Terça-feira, 19 de março de 2024 - 08h04
Tudo
na Amazônia é grande e apaixonante. Muito é controverso e disputado. Pouco está
resolvido – talvez só a evidência de que o futuro da região, atrelado ao do
Brasil, está na bioeconomia. A parte menos resolvida é a compreensão sobre como
agir para que a Amazônia proporcione o melhor para seus povos e o país.
A
resolução passa pelo aprofundamento do debate político, ambiental e científico.
Em busca de soluções, o debate político sofre as limitações dos interesses
envolvidos. Com a guerra de narrativas entre ambientalistas e negacionistas, o
desaguadouro natural de propostas e teses é o universo científico.
Os
cientistas estão fazendo a sua parte. A Sociedade Brasileira para o Progresso
da Ciência (SBPC) reagiu à previsão veiculada pela revista britânica Nature
segundo a qual a floresta pode atingir um ponto de não-retorno – quando o
apocalipse climático não puder mais ser evitado – até 2050. Com essa
perspectiva, a SBPC promoveu em 1º de março o debate “Amazônia em colapso?”
A questão
foi só o estopim de uma bomba que se fragmenta em pedaços, cada qual exigindo
debates à parte e ações corretivas. No passado mítico, acreditava-se que havia
um material – a pedra filosofal – que ao tocar em qualquer objeto o
transformaria em ouro. Pelas avaliações científicas atualizadas, qualquer ouro
sempre valerá menos que o potencial da biodiversidade. A verdadeira pedra
filosofal é o conhecimento científico.
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Janela partidária
A
janela partidária, instrumento que permite a troca de partidos por vereadores
sem perder o mandato, que começou dia 7 deste mês de março, vai se prolongar
apenas até o dia 5 de abril. Até agora não ocorreram grandes mudanças partidárias
já que poucos edis que optaram pelo troca-troca. Alguns vereadores ainda estão
estudando a conveniência da migração, examinando suas possibilidades se num
outro partido teriam melhores chances para se reeleger. Em Porto Velho os
atuais vereadores recebem carga pesada dos concorrentes que os criticam pela
falta de fiscalização do Executivo.
Pela reabilitação
Punidos
pela justiça ou até mesmo com derrotas nas urnas vários ex-deputados federais
se articulam para disputar as eleições 2026 na busca de cadeiras na Câmara dos
Deputados. Representantes do porte de Nilton Capixaba (Cacoal), Natan Donadon
(Vilhena), Ernandes Amorim (Ariquemes), Marinha Raupp (Rolim de Moura), Carlos Magno
(Ouro Preto do Oeste), Luís Claudio (Rolim de Moura) se organizam apoiando aliados
nas disputas municipais visando reforçar suas paliçadas para as eleições gerais
de 2026. Alguns com boas chances, outros já em decadência.
A vaga de Moro
Os
paranaenses dão como certa a cassação do mandato do ex-ministro da Justiça, o
atual senador Sérgio Moro. Pelos últimos acontecimentos até ele deve ter
chegado a esta mesma conclusão, já que pediu a sua esposa, deputada federal por
São Paulo Rosangela Moro transferir seu domicilio eleitoral para o Paraná para
disputar a sua cadeira. Os concorrentes são a deputada federal e presidente nacional
do PT Gleicy Hoffmam, a ex-primeira dama do mito Michele Bolsonaro. Uma disputa
envolvendo matriarcado na política paranaense com três postulantes femininas.
Catimbando o jogo
O
governador Marcos Rocha (União Brasil) segue catimbando o jogo quando se trata
da definição do seu ungido para disputar a prefeitura de Porto Velho. Embora
esteja apalavrado com o prefeito Hildon Chaves (PSDB) para apoiar a candidata
Mariana Carvalho (Progressistas), que integra sua base de apoio, Rocha se vê
obrigado a atender as exigências do Diretório Nacional do União Brasil que é o
lançamento de candidaturas próprias nas capitais. Sendo assim, o partido tem
dois pré-candidatos para bater chapa nas convenções de julho: o deputado federal
Fernando Máximo e a deputada federal Cristiane Lopes.
Nada descartado
Tem
sido histórico as derrotas de candidatos situacionistas quando a base do
governo estadual ou do prefeito estão rachadas. Temos grandes exemplos do
quanto o divisionismo, a fogueira de vaidades tem prejudicado até candidatos
considerados favoritos nas pelejas municipais e estaduais. Na jornada 2024 se
repete isto e este divisionismo tem beneficiado o ex-deputado federal Leo
Moraes (Podemos) que aparentemente soma apoio de gregos e troianos. Entrando na
disputa, Leo, com certeza será um feroz concorrente para Mariana ou Máximo. É o
nome que mais tem crescido nesta pré-campanha.
Via Direta
*** Todos os indicativos climáticos já
apontam a rainha de todas as secas em Rondônia no transcorrer de 2024. Não é à
toa que muitos municípios já estão entrando em estado de alerta e se preparando
para uma crise hídrica pesada *** Quem poderia imaginar a alguns anos faltar
água na Amazônia? Isto era flagelo do Nordeste que convive com secas há mais de
um século com o bravo povo nordestino enfrentando a situação *** Como andorinhas com as asas quebradas e
cheias de dor, imigrantes brasileiros estão voltando de Portugal e Estados
Unidos *** Em muitos casos de mãos abanando, perdendo recursos usados no
sonho de buscar uma vida melhor. É o mundo em crise.
Importantes causas rondonienses não foram para frente nos últimos anos
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