Terça-feira, 25 de junho de 2024 - 07h50
Duas
suposições baseadas em dados científicos superam o misticismo do beato Antônio
Conselheiro, que em 1833, ao fundar o arraial de Canudos, declarou que “o
sertão vai virar mar e o mar vai virar sertão”. A primeira é agir para minimizar
os efeitos do agravamento da seca na Amazônia e no Pantanal. A outra é que as
cheias dos rios amazônicos serão menos intensas que em dramáticas ocasiões
anteriores.
Enchentes
assustadoras e destrutivas como as registradas no Sul recentemente e os
prejuízos em todo o país por conta das estiagens mais severas dos últimos anos
teriam que servir de lições para orientar atividades necessárias para mitigar e
compensar os efeitos. Não basta cantar vitória sobre o negacionismo omisso das
avestruzes, que ao sentir perigo enfiam as cabeças em buracos, deixando o corpo
todo restante exposto ao mal que vier.
É
bom e confortador que o Serviço Geológico do Brasil, o Instituto Nacional de
Pesquisas da Amazônia e as Defesas Civis estaduais e locais disponham do Alerta
de Cheias. Em igual sentido, os grandes incêndios que podem acontecer até
setembro merecem ter o enfretamento estimado no pacto pela Prevenção e Controle
de Incêndios, celebrado entre o governo federal e os estaduais. É preciso pôr
em ação mecanismos preventivos. Deixar de cumprir obrigações na crença ilusória
de que basta rezar para o mal anunciado não acontecer é irresponsabilidade.
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Pode piorar
O
que era ruim para Rondônia no que tange ao caos aéreo estabelecido desde o ano
passado, pode piorar. Ocorre que a Azul, empresa que pratica vingança contra os
passageiros de Porto Velho – são mais de 10 mil processos na justiça – está em
vias de comprar a Gol concentrando quase 60 por cento do mercado da aviação no
País. A tendência com este quase monopólio é um aumento de tarifas até em outras
rotas praticadas pela empresa. Estamos fritos e mal pagos com uma situação que
tem levado a passageiros da capital rondoniense a embarcar em aviões em Rio
Branco (a 500 quilômetros) e até mesmo em Cuiabá (1.500 quilômetros) para aliviar
o preço das viagens.
Totens a vontade
Por
conta do crime organizado que tomou conta de Rondônia, Acre e Amazonas, as
autoridades de segurança do nosso estado estão espalhando totens nas comunidades
onde as ações criminosas e agora os piratas do madeira se instalaram, que são o
Orgulho do Madeira, Morar Melhor, Porto Madero e Cristal da Calama, onde volta
e meia nas redondezas são desovados corpos vítimas desta guerra sangrenta envolvendo
o tráfico de drogas. A medida é um avanço, já que isto inibe pelo menos os
“aviões”, aqueles vigias do narcotráfico que controlam entradas e saídas dos
grandes conjuntos habitacionais. Mas a criminalidade segue elevada.
Apetite reduzido
Com
a saúde em caos, o governador de Rondônia Marcos Rocha, juntamente com a deputada
federal Cristiane Lopes (ambos do União Brasil) planejavam e anunciaram um
grande estádio para Porto Velho, seguindo o modelo de Hildon Chaves com Mariana
Carvalho, bem sucedido, na construção da nova rodoviária de Porto Velho. Mas a coisa
pegou mal, já que Rocha não conseguiu nem levantar o hospital Heuro na Zona
Leste. Depois de umas boas lambadas da população Rocha e Cristiane deixaram de
falar no assunto. Será que o estádio anunciado, ainda sai?
Cabos eleitorais
Me
indagaram durante a semana quais são os melhores cabos eleitorais desta campanha
em Porto Velho. Sem dúvidas considero o prefeito Hildon Chaves (PSDB) como o
melhor de todos. Em segundo lugar vem o deputado federal Fernando Máximo (União
Brasil), em terceiro o governador Marcos Rocha (por causa da máquina, sem ela não
ajuda nadica de nada). Máximo é um verdadeiro fenômeno eleitoral em Porto
Velho, não foi à toa que foi sabotado. Seria eleito prefeito com um pé nas
costas e logo em seguida poderia até escalar o governo estadual. Nada
conveniente para Hildão (candidato ao governo) e Rocha (candidato ao Senado em
2026.
Modelo antigo
Este
sistema de inibir o nascimento de novas lideranças com uma paulada na cabeça,
como aconteceu com Máximo, é recorrente em Rondônia. Uma pratica que foi muito usada
desde Teixeirão, seguida com competência pelos governadores Valdir Raupp e
Oswaldo Piana, pelo prefeito Chiquilito, pelo senador Odacir Soares entre
outros expoentes da política. Lembram? Raquel não conseguiu nem legenda para
ser candidata a prefeita no seu auge e acabou vice na derrota de Jacob Atalah.
Jeronimo Santana, como uma sucuri, asfixiou Tomás Correia, Piana Jose Guedes,
Raupp, Ilmar Kusller. Tantas lideranças emergentes assim que saíram da toca
foram abatidas.
Via Direta
*** Não bastasse as ações criminosas nas
principais comunidades populares em Porto Velho, os piratas do madeira que
chegaram com tudo, com arrastões na orla
do Madeira roubando combustível e cargas inteiras de soja e milho, ainda temos
a máfia dos coiotes lucrando com a transferência de imigrantes ilegais para os Estados
Unidos ***
Todo mês, os coiotes (intermediários) no transporte de imigrantes rondonienses,
conduzem os incautos para intenso sofrimento na passagem pelo deserto na
fronteira pelo México *** Já existem
totens em tudo que é lugar na capital rondoniense , mesmo assim os jovens do tráfico
seguem morrendo em embates e em execuções sangrentas.
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