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Carlos Sperança

Que os deputados estaduais de Rondônia fiquem de barbas de molho


Que os deputados estaduais de Rondônia fiquem de barbas de molho  - Gente de Opinião

A terra treme

Um dos chavões do patriotismo brasileiro era a “bênção” de viver em um país sem terremotos. Hoje se sabe que o Brasil sofre dezenas de terremotos por ano. Em geral não são destrutivos como vários ocorridos no Chile, por exemplo, mas requerem estudos para fins de prevenção, pois alguns abalos já causaram prejuízos e mataram, em Minas Gerais e no Nordeste.

Na Amazônia, ocorreu na tarde de 20 de janeiro, perto de Tarauacá, no Acre, o maior terremoto já registrado no país, com 6,6 graus na Escala Richter, segundo o Serviço Geológico dos EUA. Nada que mudasse o valor do dólar ou do euro, pois aconteceu a 614,5 quilômetros de profundidade, que permite a dissipação da energia e não causa prejuízo percebido na superfície. O fato, porém, aconselha a pensar no assunto, sobretudo porque o segundo maior terremoto também foi registrado no Noroeste do Acre, em junho de 2022, com 6,5 graus.

Abalos em série apresentam variações de intensidade e requerem estudos, até porque antes dos tremores no Acre o maior abalo sísmico no país foi na Serra do Tombador (MT), em 1955. Pesquisadores brasileiros de oito instituições, sob a coordenação do Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, farão uma tomografia sísmica para saber a origem dos terremotos e ajudar a defesa civil em caso de impacto potencialmente destrutivo na superfície. Prevenir é preciso

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Fazendo as contas

Os QGs de campanha dos dois candidatos que vão ao segundo turno em Porto Velho no próximo dia 27, que são pela ordem Mariana Carvalho (União) e Leo Moraes (Podemos) fazem suas contas. Do lado dos chapas brancas, o governista, Mariana Carvalho, com o apoio de mais alianças vai ampliando a vantagem conquistada no segundo turno, que é de 40 mil votos. Mariana que teve 44 por cento dos votos no pleito de 6 de outubro tem a expectativa de ampliar a vantagem para garantir então uma vitória consagradora no segundo turno.

Falam os “contras”

Já, os “contras” (os oposicionistas que apoiam Leo Moraes), evidentemente fazem as suas próprias contas de forma diferente, em favor do seu candidato. Alegam que Mariana encerrou o primeiro turno em queda, que esta tendência continua, que o apoio para ele de alguns candidatos que ficaram fora da peleja representam reforços importantes para uma vitória expressiva e que parte das lideranças do governo estadual vem junto, já que estão rachados no apoio a Mariana. Acreditam os “Contras” que em duas semanas já emparelham a peleja com os chapas brancas de Mariana.

Chuva e sol

E até que ponto o início do inverno amazônico vai influenciar no resultado das urnas neste segundo torno em Porto Velho? Certamente tempo bom, com sol a pino deve beneficiar a candidata chapa branca Mariana Carvalho. Tempestades, muita chuva na região do Três Mara, Fortaleza e regiões mais baixas, causando alagações, devem favorecer o candidato dos contras, o oposicionista Leo Moraes. No campo ideológico, os mais bolsonaristas vão optar por Mariana Carvalho, petistas, socialistas e comunistas tendem descarregar seus votos em Leo Moraes que foi ao segundo turno sem apoio de Bolsonaro.  

Voto útil

Interessante como funcionou o voto útil em Porto Velho na eleição de 6 de outubro. Os candidatos Euma Tourinho (MDB) e Célio Lopes (PDT) chegaram a percentuais maiores de intenções de votos, mas com o exercício do voto útil (a escolha dos eleitores da oposição pelo candidato em melhores condições de derrotar a representante situacionista Mariana) prevaleceu com Leo Moraes que ganhou pelo menos uns cinco pontos a mais no último dia da eleição. No segundo turno, dia 27 de outubro, Leo tem o desafio de descontar 40 mil votos pró Mariana do primeiro turno.

As boas novas                                                                                     

As boas novas: primeiro a liberação da licença prévia para a pavimentação do meio da BR- 319, que conecta Porto Velho a Manaus. A segunda é o anuncio da retomada dos voos diários da empresa Gol a partir do próximo o dia 27. Ainda falta Porto Velho retomar os voos viários para Cuiabá, que tem sido um grande transtorno para a população, bem como a redução das tarifas escorchantes praticadas pela referida companhia. Vamos ver se as coisas funcionam realmente. Mas só vendo para acreditar, principalmente sobre a 319, cuja obra se tornou uma gangorra. 

Barbas de molho

Que os deputados estaduais de Rondônia fiquem de barbas de molho depois desta brutal renovação dos quadros da Câmara de Vereadores de Porto Velho. As eleições de 2026 sinalizam e projetam uma renovação igualou ou superior à do Legislativo da capital rondoniense, que foi cerca de 65 a 70 por cento. Vários motivos concorrem para a substituição dos deputados: falta de fiscalização do Poder Executivo, pouca participação em bandeiras importantes do estado e o comportamento de vacas de presépio durante toda a legislatura. Além disto, aumentou a qualidade dos predadores, alguns vereadores com votações elevadas na capital e no interior.


Via Direta

***Os amigos estão zoando Buiu Davis, o maior hinduísta de Porto Velho, pelo decepcionante desempenho nas urnas. Se fosse pela melhor feijoada, com certeza, teria a ponteira na votação na capital *** A dubiedade ideológica deve ter feito a diferença para Buiu, já que ele é um antibolsonarista de carteirinha, ama Lula, mas seu ídolo Hildon Chaves é devoto de Bolsonaro. Isto deve ter confundido seus eleitores *** Prefeitos afastados pela justiça tubularam gloriosamente nas urnas em Rondônia nas eleições municipais deste ano. Os casos mais conhecidos são de Ji-Paraná e Guajará Mirim *** Os caciques políticos tiveram comportamento discreto nas eleições 2024. Os ex-governadores Valdir Raupp, Ivo Cassol, o ex-senador Amir Lando, por exemplo pouco apitaram. 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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