Terça-feira, 7 de dezembro de 2021 - 08h46
Certa vez, quando foi primeira-dama da Nação,
perguntaram à antropóloga Ruth Leite Cardoso o que era preciso para mudar uma
situação encalacrada no sistema, prejudicial ao país e ao povo. Ela aconselhou
pressionar as autoridades, pois não há outro meio. Causam risos os líderes que
dizem não negociar sob pressão, porque a pressão sempre vem. E não só de fora
dos governos: o que as alas internas dos palácios mais fazem é conspirar e
pressionar em favor de seus integrantes e projetos.
Há pouco, ele mesmo pressionado por governos
estrangeiros, sofrendo a desconfiança de paranoicos que o temem à frente de um
movimento para afastar o presidente Jair Bolsonaro e ciente das imensas
responsabilidades que assumiu com a presidência do Conselhão da Amazônia, o
vice-presidente Hamilton Mourão foi firme ao defender a pressão contra os
crimes ambientais.
Ficou muito claro que o negacionismo não
funciona e as cartas dos investidores estão abertas sobre a mesa: ou o Brasil
entrega uma defesa eficiente da Amazônia ou os recursos virão a conta-gotas, se
tanto. A tese nacionalista de um fundão unicamente brasileiro, contando com o
patriotismo dos ricos locais nasce torta, porque o capital não tem pátria nem
nação: segue o lucro. Defender a natureza só da boca para fora e na publicidade
já não funciona. É preciso entregar substância concreta ou amargar a escalada
crescente e irrefreável das pressões.
...........................................................................
Estranha
no ninho
A última coisa que os candidatos a Câmara dos
Deputados do Cone Sul rondoniense poderiam desejar, em vista de um eleitorado
restrito na região, seria a chegada de forasteiros para a peleja de 2022. Mas
foi o que aconteceu, para contrariedade de Evandro Padovani, Natan Donadon e
Eduardo Japonês, os três postulantes mais fortes daquele importante polo
regional. Como abelha rainha tucana, a deputada federal Mariana Carvalho (PSDB)
ampliando seus redutos desembarcou com mala e cuia em Vilhena espalhando suas
emendas parlamentares para os municípios adjacentes.
Troca-troca
A maior parte do troca-troca de partidos, que
começa em março com a abertura da janela da infidelidade, fica por conta dos
deputados e senadores do PSL rumo ao PL, com a recente filiação do presidente
Jair Messias Bolsonaro. Em estados do Nordeste, onde alguns diretórios estavam
comprometidos com Lula em São Paulo onde o partido fazia base do governo
estadual João Dória devem ocorrer a maioria das mudanças. Também em estados
bolsonaristas como Rondônia, Acre, Paraná, Roraima e Santa Catarina o PL receberá
reforços.
Teto
baixo
Os bolsonaristas também estão otimistas com relação
ao adversário Sérgio Moro que tem crescido muito nas últimas semanas e busca
dissidentes do PSDB, PSL e de outras legendas insatisfeitas com o acordo Bolsonaro/PL.
O núcleo de inteligência do PL acredita que o teto do ex-juiz da Lava Jato é
baixo, não passará dos 15 por cento (já está em 13,7 neste início de dezembro)
e com isto não será uma ameaça ao projeto de reeleição do atual presidente.
Otimistas, acreditam que os votos de Moro vão reverter a Bolsonaro no segundo
turno, no enfrentamento com o ex-presidente Lula.
Projeto
pronto
O projeto envolvendo a candidatura da primeira
dama Ieda Chaves a vice-governadora, como é pretendida pelo senador Marcos
Rogério, ou como alternativa uma cadeira a Câmara dos Deputados está muito bem
articulado. No campo social, a loira trabalha bem, está se transformando numa
Isabelita Peron local em prestigio. No campo político foi bem explorado o título
de cidadã pela Câmara de Vereadores de Porto Velho e algo justo, mesmo considerando
que os edis são vacas de presépio. Mas ela não pode é errar na escolha do cargo
a ser disputado e da aliança que vai se envolver pois erros de avaliação derrubaram
muitos favoritos nas pelejas políticas rondonienses.
As
mudanças
Entre as mudanças partidárias previstas para
o ano que vem vão se confirmando a filiação do deputado federal coronel
Crisóstomo, que deixa o PSL para acompanhar o presidente Jair Bolsonaro no PL.
Na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Lazinho da Fetagro projeta seu
ingresso no PSB, de Mauro Nazif. Também são esperadas as adesões no PL do empresário
Bagatoli, de Vilhena, forte candidato ao Senado. O PL vem aí bem reforçado pois
a tendência é o senador Marcos Rogério acompanhar o presidente na legenda
assumindo o controle da sigla no estado.
Via
Direta
*** De asas crescidas, o prefeito de Colorado
do Oeste professor Ribamar quer chutar o prefeito Celio Lang do poleiro na
Associação Rondoniense de Municípios (AROM). Garante que tem apoio do governador Marcos Rocha no seu
objetivo *** Tarefa difícil, Lang
realiza uma gestão eficiente e a entidade cresceu muito nos últimos anos ***
Ardilosamente candidatos a Câmara dos Deputados de Vilhena, capitaneados por
Evandro Padovani estão sugerindo que o prefeito Japonês desista da campanha a
federal e que seja candidato ao Senado do governador Marcos Rocha ***Neste caso Japonês pularia da panela
para frigideira, já que o postulante ao
Senado mais forte da região é o empresário Bagatoli, duro de ser batido nas regiões
do Cone Sul rondoniense e Zona da Mata *** Querem fazer Japonês de “pato”.
Sem perdãoHá pessoas que se dizem cristãs, mas abrem caminho ao inferno ao ofender os semelhantes, esquecendo que uma das principais lições do crist
Dá pena de ver a situação a Av, 7 de setembro no centro antigo de Porto Velho
O jogo da Amazônia Em todo o mundo se tornou obrigatória a pergunta “e agora, com a eleição de Trump nos EUA?” Mao Tsé-tung disse que se os chinese
É bem provável que ocorra uma regionalização de candidaturas ao Palácio Rio Madeira
DesbranqueandoA jornalista brasileira Eliane Brum, descendente de italianos e filha de pai argentino nascida em Ijuí, Noroeste gaúcho, certo dia dec
A classe política está querendo antecipar o processo eleitoral de 2026
Tartarugas humanasO desmatamento e a piora do clima causam prejuízos generalizados aos povos amazônicos. Os que mais assustam são as perdas na agri