Quinta-feira, 10 de outubro de 2024 - 07h20
Um
dos chavões do patriotismo brasileiro era a “bênção” de viver em um país sem
terremotos. Hoje se sabe que o Brasil sofre dezenas de terremotos por ano. Em
geral não são destrutivos como vários ocorridos no Chile, por exemplo, mas
requerem estudos para fins de prevenção, pois alguns abalos já causaram
prejuízos e mataram, em Minas Gerais e no Nordeste.
Na
Amazônia, ocorreu na tarde de 20 de janeiro, perto de Tarauacá, no Acre, o
maior terremoto já registrado no país, com 6,6 graus na Escala Richter, segundo
o Serviço Geológico dos EUA. Nada que mudasse o valor do dólar ou do euro, pois
aconteceu a 614,5 quilômetros de profundidade, que permite a dissipação da
energia e não causa prejuízo percebido na superfície. O fato, porém, aconselha
a pensar no assunto, sobretudo porque o segundo maior terremoto também foi
registrado no Noroeste do Acre, em junho de 2022, com 6,5 graus.
Abalos
em série apresentam variações de intensidade e requerem estudos, até porque
antes dos tremores no Acre o maior abalo sísmico no país foi na Serra do
Tombador (MT), em 1955. Pesquisadores brasileiros de oito instituições, sob a
coordenação do Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do
Norte, farão uma tomografia sísmica para saber a origem dos terremotos e ajudar
a defesa civil em caso de impacto potencialmente destrutivo na superfície.
Prevenir é preciso
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Fazendo as contas
Os
QGs de campanha dos dois candidatos que vão ao segundo turno em Porto Velho no próximo
dia 27, que são pela ordem Mariana Carvalho (União) e Leo Moraes (Podemos)
fazem suas contas. Do lado dos chapas brancas, o governista, Mariana Carvalho,
com o apoio de mais alianças vai ampliando a vantagem conquistada no segundo
turno, que é de 40 mil votos. Mariana que teve 44 por cento dos votos no pleito
de 6 de outubro tem a expectativa de ampliar a vantagem para garantir então uma
vitória consagradora no segundo turno.
Falam os “contras”
Já,
os “contras” (os oposicionistas que apoiam Leo Moraes), evidentemente fazem as
suas próprias contas de forma diferente, em favor do seu candidato. Alegam que Mariana
encerrou o primeiro turno em queda, que esta tendência continua, que o apoio
para ele de alguns candidatos que ficaram fora da peleja representam reforços
importantes para uma vitória expressiva e que parte das lideranças do governo
estadual vem junto, já que estão rachados no apoio a Mariana. Acreditam os
“Contras” que em duas semanas já emparelham a peleja com os chapas brancas de
Mariana.
Chuva e sol
E até
que ponto o início do inverno amazônico vai influenciar no resultado das urnas
neste segundo torno em Porto Velho? Certamente tempo bom, com sol a pino deve
beneficiar a candidata chapa branca Mariana Carvalho. Tempestades, muita chuva
na região do Três Mara, Fortaleza e regiões mais baixas, causando alagações,
devem favorecer o candidato dos contras, o oposicionista Leo Moraes. No campo ideológico,
os mais bolsonaristas vão optar por Mariana Carvalho, petistas, socialistas e
comunistas tendem descarregar seus votos em Leo Moraes que foi ao segundo turno
sem apoio de Bolsonaro.
Voto útil
Interessante
como funcionou o voto útil em Porto Velho na eleição de 6 de outubro. Os
candidatos Euma Tourinho (MDB) e Célio Lopes (PDT) chegaram a percentuais maiores
de intenções de votos, mas com o exercício do voto útil (a escolha dos
eleitores da oposição pelo candidato em melhores condições de derrotar a representante
situacionista Mariana) prevaleceu com Leo Moraes que ganhou pelo menos uns
cinco pontos a mais no último dia da eleição. No segundo turno, dia 27 de
outubro, Leo tem o desafio de descontar 40 mil votos pró Mariana do primeiro
turno.
As boas novas
As
boas novas: primeiro a liberação da licença prévia para a pavimentação do meio
da BR- 319, que conecta Porto Velho a Manaus. A segunda é o anuncio da retomada
dos voos diários da empresa Gol a partir do próximo o dia 27. Ainda falta Porto
Velho retomar os voos viários para Cuiabá, que tem sido um grande transtorno
para a população, bem como a redução das tarifas escorchantes praticadas pela
referida companhia. Vamos ver se as coisas funcionam realmente. Mas só vendo
para acreditar, principalmente sobre a 319, cuja obra se tornou uma
gangorra.
Barbas de molho
Que
os deputados estaduais de Rondônia fiquem de barbas de molho depois desta
brutal renovação dos quadros da Câmara de Vereadores de Porto Velho. As
eleições de 2026 sinalizam e projetam uma renovação igualou ou superior à do Legislativo
da capital rondoniense, que foi cerca de 65 a 70 por cento. Vários motivos
concorrem para a substituição dos deputados: falta de fiscalização do Poder
Executivo, pouca participação em bandeiras importantes do estado e o
comportamento de vacas de presépio durante toda a legislatura. Além disto,
aumentou a qualidade dos predadores, alguns vereadores com votações elevadas na
capital e no interior.
Via Direta
***Os amigos estão zoando Buiu Davis, o
maior hinduísta de Porto Velho, pelo decepcionante desempenho nas urnas. Se fosse
pela melhor feijoada, com certeza, teria a ponteira na votação na capital *** A dubiedade
ideológica deve ter feito a diferença para Buiu, já que ele é um antibolsonarista
de carteirinha, ama Lula, mas seu ídolo Hildon Chaves é devoto de Bolsonaro.
Isto deve ter confundido seus eleitores *** Prefeitos afastados pela justiça tubularam gloriosamente nas urnas em
Rondônia nas eleições municipais deste ano. Os casos mais conhecidos são de
Ji-Paraná e Guajará Mirim *** Os caciques políticos tiveram comportamento
discreto nas eleições 2024. Os ex-governadores Valdir Raupp, Ivo Cassol, o ex-senador
Amir Lando, por exemplo pouco apitaram.
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