Quinta-feira, 15 de dezembro de 2022 - 08h31
O
mundo ferve com guerra, economias destroçadas, embates sangrentos entre seitas
políticas e supostamente religiosas, doenças que reaparecem com variantes
traiçoeiras e riscos de apocalipse nuclear ou climático. Só mentalidades
estreitas poderiam supor que manter a polarização eleitoral nessa quadra tão
única e complexa da humanidade poderia levar a bom porto.
Ao
final de mais um ciclo governamental no Brasil, cada brasileiro levará suas
próprias saudades ou decepções a relatar em sua história, mas para a história
do Brasil e do mundo o novo governo será o da reconciliação nacional ou o da paralisia
geral. Fora disso, se o Executivo forçar e o Legislativo engrossar, é a Justiça
que vai tomar a decisão. É falta de bom senso forçar crises entre os poderes na
ingênua (e ilegal) crença de que algum “poder moderador” vindo do espaço ou do
túmulo do Império vai substituir o STF na definição final das demandas.
Já
passando para a história, o governo em fim de feira ficará sendo aquele em que
múltiplas investigações desnudaram a vasta amplitude dos crimes ambientais e a
bioeconomia saltou à frente como unanimidade apesar da encrenqueira polarização.
Há chances para a união nacional. Se o país se reconciliar e os crimes
ambientais forem combatidos com eficiência pelas nações amazônicas, a floresta
renderá muito mais em favor de seus povos, além de entregar ao mundo um bom clima.
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Um bom exemplo
O
deputado eleito Rodrigo Camargo vai iniciar seu mandato na Assembleia Legislativa
dando um bom exemplo para seus pares. Ele vai contratar seus assessores através
de processo seletivo, priorizando a qualidade e transparência. O sistema também
evita a contratação de funcionários fora da lei, como tem ocorrido ao longo do
tempo na Casa de Leis de Rondônia. Já tivemos por lá desde ladrão de gado, a caranguejeiros
(ladrões de caminhões), traficantes, assaltantes de banco e toda sorte de
vigaristas nas assessorias de parlamentares rondonienses, seja na bancada
estadual ou na federal.
Um paraíso
Camargo,
por conseguinte, se mostra um político diferenciado. Rondônia, ao longo da sua trajetória,
desde os idos do território federal tem sido um paraíso para políticos
saqueadores. Tem sediado um QG do narcotráfico, de grileiros, foragidos de toda
espécie, funcionários fantasmas, de nepotismo cruzado, de sonegadores de
impostos, etc. Alguns deputados eleitos em 2022 realmente destoam do modus
operandi dos atuais parlamentares, longe do perfil do político tradicional. Que
surjam mais parlamentares bem-intencionados com moralidade e o respeito ao
erário.
Nova rodoviária
Que
o sofrido povo portovelhense não conte com uma nova rodoviária tão cedo, mais o
ponto de partida que foi a regularização do terreno já é auspicioso. Para que o
novo terminal rodoviário seja construído é necessário reformar o terminal de passageiros
de transportes coletivos no Cai N’água, depois realizar a mudança da atual rodoviária
para lá, para então começar as obras do novo terminal. Não dá para contar com a
inauguração tão cedo. As licitações demoram, as licenças ambientais são
burocráticas e a agilidade vai depender de muita cobrança dos vereadores e
deputados estaduais que tem se comportado como avestruzes perante o prefeito e
o governador.
Centrão manda
No
passado o PT pagou caro as alianças firmadas com o “Centrão”, designação atribuída
aos partidos de centro e com o MDB. Feitas as contas, os partidos aliados do
“Centrão” roubaram mais do que os petistas e o PT pagou a conta e a fama de
rapinador sozinho, refletindo em desgastes nas ruas e causando o golpe, com o
impeachment de Dilma Rousseff, num desfecho liderado pelo MDB de Michel Temer.
Para seu novo governo, o PT projeta as mesmas alianças que também desgastaram o
atual presidente Jair Bolsonaro. Tiveram a fatia do leão dos recursos e com a
derrota do bolsonarismo estão com as malas prontas para se aliarem novamente ao
PT.
Fatia do leão
Como
nos governos anteriores que colocou os ex-presidentes de joelhos, o Centrão quer
novamente a fatia do leão, a começar com o Ministério da Saúde, onde mais se
desvia recursos no Brasil desde o surgimento da República. Tem 150 votos para
negociar a aprovação do Orçamento 2023, vital para a governabilidade de Lula.
Não bastasse a incômoda presença do Centrão, Lula tem que domesticar petistas
gulosos pelo poder, depois de anos afastados do Planalto e o apetite de pelo
menos 16 partidos. Terá que gerir todo este serpentário além de pacificar o País
polarizado. É osso.
Via Direta
*** O final de 2022 é marcado pelos
reajustes dos preços do gás de cozinha, energia elétrica e da tarifa de
transportes coletivos em Porto Velho *** Não bastasse, temos a carestia nos
supermercados com reajustes assustadores para os consumidores. É coisa de louco,
torcida brasileira *** Vou recorrer a
uma horta no fundo do quintal, plantando tomates, cebolinha etc. *** Mas o
que fazer em Porto Velho que é abastecida com banana nanica de Minas, tomates
de Santa Catarina, ovos de Vilhena e Mato Grosso e a maioria dos hortigranjeiros
oriundos dos Ceasas de São Paulo e do Paraná? *** A produção de hortifrutigranjeiros do cinturão verde de Porto Velho
é ainda incipiente e demora para Rondônia escapar dos atravessadores dos outros
estados *** Até lá estamos fritos pois a produção ribeirinha não atende as
demandas locais.
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