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Carlos Sperança

Punidos pela justiça ou até mesmo com derrotas vários ex-deputados federais se articulam para disputar as eleições 2026


Punidos pela justiça ou até mesmo com derrotas vários ex-deputados federais se articulam para disputar as eleições 2026 - Gente de Opinião

Colapso ou soluções

Tudo na Amazônia é grande e apaixonante. Muito é controverso e disputado. Pouco está resolvido – talvez só a evidência de que o futuro da região, atrelado ao do Brasil, está na bioeconomia. A parte menos resolvida é a compreensão sobre como agir para que a Amazônia proporcione o melhor para seus povos e o país.

A resolução passa pelo aprofundamento do debate político, ambiental e científico. Em busca de soluções, o debate político sofre as limitações dos interesses envolvidos. Com a guerra de narrativas entre ambientalistas e negacionistas, o desaguadouro natural de propostas e teses é o universo científico.

Os cientistas estão fazendo a sua parte. A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) reagiu à previsão veiculada pela revista britânica Nature segundo a qual a floresta pode atingir um ponto de não-retorno – quando o apocalipse climático não puder mais ser evitado – até 2050. Com essa perspectiva, a SBPC promoveu em 1º de março o debate “Amazônia em colapso?”

A questão foi só o estopim de uma bomba que se fragmenta em pedaços, cada qual exigindo debates à parte e ações corretivas. No passado mítico, acreditava-se que havia um material – a pedra filosofal – que ao tocar em qualquer objeto o transformaria em ouro. Pelas avaliações científicas atualizadas, qualquer ouro sempre valerá menos que o potencial da biodiversidade. A verdadeira pedra filosofal é o conhecimento científico.

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Janela partidária

A janela partidária, instrumento que permite a troca de partidos por vereadores sem perder o mandato, que começou dia 7 deste mês de março, vai se prolongar apenas até o dia 5 de abril. Até agora não ocorreram grandes mudanças partidárias já que poucos edis que optaram pelo troca-troca. Alguns vereadores ainda estão estudando a conveniência da migração, examinando suas possibilidades se num outro partido teriam melhores chances para se reeleger. Em Porto Velho os atuais vereadores recebem carga pesada dos concorrentes que os criticam pela falta de fiscalização do Executivo.

Pela reabilitação

Punidos pela justiça ou até mesmo com derrotas nas urnas vários ex-deputados federais se articulam para disputar as eleições 2026 na busca de cadeiras na Câmara dos Deputados. Representantes do porte de Nilton Capixaba (Cacoal), Natan Donadon (Vilhena), Ernandes Amorim (Ariquemes), Marinha Raupp (Rolim de Moura), Carlos Magno (Ouro Preto do Oeste), Luís Claudio (Rolim de Moura) se organizam apoiando aliados nas disputas municipais visando reforçar suas paliçadas para as eleições gerais de 2026. Alguns com boas chances, outros já em decadência.

A vaga de Moro

Os paranaenses dão como certa a cassação do mandato do ex-ministro da Justiça, o atual senador Sérgio Moro. Pelos últimos acontecimentos até ele deve ter chegado a esta mesma conclusão, já que pediu a sua esposa, deputada federal por São Paulo Rosangela Moro transferir seu domicilio eleitoral para o Paraná para disputar a sua cadeira. Os concorrentes são a deputada federal e presidente nacional do PT Gleicy Hoffmam, a ex-primeira dama do mito Michele Bolsonaro. Uma disputa envolvendo matriarcado na política paranaense com três postulantes femininas.

Catimbando o jogo

O governador Marcos Rocha (União Brasil) segue catimbando o jogo quando se trata da definição do seu ungido para disputar a prefeitura de Porto Velho. Embora esteja apalavrado com o prefeito Hildon Chaves (PSDB) para apoiar a candidata Mariana Carvalho (Progressistas), que integra sua base de apoio, Rocha se vê obrigado a atender as exigências do Diretório Nacional do União Brasil que é o lançamento de candidaturas próprias nas capitais. Sendo assim, o partido tem dois pré-candidatos para bater chapa nas convenções de julho: o deputado federal Fernando Máximo e a deputada federal Cristiane Lopes.

Nada descartado

Tem sido histórico as derrotas de candidatos situacionistas quando a base do governo estadual ou do prefeito estão rachadas. Temos grandes exemplos do quanto o divisionismo, a fogueira de vaidades tem prejudicado até candidatos considerados favoritos nas pelejas municipais e estaduais. Na jornada 2024 se repete isto e este divisionismo tem beneficiado o ex-deputado federal Leo Moraes (Podemos) que aparentemente soma apoio de gregos e troianos. Entrando na disputa, Leo, com certeza será um feroz concorrente para Mariana ou Máximo. É o nome que mais tem crescido nesta pré-campanha.

 

Via Direta

*** Todos os indicativos climáticos já apontam a rainha de todas as secas em Rondônia no transcorrer de 2024. Não é à toa que muitos municípios já estão entrando em estado de alerta e se preparando para uma crise hídrica pesada *** Quem poderia imaginar a alguns anos faltar água na Amazônia? Isto era flagelo do Nordeste que convive com secas há mais de um século com o bravo povo nordestino enfrentando a situação *** Como andorinhas com as asas quebradas e cheias de dor, imigrantes brasileiros estão voltando de Portugal e Estados Unidos *** Em muitos casos de mãos abanando, perdendo recursos usados no sonho de buscar uma vida melhor. É o mundo em crise. 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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