em Ariquemes Ji-Paraná, Cacoal e Vilhena poderia lhe garantir a rapadura. É cogitado também para a peleja a CPA.

No Cone Sul

Na região do Cone Sul rondoniense, desponta como a liderança de ponteira o empresário Jayme Bagatoli (PSL). Garantida a vitória na região de Vilhena, impulsionado pelo agronegócio, segmento onde é o candidato ao Senado melhor aquinhoado pelas intenções de votos, ele poderá ser o segundo colocado na região central e até com uma terceira posição na capital, terá garantida a cadeira, pois também no Vale do Jamari, com apoio da colônia sulista ele está bem na foto. Lembrando que Bagatoli quase deixou para trás Confúcio na peleja ao senado em 2018. É um nome temível.

Região central

Embora não tenha definido seu projeto de reeleição e neste caso ele não diz que sim, nem que não, o grande nome da região central continua sendo o senador pedetista Acir Gurgacz. Em todas as disputas que ele travou, nunca Ji-Paraná e a região central lhe faltaram. É o grande nome da BR, pois além de pontear no seu reduto, belisca bem em Cacoal, Rolim, Ouro Preto e Jaru, que são colégios eleitorais expressivos. Fazendo seu dever de casa, ou seja, ganhando na sua base onde se concentra o maior eleitorado do interior, poderá ser até o terceiro ou o quarto na capital para garantir sua reeleição.

Domínio raupista

Na Zona da Mata e Região do Café, o predomínio é do ex-governador e ex-senador Valdir Raupp (MDB), em plena recuperação política depois da derrota sofrida m 2018. Também é o caso do candidato voltar ao Congresso, dando as mãos com o seu MDB rachado, pois com isto se tornaria um candidato mais competitivo, sendo também nome de ponta –atrás de Bagatoli – em Vilhena e no médio Guaporé. O interessante é que Raupp nunca perdeu eleição em Cacoal, mesmo em pleitos estaduais que ele foi derrotado no restante do estado. E unindo o MDB ele reforça suas paliçadas também na região de Ariquemes e no Vale do Jamari. Está feita a equação para sua volta ao Congresso.

Fator Expedito

Fala-se na sua decadência, mas neste quadro ao Senado não se descarta nem um pouco o poderio do ex-senador Expedito Junior nos pequenos e médios municípios rondonienses. É o candidato com a melhor média geral neste segmento e projeta um segundo lugar na Zona da Mata e Região do Café (atrás de Raupp), e sempre obteve boas votações no Vale do Jamari, uma região considerada território livre para crescer, já que não tem um candidato na região onde estão situados colégios eleitorais do porte de Ariquemes o terceiro maior do estado, Buritis e Machadinho. Se melhorar sua situação na capital, que é seu grande calcanhar de Aqueles, será uma candidatura fortemente competitiva.

Via Direta

*** Ainda não comentei  sobre as projeções de uma possível candidatura ao Senado da deputada federal Jaqueline Cassol, tendo em vista que seu irmão  Ivo entra na disputa ao governo estadual e sendo assim ela seguiria um projeto de reeleição a Câmara dos Deputados *** Além do mais, mantendo a candidatura, Jaqueline ficaria espremida entre as  poderosas postulações de Valdir Raupp e Expedito Junior nas suas bases da Região do Café e Zona da Mata *** Complementando o cenário da peleja ao Senado, também não se descartam zebras em Rondônia *** Ocorre que por aqui nestas paragens sempre surgem nomes de última hora para surpreender o eleitorado  num estado que tem se comportado nos últimos pleitos com o chamado efeito manada, virando eleições de cabeça para baixo. 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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