Quinta-feira, 23 de março de 2023 - 07h50
Há
uma versão sobre os golpistas de 8 de janeiro segundo a qual eles vivem numa
realidade forjada em redes sociais – um mundo paralelo em que os sonhos se
realizam por magia, reza ou socorro extraterrestre. Só em um mundo bizarro se
explicaria ir aos quartéis propor aos militares que cometam o crime de
lesa-pátria de desonrar seus juramentos à Constituição. A mesma situação do
agressor Adélio Bispo ao esfaquear o então candidato Jair Bolsonaro ou dos que
juram que não houve facada. Partem de uma certeza sem base real, mundo de
fantasia existente só na cabeça do sonhador, em que cometer ou negar crimes
dissolve culpas.
No
entanto, não estão longe de cultivar fantasias os governantes que fazem
maravilhosas promessas, assim como os eleitores que confiam nelas e os elegem
por isso. A Nasa vem de anunciar um novíssimo sistema de mapeamento de árvores
que permite medir a eficácia do sequestro de carbono, importante elemento na luta
contra a piora climática, já que o reflorestamento é a forma preferida pelos
políticos para compensar a pegada de carbono.
Então
pesquisadores da Universidade de Melbourne (Austrália) somaram as promessas de
reflorestamento dos políticos de cada país e concluíram que seria preciso plantar
árvores em quase 1,2 bilhões de hectares, uma Europa. Acreditar que vão fazer
isso não é diferente de sonhar com ETs salvando a pátria. Há muito mais a fazer
além de esperar que cumpram as promessas feitas para 2030.
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As convenções
Ao
meio de idas e vindas, nomes cogitados e descartados, fusões e incorporações,
os partidos começam a se preocupar com as convenções partidárias que vão
definir no ano que vem os candidatos as prefeituras municipais. Ocorre que quem
é realmente postulante tem que se preocupar com o controle da sua legenda,
contar com maioria no seu partido para nãos ser apunhalado nas costas no ano
eleitoral. Muitos candidatos ao governo do estado e as prefeituras em campanhas
ao longo dos anos já sofreram nas mãos de traíras que usam as agremiações só
para se locupletar.
A paciência
Os
portovelhenses estão perdendo a paciência com tantos ladrões, arrombadores e
assaltantes na capital. São tantos casos e a segurança púbica não dando conta
de tanta demanda. que os populares estão surrando e até matando os marginais,
fazendo justiça com as próprias mãos. Na semana tivemos casos em que os
próprios donos das empresas atingidas por assaltos foram atrás dos bandidos na
tentativa de recuperar os objetos roubados, como no caso da Thales Veículos.
Muitos casos já acontecendo em pleno dia e a população cada vez mais refém dos criminosos.
Um apelo
Recebi apelo dos
leitores e encaminho através da coluna, ao Governador Marcos Rocha, ao prefeito
Hildon Chaves e ao presidente da Assembleia Legislativa Marcelo Cruz para
divulgarem melhor na mídia, através de comunicados, em rádios, jornais, sites e
televisão o dia do pagamento dos seus servidores. Justificam que esta
divulgação representa muito no ânimo do comércio que anda meio combalido desde
o início do ano. A propósito, reitero que o governo do estado antecipou o
pagamento dos seus funcionários, começando no próximo dia 28, terça-feira.
Os pagamentos
Em
Rondônia tem sido uma tradição, criada ainda pelo então governador Jorge Teixeira
o pagamento no mês trabalhado dos servidores tanto no governo estadual como na
Assembleia Legislativa. Apenas em gestões em crise isto não foi possível e na
própria prefeitura de Porto Velho, com menos recursos, sempre que foi possível
os prefeitos também cumpriram o pagamento do seu funcionalismo no mês
trabalhado. Do governo Ivo Cassol para cá este sistema tem sido ininterrupto, nas
gestões do próprio Ivo, de Confúcio Moura e do atual govenador Marcos Rocha.
As alagações
O
mês de março se encaminha para o final como um dos mais chuvosos nos últimos
anos em Rondônia. Como consequência, temos transbordamentos dos rios e igarapés
da aldeia indígena dos Karipunas em Jacy-Paraná, no norte do estado, as avenidas
de Nova Brasilândia, na progressista Zona da Mata rondoniense. Com isto a malha
das estradas vicinais, seja em Porto Velho, ou em Campo Novo estão prejudicadas.
O pavimento asfáltico da BR 364, derretendo e a rodovia 319 quase intransitável
com tantos lamaçais no trecho para Manaus.
Via Direta
*** O que se vê é o crime organizado se
espalhando pelo País. Se no Sul do país, o planejamento chega a execução de
Sergio Moro, procuradores e delegados, em Rondônia as facções criminosas
tomaram e assalto os grandes conjuntos habitacionais *** É o problema da
segurança pública se agravando mais a cada ano no Brasil *** O desemprego levou centenas de famílias as atividades informais. Na
Zona Leste de Porto Velho proliferam os espetinhos. Defronte o shopping as
carrocinhas de cachorro quente disputam clientes *** Aumenta as placas de
vende-se de imóveis em Porto Velho e muita gente indo embora em busca de outras
oportunidades. Mas lá fora, tanto no Sul como no Nordeste, as coisas também
estão difíceis.
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