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Carlos Sperança

Promessa e realidade, portovelhenses estão perdendo a paciência e as alagações


Promessa e realidade, portovelhenses estão perdendo a paciência e as alagações - Gente de Opinião

Promessa e realidade

Há uma versão sobre os golpistas de 8 de janeiro segundo a qual eles vivem numa realidade forjada em redes sociais – um mundo paralelo em que os sonhos se realizam por magia, reza ou socorro extraterrestre. Só em um mundo bizarro se explicaria ir aos quartéis propor aos militares que cometam o crime de lesa-pátria de desonrar seus juramentos à Constituição. A mesma situação do agressor Adélio Bispo ao esfaquear o então candidato Jair Bolsonaro ou dos que juram que não houve facada. Partem de uma certeza sem base real, mundo de fantasia existente só na cabeça do sonhador, em que cometer ou negar crimes dissolve culpas.

No entanto, não estão longe de cultivar fantasias os governantes que fazem maravilhosas promessas, assim como os eleitores que confiam nelas e os elegem por isso. A Nasa vem de anunciar um novíssimo sistema de mapeamento de árvores que permite medir a eficácia do sequestro de carbono, importante elemento na luta contra a piora climática, já que o reflorestamento é a forma preferida pelos políticos para compensar a pegada de carbono.

Então pesquisadores da Universidade de Melbourne (Austrália) somaram as promessas de reflorestamento dos políticos de cada país e concluíram que seria preciso plantar árvores em quase 1,2 bilhões de hectares, uma Europa. Acreditar que vão fazer isso não é diferente de sonhar com ETs salvando a pátria. Há muito mais a fazer além de esperar que cumpram as promessas feitas para 2030.

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As convenções

Ao meio de idas e vindas, nomes cogitados e descartados, fusões e incorporações, os partidos começam a se preocupar com as convenções partidárias que vão definir no ano que vem os candidatos as prefeituras municipais. Ocorre que quem é realmente postulante tem que se preocupar com o controle da sua legenda, contar com maioria no seu partido para nãos ser apunhalado nas costas no ano eleitoral. Muitos candidatos ao governo do estado e as prefeituras em campanhas ao longo dos anos já sofreram nas mãos de traíras que usam as agremiações só para se locupletar.

A paciência

Os portovelhenses estão perdendo a paciência com tantos ladrões, arrombadores e assaltantes na capital. São tantos casos e a segurança púbica não dando conta de tanta demanda. que os populares estão surrando e até matando os marginais, fazendo justiça com as próprias mãos. Na semana tivemos casos em que os próprios donos das empresas atingidas por assaltos foram atrás dos bandidos na tentativa de recuperar os objetos roubados, como no caso da Thales Veículos. Muitos casos já acontecendo em pleno dia e a população cada vez mais refém dos criminosos.

Um apelo

 Recebi apelo dos leitores e encaminho através da coluna, ao Governador Marcos Rocha, ao prefeito Hildon Chaves e ao presidente da Assembleia Legislativa Marcelo Cruz para divulgarem melhor na mídia, através de comunicados, em rádios, jornais, sites e televisão o dia do pagamento dos seus servidores. Justificam que esta divulgação representa muito no ânimo do comércio que anda meio combalido desde o início do ano. A propósito, reitero que o governo do estado antecipou o pagamento dos seus funcionários, começando no próximo dia 28, terça-feira.

Os pagamentos

Em Rondônia tem sido uma tradição, criada ainda pelo então governador Jorge Teixeira o pagamento no mês trabalhado dos servidores tanto no governo estadual como na Assembleia Legislativa. Apenas em gestões em crise isto não foi possível e na própria prefeitura de Porto Velho, com menos recursos, sempre que foi possível os prefeitos também cumpriram o pagamento do seu funcionalismo no mês trabalhado. Do governo Ivo Cassol para cá este sistema tem sido ininterrupto, nas gestões do próprio Ivo, de Confúcio Moura e do atual govenador Marcos Rocha.

As alagações

O mês de março se encaminha para o final como um dos mais chuvosos nos últimos anos em Rondônia. Como consequência, temos transbordamentos dos rios e igarapés da aldeia indígena dos Karipunas em Jacy-Paraná, no norte do estado, as avenidas de Nova Brasilândia, na progressista Zona da Mata rondoniense. Com isto a malha das estradas vicinais, seja em Porto Velho, ou em Campo Novo estão prejudicadas. O pavimento asfáltico da BR 364, derretendo e a rodovia 319 quase intransitável com tantos lamaçais no trecho para Manaus.

Via Direta

*** O que se vê é o crime organizado se espalhando pelo País. Se no Sul do país, o planejamento chega a execução de Sergio Moro, procuradores e delegados, em Rondônia as facções criminosas tomaram e assalto os grandes conjuntos habitacionais *** É o problema da segurança pública se agravando mais a cada ano no Brasil *** O desemprego levou centenas de famílias as atividades informais. Na Zona Leste de Porto Velho proliferam os espetinhos. Defronte o shopping as carrocinhas de cachorro quente disputam clientes *** Aumenta as placas de vende-se de imóveis em Porto Velho e muita gente indo embora em busca de outras oportunidades. Mas lá fora, tanto no Sul como no Nordeste, as coisas também estão difíceis.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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