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Carlos Sperança

Que venham as onças e que Deus nos acuda


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Que venham as onças

José Saramago escreveu que os bons e os maus resultados do que é feito hoje “vão-se distribuindo, supõe-se que de uma forma bastante uniforme e equilibrada, por todos os dias do futuro, incluindo aqueles infindáveis, em que já cá não estaremos para poder comprová-lo, para congratular-nos ou pedir perdão”.

A volta da onça pintada ao Sudeste do Pará em consequência do reflorestamento de áreas degradadas na Amazônia é motivo de congratulações, mas há pedidos de perdão a fazer diante de temperaturas altas ou baixas demais e consequências rigorosas na forma de tempestades, incêndios e frios intensos. Como o democrático sol é para todos, as consequências dos maus atos de pessoas e governos também vão pesar sobre toda a humanidade.

O inverno brasileiro, que no calendário termina dia 23 de setembro, foi assinalado por fenômenos climáticos extremos: seca no Norte, Sudeste com temperaturas mais altas que os registros médios tradicionais e chuvas fortes no Sul, chegando ao clímax no drama do Rio Grande do Sul, com destruição e morte.

Pelo mundo a situação não foi diferente. Os ingleses se assustaram com o calor forte, canadenses e estadunidenses perderam o fôlego com a densa fumaça dos incêndios. Tempestades e inundações são relatadas a todo instante. Está na hora de agir para que no futuro haja mais elogios que chorosos pedidos de perdão. Que a volta das onças traga um bom verão.

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A redenção

A prefeitura de Porto Velho já acena com uma vasta programação para comemorar os 109 anos da criação município e é aguardada para a agenda de festividades o anuncio da inauguração das obras de reforma do Complexo Histórico Turístico Madeira Mamoré, na orla do Rio Madeira considerada a redenção do centro antigo tão combalido nos últimos anos, sobrevivendo a duras penas com a clientela reduzida dos consumidores dos distritos na região do Cai N’Agua. Ainda se espera uma guinada e que a abertura do complexo seja autorizada nas próximas semanas.

23 cadeiras

Mesmo aumentando o número de cadeiras na Câmara de Vereadores de Porto Velho de 21 para 23, os atuais parlamentares da capital vão enfrentar a mais dura eleição dos últimos tempos. Com bons salários, negócios polpudos com o poder público e nomeação de parentes e apaniguados, o cargo aparece apetitoso e tanto é verdade que uma carrada de ex-deputados estaduais vai entrar na disputa, como Eyder Brasil, Ribamar Araújo, Jair Montes, Hermínio Coelho entre outros. O pleito a vereança também vai colocar a prova quem é quem para a disputa de 2026 para Assembleia Legislativa.

Piso do Magistério

Deve ser realmente terrível para um prefeito, presidente da Associação dos Municípios de Rondônia, como Hildon Chaves (União Brasil) caçar para a cabeça, por obrigações com a sua categoria de alcaides. Mas foi o que aconteceu com a entidade obtendo tutela de urgência a União para que os 52 municípios de Rondônia fiquem desobrigados de cumprir com o pagamento do reajuste do piso do magistério. O ato é como buscar centenas de cabos eleitorais contrários à sua intenção de escalar o Senado da República ou o governo de Rondônia. Os adversários devem estar festejando...

Deus nos acuda

Já sem voos com destino a Rio Branco, no Acre e Manaus, no Amazonas, os portovelhenses terão apenas um voo doméstico para Cuiabá a partir de agora e vão comer o pão que o diabo amassou neste final de ano, quando as demandas se multiplicam geometricamente, com viagens aos estados do Nordeste e ao Sul do Brasil. Estamos nos aproximando das festividades de final de ano e nada se resolve sobre a crise instalada nas empresas aéreas que estão chantageando os rondonienses para que eles desistam dos 15 mil processos nos últimos anos por atrasados e abusos. Vai ser um inferno.

Patinho feio

Sem voos, sem ponte binacional, sem usina hidrelétrica de Tabajara, cerca de 60 por cento dos seus municípios falidos e com dificuldades de pagar as contas neste final de ano, a pecuária em crise, se tratando de Porto Velho, não fosse o pagamento em dia do funcionalismo público municipal, estadual e federal a capital rondoniense entraria em parafuso. Neste particular, minhas homenagens pelos esforços do governador Marcos Rocha, do prefeito Hildon Chaves e do presidente da Assembleia Legislativa Marcelo Cruz garantindo os recursos necessários para o pagamento dos servidores mesmo com a economia urrando.

Via Direta

*** O chororô do comércio lojista de Porto Velho chega agora as lojas de materiais de construção, segmento que cresceu de forma absurda nos últimos anos e que agora se lamenta com as vacas magras *** Existem promoções de vários produtos de construção na capital rondoniense *** Quem der uma voltinha lá pelas bandas do Belmont em Porto Velho vai constatar como o Rio Madeira desceu nos últimos dias. Quase que é possível atravessar o Madeirão a pé, pulando de pedra em pedra, de banco de areia em banco de areia *** A escalada da violência nos grandes conjuntos habitacionais de Porto Velho tem ocasionado seguidas operações Policiais na busca de asfixiar o crime organizado. Em frente!  

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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